Nov 08
Presidente da ABIGRAF Nacional destaca a importância da ExpoPrint Digital  
Em entrevista exclusiva aos organizadores do evento, Fabio Arruda Mortara, presidente da ABIGRAF Nacional enfatizou a ascensão da impressão digital na indústria gráfica e também na indústria em geral - devido às características de uma época que necessita de comunicação personalizada, para um público cada vez mais segmentado. E, por isso, ele vê com bons olhos a realização da ExpoPrint Digital 2013. Arruda Mortara revela também dados importantes sobre este crescente mercado, e mostra um setor em franco crescimento, com múltiplas oportunidades para os empreendedores.
Como você vê o crescimento da impressão digital no mercado gráfico e o impacto desse segmento na indústria em geral?
O crescimento da impressão digital é, antes de tudo, um reflexo natural do desenvolvimento das tecnologias de impressão. Mas é, também, um movimento alinhado com as necessidades e características do tempo em que vivemos. Afinal, estamos falando de uma era em que não se busca mais comunicar ao “grande público” e, sim, mira-se em públicos segmentados e nichos específicos. Assim, a impressão digital, por meio da impressão sob demanda, de baixas tiragens e de dados variáveis, entre outras técnicas recentes, permite que a indústria gráfica vá se adequando aos comportamentos dos consumidores do nosso século.O impacto dessas mudanças pode ser sentido tanto pela indústria gráfica, que está atenta a estas mudanças, quanto pela indústria em geral, que conta com recurso como a impressão de dados variáveis para personalizar, cada vez mais, os impressos que acompanham seus produtos e serviços.
Qual a importância da realização da ExpoPrint Digital 2013 para o mercado brasileiro e latino-americano?
Entre os principais mercados gráficos do mundo e por sua condição de potência regional, o Brasil é, hoje, o cenário perfeito para a realização de uma feira do porte e importância da ExpoPrint Digital 2013. Somos, hoje, um país em expansão, que inclui um número crescente de cidadãos e que conta com consumidores ávidos por inovações. Ou seja, há um espaço claro para a produção de impressos que respondam a altura às expectativas deste público, e a impressão digital parece ser a tecnologia mais adequada para isto. Ademais, a presença dos principais fabricantes de equipamentos e insumos para o setor gráfico, bem como a previsão de que teremos um público seleto, formado por tomadores de decisão das principais gráficas do País, são a prova de que este será, sem dúvida, um evento de muito sucesso.
Quais os principais desafios desse segmento da impressão digital e como a Abigraf pode ajudar a quem quer entrar nessa área?
Por se tratar de um segmento em plena evolução tecnológica, a impressão digital exige dos empresários e profissionais interessados em atuar nesta área disposição para o aprendizado constante. Neste sentido, um dos principais desafios é a reciclagem de quem atua na área, que deve estar atento não apenas às novas tecnologias disponíveis, mas, principalmente, em relação às estratégias e modelos de negócios capazes de contemplar as necessidades e aspirações dos consumidores e do mercado. Uma das formas de se atingir estes objetivos é o aprimoramento técnico e acadêmico propriamente ditos, função que a Abigraf e entidades parcerias, como a Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica (ABTG), vêm cumprindo com excelência, por meio da realização de cursos, seminários e palestras. Outra forma é o contato direto com os fabricantes e fornecedores do setor, em eventos como este que a Afeigraf e a APS Feiras & Eventos irão realizar em 2013. Não temos dúvidas de que o ExpoPrint Digital 2013 contribuirá para que o setor gráfico brasileiro continue avançando.
O que os dados do mercado gráfico atual indicam sobre o segmento da impressão digital?
Os números que temos no momento são de 2009 e integram o relatório “Mercado de Impressão Digital no Brasil”, lançado em maio de 2010 pelo Grupo Empresarial de Impressão Digital (Ge-DIGI) da Associação Brasileira da Indústria Gráfica, regional SP (ABIGRAF-SP), e realizado pelo Instituto de Estudos e Marketing Industrial (IEMI) com dados de 2009. Segundo o estudo, o Brasil possuía 364 gráficas digitais, contra 246 do último levantamento, feito em 2006. O número equivale a 1,8% das 21 mil gráficas existentes no país em 2009. Naquele ano, as gráficas digitais eram responsáveis pela geração de 33,6 mil empregos, ou 12% de todo o emprego gerado pela indústria gráfica. Também em 2009, as gráficas digitais venderam R$ 3,7 bilhões, a partir da conversão de 0,4 milhões de toneladas de papel, e investiram cerca de R$ 182 milhões.
O que os números nos mostram é que temos um setor em franco crescimento, com múltiplas oportunidades para os empreendedores.
No período analisado pelo estudo do GE-DIGI (2006-2009), o faturamento do setor gráfico cresceu 8%. Nestes mesmos três anos, o faturamento das gráficas digitais cresceu 48%, puxado pela comercialização de impressos digitais, que avançou 143% no período. Vale dizer que o estudo considera “digitais” todas as gráficas que possuíssem equipamentos digitais alocados em suas plantas e com produção superior a 40 folhas por minuto. Ou seja, gráficas com equipamentos convencionais, mas que tivessem as características acima, também foram classificadas como digitais. Ainda com relação à demanda por impressos digitais, o que pudemos observar foi a ampliação da importância destes serviços na geração de valor pelas indústrias do setor. Entre 2006 e 2009, a participação dos impressos digitais sobre as receitas das gráficas mais do que duplicou, indo de 3,4% para 7,4%. O estudo do GE-DIGI mostrou ainda que as gráficas que possuem equipamentos digitais estão recebendo um número crescente de pedidos. Se, nas gráficas convencionais, a média de pedidos caiu 17,2% entre 2006 e 2009, neste mesmo período, as gráficas com sistemas digitais viram sua demanda crescer 13,7%. Saiba mais sobre o evento clicando aqui. ExpoPrint Digital 

