Abr 20

A posse da direção pode ocorrer ainda neste mês ou no início do outro. Dentre os eleitos, os 50 mil gráficos da capital do estado contarão com a nova presidente do STIG-SP Elisângela de Oliveira, acompanhada do seu vice, Sebastião Santana, bem como Augusto Neto (tesoureiro), José Vicente (tesoureiro adjunto), Alexsandro dos Reis (secretário), Alex Patez (sec. adjunto), Daniel de Gouveia (diretor social) e muitos outros

Nas últimas gestões, frente conflitos interno e externo de várias ordens, o maior Sindicato de Gráficos (STIG) do Brasil e da América Latina, que representa quase 50 mil trabalhadores na capital de São Paulo, servindo de referência para os demais STIGs no país, não vinha atuando como em seus tempos áureos. Faltava o protagonismo em defesa da classe. Faltava a liderança característica da entidade em organizar a categoria. Porém, agora, depois de um longo processo eleitoral, finalizado nos dias 27 e 28 do último mês, a Federação Estadual da categoria (Ftigesp) tem esperança de que diversos problemas tenham sido sanados e deposita sua expectativa que a nova direção, a qual trás uma mulher e negra pela primeira vez ao comando do STIG-SP, possa resgatar tal protagonismo.

A Ftigesp não está só neste desejo. A Confederação Nacional da classe (Conatig) também reafirma, dada a relevância do comportamento deste que é o maior dos STIGs no Brasil. Tudo que ele faz ou deixa de fazer tem reflexo direto na vida dos mais de 200 mil gráficos brasileiros. Ele é a referência nas negociações entre patrões e empregados de todo país. "É um desejo de todo setor gráfico que o STIG-SP retome a sua linha de frente como vanguarda na organização e luta dos gráficos brasileiros", frisou Joaquim Oliveira, secretário-geral da Conatig e diretor da Ftigesp.

Para Leonardo Del Roy, que preside a Ftigesp e a Conatig, é urgente e fundamental que o STIG-SP volte a se comportar e a figurar no hall dos STIGs mais combativos, o qual sempre foi historicamente. "E é preciso devido o momento que estamos vivendo diante do ataque ultraneoliberal dos empresários com a institucionalização do governo Temer e aliados.. Precisamos que, a partir desta nova direção, o protagonismo ressurja. Não é apenas uma expectativa, mas é uma necessidade", frisa Del Roy.

Hoje pouco temos daquele STIG-SP, órgão herdeiro direto do heroicos gráficos que criaram a primeira convenção coletiva no Brasil através da histórica greve que originou depois o Sete de Fevereiro (Dia Nacional da categoria). Tampouco existe aquela entidade que ajudou a fortalecer e até a criar STIGs brasileiros, sempre focado na defesa dos gráficos. Mas a expectativa de grande parte do movimento sindical do setor gráfico é que isso seja resgatado. "Muitos STIGs paulistas e de mais estados se colocaram à disposição da nova direção que tem, dentre as novidades, Elisângela na presidência do STIGs, e outros destacados líderes, como Augusto na tesouraria e Alemão na secretário-geral", ressalta Leandro Rodrigues, secretário-geral da Ftigesp e de Comunicação na Conatig.

written by FTIGESP