Dez 21

Sindicato ainda reivindica na Justiça o complemento dos valores da PLR e cesta básica pagos abaixo dos definidos pela convenção da categoria

Um impressor offset da Cartonagem Poura, que fica em Araçatuba, teve comprovado por laudo de perito judicial que deve receber um adicional de insalubridade de grau médio por conta das condições laborais no local. A inspeção só ocorreu devido a uma ação movida pelo Sindicato da classe (STIG) na área, filiado à Federação Paulista dos Gráficos (Ftigesp). Com isso, somado aos anos do direito negado, a entidade já apoia o impressor em outra ação judicial para que ele recebe R$ 9,4 mil acumulados. Ainda lutam para garantir o pagamento total de vários direitos convencionados.

No processo, é cobrado o pagamento da diferença dos valores da PLR e da cesta básica pagos abaixo da convenção coletiva de trabalho da classe nos últimos anos. A empresa, apesar de toda gestão sindical para mostra-la de que é uma gráfica diante da atividade econômica que desenvolve e da carta sindical do STIG, ela insiste em negar o cumprimento das regras do setor, pagando PLR e cesta básica com base em regra de outra classe, que tem valores menores. Calcula-se uma diferença de quase R$ 9 mil só da diferença dos valores nestes dois direitos, a qual está sendo cobrada.

A Cartonagem Poura tem cerca de 40 trabalhadores. Outros empregados já avaliam entrar com uma ação judicial semelhante, com o apoio também do STIG através do advogado da entidade da classe, Wagner de Souza.

No caso do processo em curso, o jurista reivindica mais de R$ 20 mil em favor do impressor. A sentença final ainda não saiu, mas o magistrado do caso já julgou que a ação é uma matéria de direito. "É provável que a sentença seja favorável ao gráfico porque a empresa sequer contribui para o sindicato patronal da categoria que ela alega ser e não contestou a representação gráfica", avalia Leonardo Del Roy, presidente da Ftigesp.

Del Roy aproveita para criticar a empresa que insiste em buscar refúgio em outra categoria que não é a sua com o objetivo de fugir dos deveres postos na convenção dos gráficos, em prejuízos aos direitos da categoria. Porém, o STIG Araçatuba, presidente por José Lima, e seu jurídico, estão atentos à situação e cobrando o justo estabelecimento do enquadramento sindical de modo que os gráficos sejam representados por gráficos e que assim tenham os direitos preservados como gráficos. Todavia, enquanto a Poura insistir em negar tais condições, o STIG estará buscando formas de garanti-los como na questão da insalubridade e nos demais direitos.

written by FTIGESP