Público masculino está lendo mais revistas  
O número de títulos de revistas dirigidas ao público masculino, bem como o volume de circulação, vêm crescendo nos últimos anos. É o caso de publicações como GQ, da Edições Globo-Condé Nast, que estreou no mercado brasileiro há pouco mais de um ano. A GQ é focada no homem classe A entre 25 e 44 anos. Segundo dados do primeiro semestre de 2012 dos Estudos Marplan, 65% dos leitores do título são de classe A, e 31% da B. Outro título que encontrou mercado recentemente no Brasil foi a revista Alfa, da Editora Abril. Com dois anos recém-completos, a publicação estreou com o objetivo de contemplar o homem que já encontrou a realização profissional e que conhece e desfruta das melhores coisas da vida. O perfil do leitor está na faixa entre 30 e 50 anos, sendo 70% deles de classe A/B. Há cinco anos no mercado editorial brasileiro, a Men’s Health, também da Abril, atinge o leitor de 20 a 39 anos, 85% deles da classe A/B, segundo o Ipsos Marplan. De acordo com Dulce, ainda que o foco seja o bem-estar, a revista traz conteúdo de fitness, cuidados pessoais, comportamento, lifestyle, gastronomia e entretenimento. A circulação média do título é de pouco mais de 106 mil exemplares por mês. Sendo desses 63 mil assinantes, segundo dados do Instituto Verificador de Circulação (IVC). Das revistas masculinas presentes no mercado brasileiro, a Playboy (Ed. Abril) é a que circula há mais tempo, com 37 anos, e que tem a maior circulação: 132 mil, em setembro. O público-leitor varia bastante: 72% dos leitores estão entre 20 e 49 anos; e 49% são de classes A/B. Há 26 anos no mercado editorial, a Trip surgiu para atender os leitores do sexo masculino, mas a publicação nunca se restringiu a pautas que interessassem apenas a homens, o que a fez construir uma grande aceitação entre o público feminino. Leio o artigo completo clicando aqui.  Meio & Mensagem 

LANCE! comemora aniversário com edição especial  
O Diário LANCE! levou às bancas, ontem (5), em 15 estados brasileiros, a sua edição comemorativa de 15 anos, a primeira ação de uma série que o grupo fará até o final desse ano e ao longo de 2013 para celebrar esse momento histórico. Esta edição especial de aniversário teve 48 páginas, uma tiragem recorde nacional de 1,5 milhão de exemplares e chegou às bancas encartada na edição do diário e na sua rede nacional de jornais parceiros. Também foi distribuída grátis em pontos estratégicos das cidades em que o LANCE! não circula. A edição é marcada pelo número 15. Destaque para as matérias sobre os 15 maiores craques dos quatro grandes clubes do Rio e São Paulo, os dois de Minas Gerais, Bahia e Rio Grande do Sul, e os três de Pernambuco. Todos escolhidos por torcedores ilustres e jornalistas que elegeram também 15 fatos que marcaram a história de cada um desses clubes. Ainda sobre futebol, a seleção brasileira não ficou de fora e também contou com uma matéria que relembrou 15 histórias marcantes do escrete canarinho.Adnews 

Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa será lançado hoje  
O governo federal deve lançará hoje o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa, em cerimônia no Palácio do Planalto. O pacto é um conjunto de medidas na área de educação para garantir que todas as crianças estejam alfabetizadas até os 8 anos de idade. Segundo o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, o pacto foi construído em conjunto com todos os secretários estaduais do setor e terá a adesão de cerca de 5,3 mil municípios. As redes municipais e estaduais terão de aderir ao programa para receber recursos e o apoio técnico do Ministério da Educação. A intenção da iniciativa, segundo o ministro, é tornar a alfabetização na idade certa “a prioridade das prioridades”. Conforme Mercadante, “só dominando a leitura, a redação, a interpretação e a matemática é que as crianças poderão se desenvolver no ambiente escolar”. A portaria que estabelece as regras do pacto foi publicada no Diário Oficial da União do dia 5 de julho. Entre as ações previstas está a criação de uma prova que será aplicada a todos os alunos do 3º ano do ensino fundamental para medir o nível de alfabetização. A iniciativa visa suprir a falta de um exame oficial que indique se crianças estão sendo alfabetizadas ou não na idade correta. Abrelivros 

Ministério do Trabalho e Emprego certifica cinco centrais
Para receber credencial, central precisa comprovar representação de um mínimo de 100 sindicados distribuídos pelas cinco regiões do paísO Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) entregou, nesta terça-feira (6), o certificado de reconhecimento de representatividade a cinco centrais sindicais.A Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Força Sindical (FS), a União Geral dos Trabalhadores (UGT), a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e a Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST) atenderam aos requisitos da Lei 11.648/2008, que impõe, entre outras exigências, uma representação mínima de 7% do total de empregados sindicalizados em âmbito nacional.Até 2011 eram seis as centrais certificadas. A CGTB (Central Geral dos Trabalhadores do Brasil) perdeu essa prerrogativa, já que pelos critérios da lei não preencheu os requisitos da norma legal que são atualizados anualmente.Além de receber os certificados, relativos aos dados aferidos de 2011, os representantes das cinco centrais reconhecidas participaram da formação e do primeiro dia de atividades do novo grupo de trabalho que vai verificar os dados de representatividade de 2012.Integram ainda esse colegiado membros do MTE, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e de outras três centrais que não obtiveram a certificação em 2011.Para receber a credencial, as centrais sindicais precisam comprovar a representação de um mínimo de 100 sindicados distribuídos pelas cinco regiões do país, sendo que três delas devem ter, cada uma, pelo menos 20 das entidades filiadas. Precisam contar, ainda, com pelo menos cinco setores de atividades econômicas entre seus associados.Por lei, cabe às centrais coordenar a representação dos trabalhadores por meio das organizações sindicais e participar de negociações em fóruns, colegiados de órgãos públicos e demais espaços de composição tripartite que discutam assuntos do interesse dos trabalhadores. (Com MTE)

