Jan 29

Na próxima segunda-feira (5), os trabalhadores das gráficas da Baixada Santista terão um reajuste menor do que era previsto para o adicional de insalubridade. Na região, todos empregados do segmento, independente da função que desempenham, recebem esse benefício financeiro depois de uma grande e extensa luta do Sindicato da categoria (STIG), iniciada ainda em 1986, e ampliada na sua base territorial a partir de 1996. Cada trabalhador recebe o adicional no valor de 20% do salário mínimo (SM) nacional. Alguns ganham até 40%. Mas, infelizmente, por conta do atual decreto de Temer, rebaixando mais uma vez o valor do SM para 2018, os gráficos terão o valor do adicional de insalubridade também reduzido. Com isso, este ano, os gráficos não terão nem R$ 4 de reajuste mensal no valor deste adicional. 

"Diferente do que faziam os governos antes de Temer, a começar pelo presidente Lula, que criou a lei de projeção e de valorização do salário mínimo, o atual governante ilegítimo não respeita essa política de interesse das camadas mais pobres da população, que vivem do SM ou tem direitos atrelados, como os aposentados e aqueles que recebem abono do PIS e até os gráficos a partir de seus adicionais de insalubridade", fala Jorge Caetano, secretário geral do STIG Santos.

O reajuste ficou abaixo do esperado por tal decisão absurda de Temer. O novo salário mínimo nacional, ora já até aprovado na Lei de Diretrizes Orçamentárias, era de R$ 979, sendo reduzido para R$ 954. "Com isso, infelizmente, a partir deste mês, o adicional de insalubridade do gráfico da Baixada sobe apenas de R$187,40 para R$190,80", critica Caetano.

A Federação Paulista dos Gráficos, órgão que o STIG Santos é filiado, aproveita para endossar o repúdio ao atual governo ilegítimo que tomou a presidência do Brasil apenas para retirar os direitos dos trabalhadores e do povo empobrecido. A entidade estadual lembra inclusive que esse é o menor reajuste do salário mínimo desde que iniciou o real no país.

Contudo, apesar de todo retrocesso e impacto negativo que Temer tem provocado contra a classe trabalhadora, a Ftigesp faz questão de frisar o avanço que é o pagamento do adicional de insalubridade para todos os empregados das gráficas da Baixada Santista, conquistado a partir da luta sindical que tem garantido este direito desde a década de 1980. Caetano relembra que foi uma árdua e longa luta sindical e da categoria, iniciada em 1986 para os gráficos de Santos e São Vicente, base esta que o STIG representava oficialmente na época, sendo ampliada em 1996, quando se lutou por tal direito para o gráfico das demais cidades.

written by FTIGESP