Fev 21

Mal começara a semana para gráficos paulistas e demais categorias no estado iniciarem os seus protestos contra políticos aliados de Temer e promoverem sua mobilização junto à classe trabalhadora contra o início do debate sobre a reforma da Previdência na Câmara dos Deputados, ora anunciada antes pelo governo federal. A fim de evitar o fim do direito à aposentadoria dos trabalhadores, se aprovarem a reforma, o Sindicato dos Gráficos (STIG) da Baixada Santista reuniu-se, ainda no sábado, ao movimento sindical da região e protestou em Santos, na frente da casa do vice-líder do governo na Câmara, Beto Mansur (PRB). Neste mesmo objetivo, nesta segunda-feira (19), considerado o Dia Nacional de Luta, o STIG Barueri/Osasco e o movimento sindical desta área fazia o corpo a corpo com a população em estações de trem da região, pedindo que todos pressionassem os seus deputados para reprovarem tal reforma. Depois dos trens, foram até as unidades do INSS existentes na região.

A Federação Paulista dos Gráficos (Ftigesp), entidade na qual ambos os STIGs são filiados, conclama que os outros STIGs no estado encampem esta luta - vital para protegerem o direito dos gráficos se aposentarem. "Os trabalhadores, por sua vez, também precisam engrossar a pressão aos deputados indecisos e sobretudo contra os políticos apoiadores da reforma previdenciária de Temer, como Mansur e outros no estado", fala Leonardo Del Roy, presidente da Ftigesp.

Em Santos, por exemplo, o movimento sindical fez o ato no sábado perto da casa do Beto Mansur. "Teve até marchinha de Carnaval, atores e pernas de pau para chamar a atenção pública sobre quem é este político que defende lei para findar a aposentadoria. O mesmo que aprovou o fim dos direitos trabalhistas, apesar de denunciado pela PGR por sonegação fiscal e condenado por trabalho escravo", diz Jorge Caetano, secretário-geral do STIG Santos.

Já na estação de trem em Barueri, o secretário-geral do STIG da região, Joaquim Oliveira e demais sindicalistas distribuíam aos usuários boletins sobre a necessidade de resistirem à reforma trabalhista. O ato ainda foi feito nas demais estações de diversas cidades desta região. A iniciativa, realizada anteontem, foi organizada na última semana pelo Comitê Contra Reforma da Previdência, formado pelo movimento sindical e os movimentos populares da área. "Acreditamos ter contribuído com o Dia Nacional de Luta, alertando a população sobre os malefícios da reforma, bem como sobre as propagandas enganosas do governo à respeito nos meios de comunicação", diz Oliveira, convocando o povo e reagir geral.

written by FTIGESP