Regulamentação da demissão coletiva começa a andar na Câmara
Deputado petista quer que haja um regramento para caracterizar este tipo de interrupção da relação de trabalhoApresentado em 2005, pelo deputado Vicentinho (PT-SP), o PL 6.356 voltou a tramitar na Câmara. A proposição regulamenta a demissão coletiva. Isto é, o deputado petista quer que haja um regramento para caracterizar este tipo de interrupção da relação de trabalho.Inicialmente, pelo projeto, consideram-se “demissões coletivas as ocorridas num período de 60 dias e que afetam 5% do número de empregados na empresa, considerada a média de empregados do ano anterior ao das demissões”. “Os empregados contratados por prazo determinado não integram a média de empregados, para efeito de definir a demissão coletiva”.O projeto também impede que as microempresas e as de pequeno porte façam demissões coletivas.Em caso de demissão coletiva, essa deverá ser fundamentada em motivos econômicos, tecnológicos, estruturais ou análogos e deve ser obrigatoriamente discutida e deliberada em negociação coletiva.Antes de demitir, determina o projeto, o empregador deverá “comunicar por escrito ao sindicato representante dos trabalhadores e ao Ministério do Trabalho e Emprego, com antecedência mínima de 30 dias da data da comunicação da rescisão ao empregado, os motivos das rescisões dos contratos de trabalho, o número e a categoria de trabalhadores que podem ser afetados e o período durante o qual serão efetuadas as rescisões”.E também “negociar com o sindicato representante dos trabalhadores as medidas que visem evitar, limitar, mitigar ou compensar as rescisões, bem como estabelecer os critérios para as mesmas.” As rescisões contratuais serão assistidas pelo sindicato.O autor do projeto entende que “as empresas têm responsabilidade social e devem discutir com a sociedade a demissão coletiva de trabalhadores, que deve ser objeto de negociação coletiva”.
Demissões na Embraer
Em fevereiro de 2009, a fabricante brasileira de aeronaves Embraer demitiu mais de 4 mil trabalhadores. A alegação da empresa para tomar aquela decisão foi a crise financeira internacional.Assim, sem qualquer negociação com o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos a empresa tomou a decisão de fazer a demissão em massa, que causou reboliço no meio sindical e no governo à época. É esse tipo de prática que o deputado Vicentinho quer evitar.
Tramitação
O projeto foi rejeitado pela Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio. Está agora em discussão na Comissão de Trabalho, cujo relator designado é o deputado Silvio Costa (PTB-PE).O prazo de cinco sessões ordinárias do plenário da Câmara para emendamento do projeto começa nesta quinta-feira (8).Depois de ser apreciado pela Comissão de Trabalho, o projeto ainda será examinado pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania.
Posição do DIAP
Trata-se de boa iniciativa do deputado Vicentinho, mas é importante que o movimento sindical se mobilize a fim de pressionar a Comissão de Trabalho a aprovar a proposição.Do contrário, o projeto poderá ser rejeitado nesta segunda comissão de mérito, o que comprometerá seu avanço na Câmara. Clique aqui para conhecer a íntegra do projeto
Jorge Caetano Fermino

written by FTIGESP

Nov 07
 
Carteira de trabalho informatizada chega a todo o Brasil
Com início de emissões em São Paulo, país atinge um 1,9 milhão de documentos expedidos. Ganho com segurança é o destaque.
Com a chegada a São Paulo, o processo de emissão da Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) informatizada passa a abranger todo o território nacional. Desde setembro, a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE-SP) vem se preparando para oferecer a nova versão do documento. A expedição das carteiras começou por Bauru e, até o fim de 2012, chegará aos municípios de Andradina, Araraquara, Ribeirão Preto, Araçatuba e Presidente Prudente. O maior benefício do documento está na segurança.
Na nova carteira, são valorizados os mecanismos contra fraudes. O documento tem capa azul em material sintético mais resistente que o usado no modelo anterior, é confeccionado em papel de segurança e traz plástico auto-adesivo inviolável que protege as informações relacionadas à identificação profissional e à qualificação civil do indivíduo – os dados mais visados por falsificadores. Todas as informações pessoais do trabalhador e sua fotografia são impressas na carteira no momento da emissão.
Evitar fraudes
Na carteira manual, as informações eram preenchidas à mão. O objetivo das mudanças é dificultar rasuras e evitar fraudes contra o Seguro-Desemprego, o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e os benefícios previdenciários.
“Com a nova carteira, iremos inibir as fraudes e isso será um ganho para o trabalhador. O Estado também sai ganhando com a redução dos custos”, explica Francisco Gomes dos Santos, coordenador de Identificação e Registro Profissional do MTE.
Emissões
Maior emissor de carteiras de trabalho, São Paulo já expediu 150 mil documentos em setembro. No estado, foram mapeadas 26 cidades para receber a emissão da carteira informatizada nos próximos meses. Dados da Coordenação de Identificação e Registro Profissional do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) mostram que, no país, foram emitidas 1.914.869 carteiras informatizadas entre janeiro e junho deste ano. O volume é equivalente a 46,32% do total de CTPS, incluídas as manuais, expedidas no período.
Além da segurança, a informatização facilita a identificação dos trabalhadores por meio de uma base única de dados. Em caso de extravio do documento, o trabalhador poderá pedir uma nova via em qualquer posto do MTE e em qualquer unidade da Federação.
Nos estados
A carteira informatiza já é emitida exclusivamente em 10 estados. Em junho de 2012, o destaque com 100% de emissão foi para Bahia, com 238.167 novas carteiras; seguida do Rio Grande do Sul, com 179.997; e Santa Catarina, com 112.906. Em cinco estados, a emissão de carteiras informatizadas é maior que a manual, destaque para Minas Gerais, com 93%; e Espírito Santo, com 80%. (Fonte: MTE)
 
