Dez 15
INFLAÇÃO I – O mercado voltou a elevar a previsão para a inflação oficial, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), neste ano pela 13ª semana consecutiva, passando de 5,78% para 5,85%. Para 2011, subiu levemente, de 5,20% para 5,21, segundo o boletim Focus divulgado pelo Banco Central, no início desta semana.

INFLAÇÃO II – De acordo com o professor de finanças da EESP-FGV (Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getulio Vargas), Samy Dana, a perspectiva é que a inflação ainda aumente em janeiro devido a efeitos sazonais.

INFLAÇÃO III – “O consumo está crescendo mais do que a capacidade produtiva, sempre que isso acontece, ocorre inflação. Moramos em um país consumista, o que gera, invariavelmente, uma pressão inflacionária. Acredito que a inflação de 2011 estará dentro da meta, ou seja, entre 2,5% e 6,5%. Vale ressaltar que em janeiro temos uma inflação sazonal devido a reajustes de diversos serviços, como as matrículas escolares”, destaca o professor. E acrescenta: “Para conter a inflação, acredito que o governo deverá cortar os gastos públicos”. Fonte: Assessoria da FGV/EESP

FTD investe em encadernadora da Kolbus
A Gráfica FTD, especializada na produção de livros, é pioneira na compra e instalação da encadernadora lombada quadrada Kolbus KM 412 Publica, comercializada pela Ferrostaal. O equipamento é um dos mais modernos do mercado, capaz de finalizar até 15 mil livros por hora. A encadernadora integra um sistema completo de acabamento de livros, composto pela alceadora ZU 841, guilhotina trilateral HD 153 e paletizador PL 771. Com alto nível de automação, o sistema alceia, encapa, faz cortes trilaterais nos livros, aplica cola PUR-Hotmelt, plastifica, insere encartes e CDs no interior dos livros, redimensiona nas quantidades necessárias (embrulhando o produto em uma fina camada de plástico) e empilha automaticamente nos paletes de transporte. Fonte:Publish

Mercado de embalagens metálicas cresce 5%
São sacolas, latas e caixas. Nenhum segmento ficou de fora do crescimento expressivo da indústria de embalagens em 2010. Segundo estudo da Associação Brasileira de Embalagens, a produção do setor cresceu 16,29% no primeiro semestre deste ano e deve fechar 2010 com o montante de R$ 40 bilhões em vendas. O setor de embalagens foi um dos que se recuperou mais rapidamente da crise. Depois da queda de até 11,7%, no início de 2009, a produção foi retomada. O mercado de embalagens metálicas para a indústria química tem seguido a mesma linha de recuperação. Jorge Kuser, consultor de negócios da Go4! , explica que a expectativa para o setor é de crescimento de 5% em volume de produção neste ano e cerca de 2% em crescimento de faturamento. Como em 2009 o segmento teve decréscimo de -2% e agora, está superando os efeitos da crise. Fonte: Portal Fator Brasil

O Diário passa a usar ‘tecnologia verde’
O Diário é o terceiro jornal do Sul do Brasil e um dos dez primeiros do País a deixar de utilizar produtos químicos na revelação das chapas de impressão. A empresa usará chapas reveladas apenas com água e um tipo de goma, sistema considerado ecologicamente correto, utilizado até o momento em apenas alguns países do primeiro mundo. A nova chapa para impressão offset, conhecida como chapa verde - por seu caráter ecológico -, foi lançada pela Agfa. Ela vem sendo apontada como a grande revolução na pré-impressão, tanto para jornais quanto para as gráficas tradicionais. Fonte: O Diário

Revista comemora 80 anos do Ministério do Trabalho
“Há 80 anos, o Brasil, tomava a decisão de ficar ao ladodo povo, ao lado dos menos favorecidos, ao lado do desenvolvimento com visão social. Estas foram uma das muitas questões que fizeram com que o Presidente Vargas criasse o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio em 26 de novembro de 1936”. Esse texto
abre o editorial do ministro Carlos Lupi, do Trabalho e Emprego, na revista comemorativa dos 80 anos da Pasta.
A publicação, embora não traga fotos recentes de ações sindicais unitárias ou de categorias específicas, é muito rica em fotos e documentos de situações de trabalho e mobilizações trabalhistas do passado, quase todas em tom sépia, marcando a linha do tempo.
Das páginas 29 a 36, a revista publica entrevista com o presidente Lula. Ao responder pergunta sobre o papel do Ministério, Lula afirma: “O advento da CLT, da Carteira de Trabalho, do salário mínimo, do seguro-desemprego, em tudo isso o Ministério do Trabalho teve um papel de destaque”. E conclui: “Acho que o papel do Ministério do Trabalho é criar e por em prática medidas que significam inclusão social”. Fonte: MTE

