Out 11

Apesar da grande maioria das cinco mil gráficas no estado de São Paulo ser de micro e pequeno porte, tendo menos de 20 funcionários, todas são obrigadas a pagar a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) a seus trabalhadores - direito contido na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da classe, mantido pela Federação paulista da categoria (Ftigesp) e os sindicato (STIGs) das regiões na Campanha Salarial do último ano. E, pela regra definida, o prazo dos patrões pagarem a 2º parcela da PLR venceu na quinta-feira (5). O valor total deste benefício, que equivale de 3% a 6% do salário mensal do gráfico, a depender da sua faixa salarial, é definido com base no número de funcionários na empresa em 2016. Denuncie qualquer irregularidade no STIG da região onde fica a gráfica.

O respectivo valor total da PLR nas empresas com até 19 funcionários é de R$ 605,72, sendo dividido em duas parcelas iguais de R$ 302,86. O limite de pagar a 1ª parcela foi em 5 de abril, e a 2ª parte agora em 5 de outubro. Todos os valores e prazos contam na CCT. A gráfica com 20 até 49 trabalhadores deve pagar PLR de R$ 659,20 a cada empregado, dividida em duas parcelas de R$ 329,60. No caso da empresa com 50 até 99 gráficos, o valor é R$ 766,06, parcelada em duas de R$ 383,03. "Acima de 100 gráficos, o patrão deve pagar R$ 890,80, em duas vezes iguais de R$ 445,40", explica Leonardo Del Roy, presidente da Ftigesp.

A PLR é um importante benefício financeiro em favor de todos gráficos paulistas, independente da tamanho da empresa, graças ao trabalho e a luta continuada do movimento sindical. A Ftigesp e os STIGs lutaram e lutam anualmente para garantir este direito coletivo para toda categoria. Inclusive, a campanha salarial deste ano já inicial. As entidades estão em negociação com o sindicato dos donos das gráficas para renovar o direito da PLR para os trabalhadores e outras 86 cláusulas da CCT. "É importante que a categoria participe da luta da campanha para defender a continuidade de tais direitos por mais um ano, renovando a convenção", realça Leandro Rodrigues, secretário-geral da Federação dos Gráficos.

Del Roy aproveita ainda para alertar os trabalhadores para a campanha midiática que tenta jogar o trabalhador contra a sua entidade de classe. "Sem os sindicatos dos gráficos e da Ftigesp, por exemplo, não se tinha a PLR, benefício que representa 6% do salário mensal de quem recebe o piso da categoria. Em termos de reais, é muito mais dinheiro no bolso do gráfico do que qualquer contribuição sindical descontada uma vez por ano, a qual a mídia veicula que só por isto que os sindicatos lutam. Por outro lado, se os sindicatos não tiverem condição de se manter, será a PLR, cesta básica, piso salarial e mais direitos da classe ameaçados.

written by FTIGESP