Renda do trabalhador volta a crescer mais no setor formal
Ganho médio dos formalizados nas seis principais regiões metropolitanas do país foi de 3,5% sobre o mesmo período do ano passado.
Pela primeira vez desde 2008, o rendimento real dos trabalhadores com carteira assinada na iniciativa privada cresce com mais força do que no setor informal. Entre janeiro e setembro de 2012, o ganho médio dos profissionais formalizados nas seis principais regiões metropolitanas do país foi de 3,5% sobre o mesmo período do ano passado, descontada a inflação.
Na mesma comparação, os salários reais de empregados sem registro em carteira avançaram apenas 0,8%, tendência inversa à observada nos últimos anos, quando a política de valorização do salário mínimo sustentava altas robustas nesse segmento.
Para economistas, o principal fator por trás dessa mudança recente é o mesmo que proporcionou o salto de 39% no rendimento médio real dos trabalhadores sem carteira entre 2003 e 2011: com o recuo da informalidade no mercado de trabalho, salários na base da pirâmide e indexados ao mínimo foram incorporados ao universo dos profissionais com carteira assinada, o que puxou para cima a variação dos vencimentos nesse grupo. Reforça essa análise o aumento da participação de funcionários registrados em setores da economia nos quais o piso nacional ainda é referência importante.
Prestadores de serviços
Fabio Romão, economista da LCA Consultores, observa que, entre setembro de 2004 e igual mês deste ano, o percentual de trabalhadores formais no ramo de serviços prestados a empresas passou de 57,4% para 71%. No setor de outros serviços (nos quais estão hotéis e serviços pessoais, entre outros), o avanço foi menos intenso, mas também acentuado, de 42,2% para 50,6%. Os dados são da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do IBGE. "A base dos trabalhadores formais se alargou e esse ramo acabou incorporando muitas pessoas que têm rendimento menor, mas indexado ao mínimo", diz.
Em janeiro, o piso nacional foi reajustado para R$ 622, o que representou aumento real de 7,5%, elevação que, segundo Romão, foi mais absorvida neste ano pelo mercado formal do que pelo informal, com exceção dos trabalhadores domésticos - nesse setor, profissionais registrados eram apenas 2,6% do total em setembro.
O analista da LCA nota que, de janeiro e setembro frente igual período de 2011, o rendimento médio real no total dos serviços (incluindo serviços prestados a empresas, serviços domésticos e outros serviços) subiu 3,9%, praticamente o mesmo índice alcançado pela média dos ocupados, de 4%.
Aceleração no ritmo de contratação
A partir de dados da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o diretor técnico da entidade, Clemente Ganz Lúcio, aponta que os últimos meses foram marcados por aceleração no ritmo de contratação de trabalhadores sem carteira. No segmento formal, com a baixa taxa de desemprego e os altos custos em demitir funcionários, há "um certo travamento", de acordo com Lúcio.
O diretor do Dieese avalia que o setor informal é mais afetado em períodos de desaceleração da atividade. Com a expectativa de retomada na virada da primeira para a segunda metade do ano, diz, as empresas, com destaque para a indústria, preferiram manter a mão de obra qualificada, o que não ocorreu em setores que não exigem treinamento específico.
Além de a rotatividade maior ter prejudicado os rendimentos dos informais, Lúcio acredita que o reajuste do mínimo pode ter influenciado mais a renda dos empregados com carteira este ano, tendo em vista a maior base de trabalhadores formais no mercado. "Em São Paulo, o peso do mínimo como indexador é pequeno, mas nas outras regiões é relevante."
Estimulo às empresas
Com a queda de mais de seis pontos percentuais da taxa de desemprego entre 2003 e 2011, já era esperado que em algum momento a tendência histórica de aumentos reais mais robustos no setor informal fosse revertida, diz Elton Casagrande, professor do departamento de economia da Unesp Araraquara. A maior dificuldade em conseguir mão de obra, em sua visão, estimula empresas a registrar seus funcionários.
Para Casagrande, o reajuste maior nos vencimentos de funcionários com carteira assinada é "uma clara evidência" de melhoria do mercado de trabalho, mas não é certo que essa trajetória continue nos próximos anos. Corrigido pelo IPCA do ano anterior e pela expansão do PIB de dois anos antes, o mínimo terá reajuste real muito mais magro em 2013 do que em 2012, o que pode tirar fôlego da renda, tanto de informais como formais.
"Esse movimento pode ser bem pontual", diz Ana Luiza Barbosa, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Com a participação cada vez maior de profissionais qualificados na força de trabalho e a saída de pessoas do setor informal para o formal, a economista acredita que a demanda por trabalhadores para preencher vagas que exijam pouco estudo seguirá crescendo acima da oferta, o que aumenta o poder de barganha desses funcionários e puxa remunerações para cima. (Fonte: Valor Econômico)
 
TST impede redução de multa do FGTS para terceirizados
Decisão reformou entendimento da 2ª Turma do TST, que tinha considerado válida a norma coletiva firmada entre as partes
As empresas de terceirização de mão de obra não podem, por meio de convenção coletiva, reduzir de 40% para 20% a multa sobre o saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) com a promessa de contratação e estabilidade em companhias que as substituirão na prestação de serviços. A decisão é do Tribunal Superior do Trabalho (TST) e não cabe mais recurso.
Esse tipo de acordo tem sido firmado principalmente no Distrito Federal. O vencedor de licitação pública se comprometeria a contratar todos os funcionários do prestador de serviços anterior. Em troca, reduz-se a multa do FGTS. Essa negociação é estabelecida por meio das chamadas cláusulas de continuidade, previstas em convenções coletivas.
No caso analisado pelo TST, os ministros da Subseção I Especializada em Dissídios Individuais (SDI-1) foram unânimes em considerar a cláusula nula. Ao ser demitida, uma empregada teve sua indenização sobre o saldo do FGTS reduzido a 20% por se considerar que houve culpa recíproca como causa para rescisão contratual com prestador de serviços terceirizados.
Para os ministros, essa cláusula seria "manifestamente inválida, na medida em que vincula terceiros que não participaram da negociação coletiva". Isso porque a próxima empresa a assumir o contrato público acabaria por ser "compelida a contratar esses funcionários".
Decisão reformulada
A decisão reformou o entendimento da 2ª Turma do TST, que tinha considerado válida a norma coletiva firmada entre as partes que determinava a redução da multa do FGTS da empregada. A 1ª Turma do TST, porém, têm se manifestado contra essas cláusulas.
Em um dos casos que analisou, em 2010, os ministros consideraram inválida cláusula estabelecida em acordo entre o Sindicato dos Empregados em Empresas de Asseio, Conservação, Trabalho Temporário, Prestação de Serviços e Serviços Tercerizáveis no Distrito Federal (Sindiserviços-DF) e o Sindicato das Empresas de Asseio, Conservação, Trabalhos Temporário e Serviços Terceirizáveis do Distrito Federal (Seac-DF).
Neste ano, o Sindiserviços-DF e o Seac-DF firmaram um acordo com o Ministério Público do Trabalho e o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 10ª Região, em Brasília, se comprometendo a não mais incluir essa cláusula de redução de FGTS em troca de seis meses de estabilidade em acordos futuros. Ainda ficou acertado que a empresa que assumir o contrato de prestação de serviços admitirá o empregado do fornecedor anterior, com estabilidade de 90 dias.
Patrões não gostaram
Para o gerente-executivo da Unidade de Relações do Trabalho da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Emerson Casali, essa decisão acaba por desvalorizar a negociação coletiva. "Esses acordos foram firmados entre os sindicatos patronais e os dos trabalhadores e têm como objetivo beneficiar a todos", afirma. Isso porque, segundo ele, essa troca seria também vantajosa para o trabalhador, que teria seu emprego assegurado. "Isso serve apenas para adaptar as regras à realidade do setor e não traz perdas para ninguém."
A decisão pode gerar uma avalanche de ações no Judiciário, considerando-se o universo de trabalhadores terceirizados no país, segundo o juiz Rogério Neiva Pinheiro, da 6ª Vara do Trabalho de Brasília. Esse tipo de acordo, afirma, tem sido comum no Distrito Federal e não havia um entendimento uniforme no TST sobre o tema.
No tribunal onde Pinheiro atua, a jurisprudência tem sido favorável às cláusulas de continuidade. "Ao menos aqui, em Brasília, o sindicato de trabalhadores sempre lutou por isso, pois sustenta que o mais importante é a manutenção do emprego", diz o juiz, que defende a modulação dos efeitos da decisão do TST como forma de minimizar seu impacto no Judiciário.
Para as advogadas trabalhistas Mayra Palópoli, do Palópoli & Albrecht Advogados, e Carla Romar, do Romar Advogados, que também atua como professora de Direito na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), a decisão do TST, no entanto, é acertada. Segundo Mayra, a cláusula deve ser considerada nula por mexer com direito indisponível garantido constitucionalmente. Para Carla Romar, essa flexibilidade na negociação sindical é restrita. "O TST tem decidido reiteradamente que não se pode negociar tudo. "
Procurados pelo Valor, o Seac-DF e o Sindiserviço-DF não deram retorno até o fechamento da edição. (Fonte:Valor Econômico)
 
