Abr 05

Alesp promove 2ª audiência pública diante da proposta do governador contra a Imprensa Oficial do Estado (Imesp) e outras empresas públicas

Na próxima terça-feira (9), em menos de um mês, uma nova audiência pública será realizada na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), às 10h. Será abordado um assunto relevante para a população paulista atendida por seis empresas públicas estaduais. A Imprensa Oficial de São Paulo (Imesp) é uma das ameaçadas. O governador Dória quer dos deputados um cheque em branco para decidir o futuro das empresas. O gestor poderá até extingui-las, conforme consta em seu Projeto de Lei (PL 01/19), enviado à Alesp no início do ano. Dessa forma, cerca de 3 mil servidores correm risco de perderem seus empregos. E a população ficará bastante prejudicada se esta iniciativa virar lei. Os sindicatos dos profissionais envolvidos, a exemplo dos gráficos (STIG-SP), iniciaram a reação conjunta. Convocam os profissionais para audiência de segunda.

A Federação Paulista dos Gráficos (Ftigesp) garantiu a sua presença na audiência na Alesp. Leonardo Del Roy, presidente da entidade, realça a necessidade dos mais de 200 gráficos da Imesp participarem da defesa de seus empregos e da continuidade do serviço de qualidade para a população. "Além de dá transparência às ações do governo através da publicação no Diário Oficial há 128 anos, a Imesp produz livros para as escolas públicas de SP. Foram 67,2 mi de exemplares só em 2018, dentre outras publicações oriundas da gráfica", fala Del Roy.

A presidente do STIG-SP, Elisângela Oliveira, juntamente com dirigentes de outros sindicatos envolvidos, como Ana Minadeo, diretora do Sindicato dos Jornalistas e funcionária da Imesp há 23 anos, também reforçam o convite para a audiência pública na Alesp. No último dia 27, elas fizeram inclusive uma panfletam nas duas entradas de funcionários da Imesp. Lá, entregaram um jornal produzido pelo movimento sindical contra a PL. Elas mostraram a importância da manutenção da Imprensa Oficial e das outras empresas envolvidas.

Além da Imesp, as empresas públicas ameaçadas pela PL de Dória são Desenvolvimento Rodoviário S.A (Dersa); Companhia Paulista de Obras e Serviço (CPOS); Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano (Emplasa); Companhia de Desenvolvimento Agrícola de SP (Codasp) e a Companhia de Processamento de Dados do Estado de SP (Prodesp).

A primeira audiência pública na Alesp sobre o tema aconteceu no último dia 27, sendo promovida pelo deputado estadual Carlos Giannazi (Psol). O parlamentar também está puxando a segunda audiência no mesmo local. Na primeira, onde reuniu vários deputados e o movimento sindical, Ana lembrou que se houver a fusão da Imesp com a Prodesp, ambas serão extintas para a criação de uma nova sem a definição do modelo de negócios, o que é sombrio para os trabalhadores e para a população.

Na ocasião, foi criado um Grupo de Trabalho formado pelos sindicatos, trabalhadores e a assessoria de Giannazi. A missão do grupo é fazer ações conjuntos para sensibilizar deputados a rejeitarem a PL de Dória. O coletivo realizou sua primeira reunião no dia 1º e já se reuniu com o Colégio de Líderes da Alesp no dia seguinte. Este colégio reúne todos os políticos que são líderes dos seus partidários na Assembleia, tendo poder de influência e de decisão sobre os demais deputados. O grupo de trabalho, assim como a Ftigesp e o STIG-SP, reforça para que todos os trabalhadores das seis empresas estavam na audiência de terça-feira

written by FTIGESP