Alcoolismo no trabalho passa a ser visto como problema de saúde
Mudança na legislação brasileira proíbe demissão e determina que funcionário seja afastado para receber tratamento
O problema do uso do álcool no trabalho está prestes a ganhar uma nova abordagem no Brasil. No início de dezembro, a Câmara dos Deputados aprovou uma proposta que proíbe que as empresas demitam por justa causa funcionários com problemas de alcoolismo. A proposta foi aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara e modifica uma lei de 1943, que dava liberdade às empresas para demitir os empregados que fossem trabalhar embriagados. A expectativa é que o projeto seja sancionado ainda pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ou no começo do mandato da presidente eleita, Dilma Roussef, que toma posse em 1º de janeiro de 2011.
“O trabalhador que sofre de alcoolismo deve ser encaminhado para tratamento médico, em vez de ser dispensado por justa causa”, justificou o deputado federal Tarcísio Zimmermann (PT-RS), que propôs a alteração na legislação.
No Brasil, essa não é uma questão pequena. De acordo com dados da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), 15% da população tem problemas relacionados ao abuso de álcool e outras drogas no ambiente de trabalho. Números do Ministério do Trabalho indicam que esses empregados faltam 26 dias por ano sem justificativa, número de faltas três vezes maior que a de um funcionário comum. A produtividade desses profissionais é até 30% menor e os riscos de acidentes de trabalho são cinco vezes mais elevados.
Frente a esses números, Dartiu Xavier da Silveira, psiquiatra e coordenador do Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes da Unifesp, considerou “positiva” a proposta de mudança na lei, que passa a abordar o alcoolismo como problema de saúde. “(Atualmente,) existe um contrassenso: você considerava que o álcool é uma doença, mas não dava um tratamento. É preciso dar o tratamento sem a questão moralista, de julgar se o trabalhador está certo ou errado.”
Na avaliação do psiquiatra, porém, o tempo previsto em lei para o tratamento do funcionário, que é de 60 dias, é pequeno. “Ninguém faz tratamento de alcoolismo em 60 dias, esse é um processo que dura no mínimo 6 meses”, explica. Segundo Xavier, nesses primeiros 2 meses o trabalhador pode resolver “os problemas mais agudos”, como síndromes de abstinência e eventuais doenças relacionadas ao alcoolismo.
Por isso, o especialista recomenda que as companhias que tenham funcionários alcoólicos sejam flexíveis com o tempo do tratamento. “Uma empresa deveria ver o alcoolismo como se fosse qualquer outro problema de saúde e não se pautar pelo tempo de recuperação. Assim como um problema de coração pode demorar mais ou menos tempo (para ser totalmente resolvido), deve haver flexibilidade para permitir que o paciente (alcoólico) se recupere.”
Prevenção
O coordenador do Proad afirma que as empresas podem atuar de duas maneiras para lidar com o problema: programas de prevenção e a identificação dos trabalhadores alcoólicos. “É importante conscientizar os funcionários de que o alcoolismo é uma doença, não é uma falta de caráter ou de vergonha na cara”, analisa Xavier. “Ninguém chega a esse ponto porque quer.”
A partir daí, pode-se trabalhar com a identificação de funcionários com problemas com a bebida. “Em geral, existe uma tentativa do alcoólico de esconder o problema, pois há uma visão repressiva, que trata isso como falta de caráter e não como doença.”
Os colegas de trabalho também podem tentar ajudar o funcionário dependente de álcool. “Conversar abertamente é a melhor maneira de apoiar um amigo com problemas”, sugere. Mas é bom tomar cuidado. “Como essa é uma situação em que o alcoólico se sente estigmatizado, nem sempre as pessoas querem conversar.” Fonte: Portal IG


Jorge Caetano Fermino

written by FTIGESP