Jorge Caetano Fermino

written by FTIGESP

Nov 07
Leia, na íntegra, o Informativo do Sindicato dos Gráficos de Santos.

written by administrador

Nov 06
Apesar de crise, jornais são 2º em investimentos publicitários  
Mesmo com o fechamento do JT e com o recente anúncio do fim do Diário do Povo, de Campinas, os jornais representam 11,46% em termos de participação no bolo de investimentos publicitários, segundo dados do Projeto Inter-Meios. A pesquisa mostra que a compra de espaço publicitário nos meios de comunicação cresceu 10% no acumulado de janeiro a agosto no Brasil, alcançando R$ 19,4 bilhões (no mesmo período em 2011, montante tinha sido de R$ 17,603 bilhões). A TV aberta ainda é a líder no share, mordendo 64,96% do bolo. As Revistas, com 6,07% e Internet, com 5,06%, aparecem em seguida. A TV por assinatura foi o meio que mais cresceu, com alta de 16% (4,22% de participação total)e faturamento bruto de R$ 888 milhões. O cinema também obteve bom desempenho, com 0,32% do bolo, segunda maior taxa de crescimento, 14,61%, acima de internet (14,33%). Até agosto, o meio digital faturou R$ 980,9 milhões. Apenas 0,47% do total em publicidade referem-se à publicidade digital de jornais impressos. O meio revista, terceiro em faturamento, encolheu 3,67% e faturou R$ 1,2 bilhão -6% de participação. A TV Aberta faturou R$ 12,6 bilhões. Já o rádio, teve faturamento de R$ 763,2 milhões, alta de 8%. Mídia exterior cresceu 7,5% e faturou R$ 587 milhões. Adnews 

Atividade industrial paulista interrompe trajetória de queda e fecha 3º tri em alta de 1,2%  
Depois de cair por cinco trimestres seguidos, a indústria paulista encerrou o terceiro trimestre de 2012 em alta de 1,2% em relação ao período anterior, motivada principalmente pela indústria automobilística, em meio a incentivos concedidos pelo governo – como a redução do IPI para veículos, que contribuiu em 34% para crescimento da atividade econômica entre maio e agosto.  O mês de setembro registrou uma elevação de 0,2%. O diagnóstico é fruto da pesquisa Indicador de Nível de Atividade (INA) da indústria, realizada mensalmente pelo Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon) da Federação e o Centro das Indústrias do Estado São Paulo (Fiesp e Ciesp), e divulgada nesta quarta-feira (31/10). Apesar da alta no trimestre acima do esperado, as projeções para a atividade da indústria em 2012 e para o desempenho da economia em geral continuam pessimistas, uma vez que a persistente crise financeira no mundo, principalmente nos países da Europa, minimiza o impacto positivo de políticas de incentivo do governo sobre a produção nacional. Segundo a Fiesp/Ciesp, o nível de atividade da indústria paulista deve encerrar o ano de 2012 negativo em 4,5%, enquanto o Produto Interno Bruto (PIB) deve crescer apenas 1,4% no mesmo ano e o PIB industrial deve apresentar uma variação negativa de 2,5%. Fiesp 

Para presidente da ABIGRAF, JT contribuiu para a formação de gerações de artistas gráficos  
“Um marco do jornalismo brasileiro, o corajoso, inteligente e irreverente Jornal da Tarde imprimiu nesta quarta-feira, 31 de outubro, sua última edição”, acentuou Fabio Arruda Mortara, presidente da ABIGRAF Nacional, afirmando: “Com a derradeira edição chega ao fim um dos capítulos mais interessantes e produtivos da história da comunicação impressa brasileira. Uma história que mudou não apenas o modo de se pensar a pauta e produzir as reportagens, mas que imprimiu sutileza e criatividade na utilização dos recursos visuais, contribuindo para o desenvolvimento de gerações de jornalistas e de artistas gráficos brasileiros”. Para Mortara, o JT tinha em seu DNA a inovação e foi um jornal que conseguiu fugir do óbvio. “Uma das formas que encontrou para fazer isso foi utilizando a criatividade para entregar um produto que agregava valor também do ponto de vista gráfico. Conseguiu traduzir como ninguém a ideia de que uma imagem, ou, no caso, a conjunção de imagens, textos e recursos gráficos sobre uma folha impressa podem dizer mais do que apenas palavras. Não poderíamos deixar, também, de lembrar o protagonismo do JT na reação à censura imposta durante a ditadura militar. Foi justamente o seu espírito inovador que permitiu saídas tão criativas, como a publicação de receitas no lugar dos textos censurados ou a antológica capa toda em preto, em protesto contra a falta de liberdade de imprensa”. RV&A 

