Out 20

A Associação dos Trabalhadores Gráficos Aposentados do Estado de São Paulo (Ataigesp) tem razão quando no editorial do seu novo jornal trimestral diz que os deputados e senadores, aliados do governo Temer, estão preocupados em manter seus privilégios, mesmo que prejudiquem a população brasileira. Assim fazem transferindo para os trabalhadores e aposentados os resultados maléficos das incompetências legislativas, pautadas por políticas neoliberais pressionadas pelo mercado financeiro, tanto que votaram a reforma trabalhista e insistem com a previdenciária.

Diante das denúncias contra Temer e da resistência à referida reforma, um novo sinal já foi dado pela agência internacional de classificação de risco S&P Global Ratings, na quinta-feira (12). Ela endossa que o país pode ser rebaixado, ainda mais, se não votar a reforma da Previdência. "As declarações foram feitas durante a apresentação pela internet sobre as perspectivas para os países emergentes neste ano e no próximo", fala bastante revoltado Leonardo Del Roy, presidente da Federação dos Trabalhadores na Indústria Gráfica do Estado de São Paulo (Ftigesp).

A S&P espera alguma sinalização de que o Planalto vai tentar aprovar a reforma antes do início das campanhas para as eleições de 2018, de forma que o próximo governo possa se dedicar a mais mudanças fiscais. Assim, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, voltou a defender a aprovação da reforma da Previdência. Ele conta que é essencial para a economia brasileira e para sustentabilidade das contas públicas no País.

"A reforma até que deve ser feita, mas nas aposentadorias milionárias dos políticos e os altos funcionários públicos", retruncou Roque Barbieri, presidente da Ataigesp, criticando a disposição e pressão do mercado e do governo Temer para tirar os direitos do pobre trabalhador do Brasil.

Além da Ataigesp, a Ftigesp e todos os 19 Sindicato dos Trabalhadores Gráficos (STIG) filiados ratificam a crítica a essa política neoliberal do atual governo, que ataca os direitos dos pobres para protege os ricos, seguindo a orientação das agências internacionais de risco em favor do mercado financeiro global. "Já não basta todo o mal que o governo tem feito com o congelamento de gastos públicos por 20 anos, a destruição da legislação trabalhista, o rebaixamento do salário mínimo, entre outros males com o reflexo negativo direto sobre a população e a economia", questionou Leandro Rodrigues, secretário-geral da Federação gráfica.

written by FTIGESP