Jul 20

Novo presidente do órgão divulgará pequenas notícias para mostrar aos trabalhadores a relevância do STIG para proteção do emprego e direitos

Os gráficos de Taubaté e de mais 38 cidades que englobam todo o Vale do Paraíba/SP passarão a contar com um novo instrumento do Sindicato da classe (STIG) para informá-los sobre a preservação de seus direitos, salário e as condições laborais ameaçados pela nova lei do trabalho. A decisão foi tomada por Sandro Ramos, o novo presidente da entidade, empossado junto com a sua diretoria no último dia 26. O dirigente tomou esta decisão após observar que, apesar de todo endurecimento atual da legislação em favor dos patrões e contra os trabalhadores, a maioria dos gráficos continuam com a mesma postura de afastamento do sindicato, não sindicalizando-se ou contribuindo para a garantia de seus direitos.

"Em 20 anos de militância no STIG, sendo presidente agora pela 1ª vez, verifico a todos estes anos que os trabalhadores evitam a sindicalização e outras formas de participação e fortalecimento do sindicato, apesar de todo o esforço da entidade na tentativa do convencimento da categoria e sobretudo na conquista e na proteção dos direitos da classe como todo", diz Sandro. Porém, segundo ele explica, aumentaram os desafios para o movimento sindical manter estas conquistas coletivas por conta da nova lei do trabalho. E ele afirma que sem a sindicalização serão inevitáveis as perdas. Assim, o STIG passará a comunicar os não sindicalizados de forma frequente sobre a relevância do sindicato para manter os direitos.

"Passaremos a produzir pequenas notícias que serão socializadas com a categoria sobre assuntos específicos ligados a perda de direitos em caso da não sindicalização e não participação dos gráficos", diz Sandro. Ele já iniciou. Divulgou na última semana um texto intitulado Trabalhador e Suas Perdas. Nele, é exposto o risco para vários direitos superiores à CLT provenientes da luta sindical, como a obrigação das empresas de distribuir cesta básica mensal aos funcionários, auxílio-creche, hora extra de 65% (dias de semana) e 100% (domingos e feriados). E mais a Participação nos Lucros e Resultados, dentre outras dezenas. E sem falar no piso salarial (R$ 1,566,40), superior ao salário mínimo do Brasil.

Para Leandro Rodrigues, secretário-geral da Federação Paulista dos Gráficos (Ftigesp), o STIG Taubaté acerta quando aposta agora numa comunicação de modo a se aproximar mais da base para demonstrar que o sindicato continua mais que vivo do que nunca, contrapondo-se a atrasada nova lei do trabalho e às inverdades patronais onde dizem que não existe mais sindicato. "Nos comunicamos todo dia com os nossos gráficos da base de Jundiaí e região, amplificando a nossa interação com a base a partir de ações sindicais efetivas em sua defesa", realçou.

Em paralelo à estratégia comunicacional, o STIG Taubaté ainda estuda outras ações no âmbito judicial para valorizar os gráficos sindicalizados e mostrar os prejuízos para quem escolhe o isolamento sindical. "Vamos buscar formas, junto com os demais STIGs, se acharem pertinentes, de acionar o Judiciário de modo que todos direitos convencionados (estes que resultam da negociação dos STIGs, mantidas pelos sindicalizados), sejam garantidos somente para os trabalhadores filiados ao sindicato.

A Ftigesp apoia o STIG na busca de formas para evitar o esfacelamento dos direitos trabalhistas através do enfraquecimento sindical. "Sandro e a sua diretoria acertam quando demonstram preocupação e iniciativas para alertar e evitar as perdas de direitos trabalhistas dos gráficos", fala Leonardo Del Roy, presidente da Ftigesp. O dirigente lembra a todos os STIGs e os trabalhadores que o único meio de não perder é participando efetivamente do sindicato. Para isso, é necessário se sindicalizar. E se não tiver este empenho por parte dos STIGs através de ação na base, e por parte do gráfico se associando e defendendo os seus direitos juntos, perderão todos. A falta de unidade, portanto, só beneficia o empresário.

written by FTIGESP