Estudo da Fiesp analisa melhores taxas de juros do mercado brasileiro  
A Fiesp, por meio de seu Departamento de Economia (Depecon), elabora estudo comparativo das taxas de juros aplicadas pelos grandes bancos de varejo no Brasil. A proposta dessa análise é auxiliar os industriais e a sociedade em geral a negociar as melhores condições para suas operações de crédito. Além disso, vai ao encontro dos esforços da entidade na busca pela redução do custo do dinheiro. Atualizado semanalmente, o Custo de Crédito do Brasil toma como base os dados do Banco Central sobre financiamento de capital de giro. Confira aqui o estudo mais recente. Fiesp 

Mínimo deveria ser de R$ 2.617,33 para brasileiro arcar com despesas
SÃO PAULO - O brasileiro precisaria de um salário mínimo no valor de R$ 2.617,33 em outubro para conseguir arcar com suas despesas básicas, de acordo com dados divulgados pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) nesta segunda-feira (5).A entidade verificou que são necessários 4,21 vezes o valor do salário mínimo vigente na data para suprir as demandas do trabalhador. O cálculo foi feito com base no mínimo de R$ 622, em vigor desde o início do ano.Em setembro, o valor necessário para suprir as necessidades mínimas do trabalhador era de R$ 2.616,41.O salário mínimo necessário é o que segue o preceito constitucional de atender às necessidades vitais do cidadão e de sua família, como moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, sendo reajustado periodicamente para preservar o poder de compra.
Cesta versus salário
O comprometimento com os gastos da cesta básica alcançava, em média, 46,95% do salário mínimo em outubro, após a dedução da parcela referente à Previdência Social, ante os 47,04% necessários em setembro. No mesmo período de 2011, o percentual comprometido era de 46,48%. Infomoney

Drupa 2016 terá duração menor, com 11 dias de exibição  
A Drupa é o maior evento do universo gráfico no mundo, com mais de 60 anos de existência. O evento foi palco das mais diversas mudanças, como a substituição de pequenas gráficas artesanais por grandes indústrias de impressão, mídia e comunicação. A própria Drupa evoluiu com o tempo, sempre antecipando evoluções tecnológicas e guiando os visitantes internacionais ao mostrar soluções para os seus negócios. E visando ser um "farol" para a indústria, a Drupa de 2016 terá não somente foco em um mercado e uma era de mudanças, mas também irá enfatizar um mercado voltado a oferta de soluções. Um mercado de impressão funcional em todos os tipos de substratos. Além disso, a feira quer otimizar a alocação de espaço para seus clientes e a recepção de seus visitantes. Com esse novo foco, a Drupa irá manter o seu ciclo olímpico de 4 anos entre cada evento. Mas, ao mesmo tempo, o comitê da Drupa decidiu encurtar a duração do evento para 11 dias - de 31 de maio a 10 de junho de 2016. A decisão foi tomada pelos 20 membros do comitê em sua sessão constitutiva ocorrida no dia 2 de novembro de 2012. O tempo menor de exibição terá mais impacto nos dias de fim de semana, trazendo mais benefícios tanto para os expositores como para os visitantes. A grande maioria dos expositores já votaram a favor do encurtamento do evento na pesquisa conduzida no final da Drupa 2012. Desktop 

Deputado comunista propõe fim do banco de horas
Na prática, por este “sistema de compensação” os empregadores se apropriam das horas extras trabalhadas, com o argumento que essa jornada a mais será compensadaO deputado Assis Melo (PCdoB-RS) apresentou à Câmara dos Deputados projeto de lei (PL 4.597/12), no final do mês de outubro, com propósito de extinguir o banco de horas, que é um sistema de compensação de horas extras.O projeto do deputado gaúcho revoga o parágrafo 2º do artigo 59 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que trata do banco de horas.Na prática, por este “sistema de compensação” os empregadores se apropriam das horas extras trabalhadas, com o argumento que essa jornada a mais será compensada. Assim, além de não pagar pela hora suplementar ainda decide quando será feita essa compensação. O trabalhador perde nas duas pontas – não recebe pela jornada a mais e só folga por conveniência patronal.A norma (banco de horas), então, é uma apropriação indébita legalizada. Ou como diz o presidente do Sindicato dos Auxiliares de Administração Escolar em Estabelecimentos Particulares de Ensino no Distrito Federal (Saep-DF), o advogado Mário Lacerda, “trata-se de assédio material”, já que o que é devido pelo empregador não é pago ao trabalhador.
Razões do projeto
No entendimento do DIAP, a iniciativa do deputado Assis Melo encontra eco nos interesses dos trabalhadores na medida em que quer corrigir esta injustiça que é o banco de horas como supressão de renda dos assalariados.Na justificação do projeto, o deputado argumenta que o sistema de compensação de horas hoje já não se justifica, pois a economia cresceu e se dinamizou, e os índices de desemprego diminuíram substantivamente.Ademais, a “primeira alteração proposta (pela iniciativa de lei) visa tão somente uma atualização da norma citada, pois o Inciso XVI, do artigo 7º de nossa Constituição Federal estabelece que ‘remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em 50% à do normal’. Para tanto, propormos a alteração dos atuais 20%, para o percentual previsto em nossa Lei Maior”, abre o debate Assis Melo.
Banco de horas
A medida foi instituída no rol da legislação trabalhista em razão das dificuldades que a economia do País atravessava. Assim, por meio da Lei 9.601/1998 alterou-se o artigo 59 da CLT para dar nova redação ao parágrafo 2º da legislação trabalhista:“Poderá ser dispensado o acréscimo de salário se, por força de acordo ou convenção coletiva de trabalho, o excesso de horas em um dia for compensado pela correspondente diminuição em outro dia, de maneira que não exceda, no período máximo de cento e vinte dias, à soma das jornadas semanais de trabalho previstas, nem seja ultrapassado o limite máximo de dez horas diárias.”  Desde então, as empresas adotaram o banco de horas e deixaram de pagar montante razoável de horas extras trabalhadas, que hoje poderia estar aquecendo a economia interna, com aumento do consumo das famílias e da renda. Clique aqui e baixe a íntegra do projeto – Fonte: DIAP
Jorge Caetano Fermino

written by FTIGESP

Nov 05
 
Inflação sobe na capital paulista e encerra o mês de outubro em 0,8%
São Paulo - O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), medido pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) na cidade de São Paulo, encerrou outubro em alta de 0,8% ante 0,55%, em setembro. Dos sete grupos pesquisados, o que mais influenciou o resultado foi o de alimentação (de 1,74% para 2,04%).Mais três grupos apresentaram taxas superiores às do mês anterior: habitação (de 0,14% para 0,51%), despesas pessoais (de 0,14% para 0,88%) e transportes (de 0,16% para 0,38%).Em saúde, houve decréscimo e o IPC atingiu 0,21% ante 0,56%. O mesmo movimento ocorreu em educação (de 0,05% para 0,03%). No grupo vestuário, houve deflação de 0,17% ante uma elevação de 0,37%. Fonte: Agência Brasil

