Jan 21

Ftigesp renovou a convenção coletiva de direitos da classe até agosto de 2020, mas as atuais ações governamentais ameaçam todos empregados

O trabalhador gráfico, seja em quem votou nas eleições presidenciais, já deve ter percebido que o noticiário brasileiro nestes 21 primeiros dias de 2019 tem dado visibilidade a questões do novo governo com dois focos: medidas e escândalos. Nas ações, o fim do Ministério do Trabalho - órgão de proteção dos direitos trabalhistas por quase 90 anos de existências no Brasil; estudos para acabar com a Justiça do Trabalho, que é responsável por proteger o trabalhador de maus empresários. Também defende a PEC 300, projeto parlamentar que aumentará a jornada laboral para 10 horas diária. Ainda estuda não mais contabilizar o tempo de contribuição previdenciária de quem estiver em auxílio-doença, além de autorizar a revisão de vários tipos de benefícios concedidos, sem falar na defesa da reforma da Previdência, que excluirá milhares do direito à aposentadoria.

Dessa forma, independente de quem votou antes, agora é tempo de notar que as medidas reais do novo governo são amplamente nocivas à classe trabalhadora. Assim, como sempre ocorreu na história, se não houver a reação daqueles que serão prejudicadas pelas ações, ou seja, do próprio trabalhador, a perda de direitos é certo, inclusive para os gráficos, mesmo depois do movimento sindical, liderado pela Federação Paulista da classe (Ftigesp), ter renovado no ano passado a convenção coletiva de direitos com validade até agosto de 2020. Lembrem-se que sem o Ministério do Trabalho, restará aos trabalhadores unidos em torno do sindicato a luta para evitar o descumprimento e retirada dos direitos e salários históricos. E, se acabar com a Justiça do Trabalho, ai apenas a luta radical de classe mediará o conflito em defesa do empregado contra o poderio econômico.

O sindicato, não distante do trabalhador e vice-versa, mas apenas juntos, poderá resistir toda vez que o atual governo atacar o interesse da classe. "Quando o governo fizer algo em defesa do trabalhador receberá o nosso apoio, mas será combatido toda vez que golpear os trabalhadores com as medidas que vem tomando e defendendo. Essa será à tônica da Ftigesp em 2019 e nos próximos anos. Deveria ser também de todos os gráficos se quiserem manter os seus direitos, salários e condições laborais atuais", pontua Leonardo Del Roy, presidente da Federação Paulista da categoria. Portanto, é indispensável que o gráfico esteja atento à realidade dos fatos e, junto com o movimento sindical, esteja firme para defender os direitos.

A manutenção do emprego e das empresas são indispensáveis, mas sem a mão de obra não há nada disso. Portanto, os trabalhadores também são indispensáveis. Aliás, são a parte mais importante do processo produtivo. Assim, os direitos, bons salários e condições laborais são indispensáveis. Portanto, a Ftigesp continuará vigilante e em defesa dos trabalhadores gráficos do estado de São Paulo diante de qualquer governo, apoiando-o quando defender a classe trabalhador e resistindo quando for o contrário.

written by FTIGESP