Ago 19
CÓDIGO FLORESTAL I – A senadora Kátia Abreu, presidenta da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), disse na segunda-feira (15) que o projeto de reforma do Código Florestal deve ser votado em outubro no Senado. Segundo ela, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) deve analisar o projeto no dia 24. Depois de dois meses, o texto deve ser votado em plenário.

CÓDIGO FLORESTAL II – “Eu acredito que até o final de outubro nós deveremos estar reenviando o texto para a Câmara”, disse a senadora, que acredita que o projeto será modificado no Senado e, por isso, terá de ser novamente analisado pelos deputados antes de seguir para sanção presidencial.

CÓDIGO FLORESTAL III – Kátia Abreu defendeu a aprovação do projeto em debate na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). A senadora disse que o novo código dará segurança jurídica aos produtores rurais e manterá a agricultura brasileira sustentável.

CÓDIGO FLORESTAL IV –Também participaram do evento o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Antonio Herman de Vasconcellos e Benjamin, além de representantes da Fiesp. O deputado federal Aldo Rebelo, relator do projeto de reforma do código na Câmara dos Deputados, também compareceu ao debate

Embalagens devem crescer apenas 1% neste ano
A receita líquida do setor de embalagens deve passar de R$ 41,1 bilhões em 2010 para R$ 45,6 bilhões em 2011, mas o crescimento em volume de produção deve ser de apenas 1% esse ano, ante os 10% registrados em 2010. A projeção é da Associação Brasileira de Embalagem (Abre) e foi feita com base no Estudo Macroeconômico da Embalagem, balanço setorial realizado há 15 anos pela entidade em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Os números do primeiro semestre de 2011 mostram que a produção física de embalagens cresceu 2,98% em relação ao mesmo período de 2010. Já a capacidade de produção instalada caiu de 89,1% em julho de 2010 para 86,2% no mesmo mês de 2011. De acordo com o Estudo, 40% das 104 empresas pesquisadas dizem ter interesse em expandir a sua capacidade produtiva. Os demais fatores que determinam os investimentos do setor são aumento da eficiência produtiva (36%) e substituição de maquinário (13%). Apenas 11% das indústrias que participaram do estudo não preveem um programa de investimento. Ouvidas entre os dias 5 e 31 de julho de 2011, as companhias pesquisadas somam R$ 14,9 bilhões em vendas e 48 mil empregados. A oferta de empregos também recuou, passando de 14.943 vagas entre junho de 2009 e junho de 2010 para 8.262 postos de trabalho entre junho de 2010 e junho de 2011. Os resultados são deficitários ainda quando se analisa a balança comercial do segmento. Enquanto as importações de embalagens vazias alcançaram a marca de 390.135 mil, as exportações somaram US$ 229.496 mil, puxadas especialmente pela indústria de plásticos (40,13%) e de embalagens metálicas (27,35%). Meio&Mensagem

Brasileiro comprou mais livros em 2010
O brasileiro, em 2010, comprou mais livros do que em 2009. Isso favoreceu um crescimento de 8,12% no faturamento do setor editorial no ano passado, que ficou na casa dos R$ 4,5 bilhões, acompanhado por um crescimento de 13,12% no número de exemplares vendidos. Este ganho de escala permitiu a manutenção da tendência da queda do preço médio do livro vendido, observada desde 2004, com um recuo em 2010 de 4,42%. Essas são algumas das informações contidas na pesquisa “Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro”, que aferiu os dados do mercado referentes ao ano de 2010. A pesquisa é realizada anualmente pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe/USP) sob encomenda do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL) e Câmara Brasileira do Livro (CBL). A pesquisa detectou que o número de exemplares vendidos cresceu de 387.149.234, em 2009, para 437.945.286, em 2010. No ano passado, foram publicados 54.754 títulos, que representam um aumento de 24,97% em relação a 2009, sendo 18.712 títulos novos. Ou seja, o editor tem apostado no aumento da diversidade da oferta. Dentre os canais de comercialização de livros, o que mais cresceu, proporcionalmente, foi a venda por porta a porta/catálogos: passou de 16,65% para 21,66% do mercado em número de exemplares. Porém, em termos de faturamento, as livrarias continuam na liderança, com 62,70% do mercado. Abigraf

Após Zara, ministério investiga trabalho escravo em 20 grifes
O flagrante de trabalho escravo num dos fornecedores da rede Zara no Brasil parece ser apenas a ponta do iceberg. Estão em andamento no Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) outras 20 investigações contra grifes de roupas nacionais e internacionais. Como os processos correm em sigilo, os nomes dessas marcas não foram revelados.
'Esse era um assunto invisível e tabu no mundo da moda', afirma Luis Alexandre de Faria, auditor fiscal da Superintendência Regional do Trabalho em São Paulo. 'Como o caso Zara ganhou repercussão, haverá uma corrida de outras empresas por legalização.'
Na oficina irregular de Americana (SP), onde foram encontradas peças com etiqueta da rede espanhola, os fiscais se depararam com roupas de outras cinco marcas conhecidas. As empresas estão sendo chamadas para prestar esclarecimentos, mas ainda não há provas concretas contra elas.
O lote de roupas encontrado nessa oficina levou os fiscais do trabalho a investigar os 50 fornecedores da Zara no Brasil. Um deles chamou a atenção. Com apenas 20 máquinas e 20 costureiras registradas, a empresa AHA produziu mais de 50 mil peças para a rede em três meses.
Os fiscais estiveram em duas das 30 oficinas de costura dessa empresa e encontraram lá 16 bolivianos e 5 crianças, trabalhando e vivendo num ambiente sujo, apertado e sem condições mínimas de segurança. O relatório e as fotos do local foram divulgados esta semana e rapidamente ganharam repercussão nas redes sociais.
Os trabalhadores eram obrigados a pedir autorização para sair, tinham dívidas com os donos das oficinas e recebiam apenas R$ 2 por peça produzida. A multinacional foi responsabilizada pelas irregularidades e terá de responder a 48 autos de infração. Ser for condenada, a multa é de R$ 1 milhão.
Os dois locais foram interditados e os costureiros bolivianos, legalizados. A AHA arcou com o pagamento de R$ 140 mil de encargos trabalhistas - uma exigência da própria Zara. A multinacional divulgou, em nota, que vai fiscalizar seus fornecedores no Brasil e descredenciar os irregulares. Na Assembleia Legislativa de São Paulo, o deputado Carlos Alberto Bezerra (PSDB) informou que pedirá a abertura de uma CPI para investigar o trabalho escravo no Estado.
Programa. Desde 1995, mais de 40 mil trabalhadores que eram mantidos em regime análogo à escravidão foram libertados no País - a maioria deles na zona rural. Desde que as investigações começaram a ser feitas na capital paulista, quatro grandes redes varejistas de roupa foram denunciadas: Marisa, Pernambucanas, Collins e, agora, a Zara. Fonte: Estadão

Jorge Caetano Fermino

written by FTIGESP