Confira quanto o INSS vai pagar na 2ª parcela do 13º
Grana do abono muda com a idade, o valor do benefício e o mês em que começou a ser pago pelo INSS
O INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) começa a pagar no dia 26 deste mês a segunda parcela do 13º para aposentados, pensionistas e segurados que recebem auxílios. A principal diferença desta parcela é o desconto do Imposto de Renda, que não foi feito no pagamento da primeira parte do abono.O Agora traz hoje simulações de quanto será a segunda parcela para diversas faixas de valor de benefício. O segurado que já estava aposentado até janeiro deste ano terá a metade de seu benefício, descontado o Imposto de Renda sobre o valor total. Fonte: Agora SP

Segurado pode fazer a solicitação neste mês para escapar de redutor
Quem já completou os 35 anos de pagamentos à Previdência Social para se aposentar por tempo de contribuição, no caso dos homens, ou 30 anos, para as mulheres, tem só até o dia 30 de novembro para dar entrada no pedido de aposentadoria e evitar o desconto maior da nova tabela do fator previdenciário, que passará a valer no dia 1º de dezembro. O fator reduz o benefício de quem tem pouca idade e tempo de contribuição.A tabela do fator muda todos os anos, com a divulgação de novos índices de expectativa de vida. Nos últimos anos, o desconto vem aumentando aos poucos, pois o IBGE usava projeções do aumento da expectativa de vida dos brasileiros.Neste ano, porém, a mudança poderá trazer uma redução maior nos benefícios, pois a expectativa de vida usada será feita com os dados do Censo de 2010. Para o consultor previdenciário Newton Conde, a expectativa poderá ser reajustada em até dois anos. Dessa forma, quem faz o pedido de aposentadoria ainda neste mês garante o desconto do fator atual e poder escapar de um redutor maior. Fonte: Agora SP
Brasília (DF): Presidente da Câmara quer votar neste ano fim do fator previdenciário
O mecanismo, que garantiu redução de R$ 44 bilhões nas despesas da Previdência em 12 anos, é tema de diversos projetos em tramitação na Câmara que propõem a substituição do fator.O presidente da Câmara, Marco Maia, anunciou a intenção de votar ainda neste ano o projeto de lei que acaba com o fator previdenciário e propõe uma nova fórmula para a concessão dos benefícios (PL 3299/08).A regra atual baseia-se em um coeficiente obtido a partir do tempo de contribuição, da idade e da expectativa de sobrevida do segurado à época da aposentadoria. Ela atinge quem se aposenta por tempo de contribuição dentro do Regime Geral da Previdência Social, ou, como se diz popularmente, quem se aposenta pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).Antes da sua criação, as aposentadorias por tempo de contribuição eram calculadas com base na média dos últimos três anos de salário, como explica o consultor econômico Raul Velloso. "Com o fator, criou-se uma fórmula diferente, que estimula as pessoas a demorar mais contribuindo. A fórmula diz o seguinte: se você quiser ficar mais um pouco, você vai receber um pouco mais; se quiser sair agora, vai receber um pouco menos. Esta fórmula, que faz este cálculo e ficou conhecida como fator previdenciário, leva em conta vários fatores, que antes não eram levados como, além do tempo de contribuição, quantos anos em média uma pessoa vive, segundo cálculos do IBGE".Stephanes: o sistema atinge muito mais o trabalhador celetista.O fator previdenciário, porém, não se aplica a quem se aposenta por invalidez ou pelo regime especial, ou seja, os trabalhadores rurais. No caso de quem se aposenta por idade, 65 anos para o homem e 60 para a mulher, aplica-se o que for mais vantajoso para o segurado. A rigidez da regra é quase consenso.O deputado Reinhold Stephanes (PSD-PR), ex-ministro da Previdência, enfatiza que o sistema atinge muito mais o trabalhador celetista. "Não há nenhuma dúvida de que o fator é muito forte, muito pesado para o sistema celetista, já que para os outros sistemas de aposentadoria, como os sistemas públicos, de polícia ou de militares não existe um item com tal força para retardar essas aposentadorias ou diminuir o valor das aposentadorias, como o fator previdenciário. Acho muito difícil que o governo concorde em aceitar a mudança do fator previdenciário. Teria que ter outro substitutivo, como a introdução da idade mínima.
"Aposentadoria precoce
De acordo com especialistas, o fator previdenciário não atingiu seu objetivo inicial de desestimular as aposentadorias precoces. Hoje, o homem pode requerer aposentadoria proporcional aos 53 anos de idade e 30 anos de contribuição. A mulher tem direito à proporcional aos 48 anos de idade e 25 de contribuição.Um acompanhamento da curva de idade média de aposentadoria por tempo de contribuição mostra que ela tem se mantido em torno de 53 anos e meio nos últimos anos, porque as pessoas preferem perder uma parte do benefício a deixar para se aposentar depois, como constata o presidente da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil, Álvaro Solon. "O fator não está atingindo o objetivo, que é fazer com que as pessoas se aposentem mais tarde. Hoje as pessoas se aposentam e continuam trabalhando. Elas só vão ver o tamanho do prejuízo quando saírem do mercado de trabalho, ou por falta de inserção no próprio mercado ou por perda da capacidade laborativa por doença ou outras circunstâncias. Hoje, no Brasil, as pessoas podem se aposentar e continuar trabalhando."Embora o fator previdenciário não tenha conseguido evitar as aposentadorias precoces, não se pode afirmar que a regra tenha sido um fracasso do ponto de vista das contas da Previdência Social. Segundo o diretor do Regime Geral da Previdência Social, Eduardo Pereira, em 12 anos houve uma redução na despesa de aproximadamente R$ 44 bilhões.
Mecanismo perverso
