Fev 16

Em assembleia, gráficos da Baixada Santista aprovaram fortalecimento da quase centenária entidade da classe (STIG), com contribuição anual no valor de um dia de trabalho e necessidade da sindicalização de todos

Uma carta intitulada 'Conscientizar para lutar' está sendo distribuída aos gráficos em todas as empresas do setor na Baixada Santista. Anexada à ela está uma ficha de associação ao STIG Santos - entidade da classe, que após 87 anos organizando a categoria para defender seus direitos, pode fechar diante das dificuldades geradas a partir das regras da nova lei trabalhista. Somente a retomada da conscientização plena da classe, conforme foi demonstrada pelos trabalhadores presentes na assembleia no Dia da Classe, no último dia 7 no STIG, poderá ser capaz de evitar a extinção do STIG e na sequencia a perda de direitos e salários de todos.

"Sem festa alguma, como anunciada na convocatória para assembleia, nos animou ver uma participação considerável de gráficos no local, até maior que na assembleia de fechamento da campanha salarial", conta Jorge Caetano, secretário-geral do STIG e um dos idealizados da carta voltada à conscientização da classe sobre os efeitos negativos da nova lei trabalhista, dentre eles, até o golpe sobre a manutenção do sindicato. Na ocasião, ao lado da presidente do STIG, Sueli Reis, ele detalhou os malefícios da reforma trabalhista e a vulnerabilidade maior dos gráficos de defenderem os seus direitos e salários atacados pela nova lei, pois os STIGs também estão sendo golpeados pela lei, sendo necessário e urgente a plena unidade de toda categoria para manter o sindicato ativo.

Desse modo, depois de consultados se consideram o STIG importante para continuar a luta em defesa de toda categoria, os gráficos decidiram que a classe deverá continuar contribuindo financeiramente em favor do sindicato, seja filiado ou não, com o valor anual de um dia do trabalho de cada gráfico das empresas da Baixada Santista. Com isso, Caetano diz que enviará essa cobrança para todas empresas, anexando a lista dos gráficos presentes na referida assembleia, como orientou o jurídico da Confederação Nacional da classe. Ele explica que a ação visa legitimar tal processo, mesmo com a atrasada lei da reforma trabalhista, que além de destruir direitos da classe, ataca os STIGs para que não defenda-os.

"Mas a contribuição não será suficiente para enfrentar os efeitos contra os direitos dos gráficos, como está posto pela reforma trabalhista, sendo necessário o fortalecimento econômico, mas sobretudo político em torno do STIG, que se dá através da sindicalização coletiva da categoria", diz Sueli. É por isso que cada carta tem sido entregue com a ficha de sócio.

written by FTIGESP