A amortização decorre da redução do valor do benefício a ser pago, que pode chegar a cerca de 40% no caso das mulheres e a 30% para os homens. É por isso que o fator previdenciário é comumente tachado de mecanismo perverso.O deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), presidente da Força Sindical, se encaixa entre seus críticos. "Para os trabalhadores, o fator foi muito perverso porque tirou benefícios das pessoas que pagaram sua vida inteira e, na hora que mais precisam, perdem 40% do salário. Do lado do governo foi um grande negócio porque milhões de pessoas se aposentaram nesse período e foram garfadas em 40%. Foi um assalto ao bolso dos trabalhadores durante todo esse período e é isso o que a gente quer evitar daqui para frente."Já o consultor econômico Raul Velloso defende o fator previdenciário. "Nós temos um problema de envelhecimento da população e o INSS tem um déficit muito grande, quando a gente compara com outros países, ou seja, não tem dinheiro suficiente para pagar todo mundo se este sistema se mantiver assim pelos próximos anos. Alguma correção vai ter e, se é para ter correção, eu prefiro uma que eu consiga explicar os fatores que entram no cálculo."Uma das razões para explicar o fato de o trabalhador optar pela perda no valor do benefício pode estar relacionada à possibilidade de os segurados associarem à renda advinda da aposentadoria à renda obtida no mercado de trabalho ou dos saques mensais do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) permitiu ao trabalhador, além de retirar todo o dinheiro acumulado no FGTS no momento da aposentadoria, sacar todo mês o valor que é mensalmente depositado pela empresa, equivalente a 8% do salário.Outra razão para aposentadoria precoce pode estar relacionada à incerteza quanto ao valor do benefício gerada pelo fator previdenciário. É que a tábua de expectativa de vida, uma das componentes do fator, é atualizada a cada ano pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Por isso, o trabalhador não sabe exatamente qual será a sua renda mensal, caso decida adiar a aposentadoria. Fonte: Força Sindical 
Tramitam na Câmara 5.255 projetos que pedem alteração da CLT
Fortalecer os direitos do trabalhador ou flexibilizá-los, há uma unanimidade entre os parlamentares: as leis atuais devem ser atualizadasA supervisora administrativa Rafaela Campos, 27 anos, está grávida de 37 semanas. Ela gostaria de poder trabalhar neste momento apenas meio período, sem prejuízo ao salário e demais direitos até o momento em que começar a sua licença-maternidade, conforme prevê projeto de lei de do deputado Antônio Roberto (PV-MG), que acrescenta esse inciso à Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).“Quando se aproxima do fim da gestação, o cansaço é maior”, justifica Rafaela. Mas a empresária Christiany Cortes, 42, dona de um salão de beleza, acha desnecessária a criação desta norma. “Gravidez não é doença. Quando tive meus filhos, trabalhei até um dia antes do parto”, diz.Esse é apenas um entre 5.255 projetos de lei que tramitam na Câmara dos Deputados com o intuito de alterar a CLT. Isso sem considerar as propostas anexadas — aquelas vinculadas a outras semelhantes. Seja para fortalecer os direitos do trabalhador, seja para flexibilizá-los, há uma unanimidade entre os parlamentares: as leis atuais devem ser atualizadas de alguma forma.A vice-presidente da Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público da Câmara, deputada Flávia Morais (PDT-GO), acredita que o volume de projetos de lei para tentar aprimorar a CLT é resultado da abertura que a própria história do Brasil concede às questões trabalhistas.“São vários segmentos buscando melhorar as condições de trabalho. Mas considero alguns projetos exagerados, chegando a criar dificuldades para as relações entre patrões e empregados, no sentido de onerar a folha de pagamento e causar o desemprego”, observa.É o que teme o empresário do setor têxtil Rivaldo Moura, 40, diante de um projeto de lei do deputado Marçal Filho (PMDB-MS) que propõe a unificação do período de férias aos casais que trabalham em empresas diferentes. “Não funciona porque há meses em que não podemos dar férias e, muitas vezes, o período não vai encaixar. Se isso acontecer, teremos que aumentar o quadro de funcionários”, acredita.
Demagogos?
A maioria dos projetos de lei, segundo o deputado Sílvio Costa (PTB-PE), não contribui para um avanço expressivo das relações trabalhistas. “Desses cinco mil projetos, posso afirmar com tranquilidade: 90% são de origem demagoga e paternalista”, avalia. “Mas o fato de haver essa quantidade de projetos de lei sinaliza que precisamos colocar as questões trabalhistas em debate”, pondera o deputado.Essa discussão fará parte do seminário Novas relações de trabalho para o Brasil do século 21, que os Diários Associados realizam em 7 de novembro, em Brasília, entre as 8h30 e as 18h, no auditório do jornal Correio Braziliense, com participação de representantes sindicais, empresários, juristas e parlamentares.Para a deputada Flávia Morais, o debate na esfera legislativa precisa ter como objetivo uma análise criteriosa dos projetos de lei. “É importante que cada um seja visto sem olhar preponderante favorecendo um ou outro. Só avançaremos se houver um equilíbrio entre o que é melhor para todas as partes”, ressalta.A deputada Érica Kokay (PT-DF) concorda que é importante realizar atualizações à CLT, desde que não configure ônus para o trabalhador. “Alterar não pode representar retirada de direitos do trabalhador”, pontua.No entanto, com o aumento de obrigações do empregador para com o empregado, Silvio Costa critica que a maioria dos projetos de lei que tramitam na Câmara são destinados a onerar a folha de pagamento das empresas. “Como consequência, isso estimulará a informalidade”, diz.Para Kokay, aumentar os direitos dos trabalhadores não necessariamente significa perda para o patrão: “É preciso considerar que o aumento na qualidade de vida do trabalhador eleva o nível de produtividade, que resulta em ganho para a empresa”.O deputado Júlio Delgado (PSB-MG) entende que o caminho ideal para a modernização das relações trabalhistas não está na profusão de novas regras. “Muitos desses projetos são afins, para demonstrar que existe uma necessidade de atualização das leis trabalhistas. Precisamos compilar esses projetos e ter uma proposta mais real e viável”, sugere. (Fonte: Correio Braziliense)
Jorge Caetano Fermino 

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