Set 16
Meio revista cresce 5,1% no Brasil
O meio revista apresentou crescimento médio de 5,1% na circulação no Brasil, no período de julho de 2010 a junho de 2011 em comparação com os 12 meses anteriores. Os números são do Instituto Verificador de Circulação (IVC). O aumento foi impulsionado em maior escala pelo crescimento nas vendas de publicações com preço de capa até cinco reais, que avançou 8,7%. Consequentemente, o volume de vendas avulsas teve maior expansão, alcançando 7,6% em relação ao incremento de 3% nas assinaturas. A média de circulação brasileira nos últimos 12 meses foi de 13.735.919 exemplares, novo recorde histórico para a auditoria da entidade. O levantamento engloba a circulação paga de revistas semanais, quinzenais e mensais auditadas pelo Instituto. Nos últimos 12 meses, o grupo de publicações com preço de capa entre cinco e dez reais registrou avanço na circulação de 3,7%. Por sua vez, os títulos com preço acima de dez reais cresceram 4,1% em média. A comparação apenas dos seis primeiros meses de 2011 em relação ao primeiro semestre de 2010 aponta alta de 2,5%. O conjunto de revistas filiadas em junho de 2011 foi de 172 títulos, sendo 25 semanais, 145 mensais e duas quinzenais. Em 2010, a soma destas publicações totalizava 190. Foram desfiliados 18 títulos neste período. Se retirarmos a circulação deste grupo de desfiliados da base de cálculo o resultado é mais positivo ainda, com crescimento de 6,3%. Considerando o número de exemplares vendidos, cenário em que revistas semanais circulam, em média, quatro vezes por mês e quinzenais duas vezes, o crescimento dos últimos 12 meses foi de 3,6%. AdNews

ABTG oferece curso sobre “Ferramentas de Qualidade” na indústria gráfica
O curso “Ferramentas de Qualidade”, oferecido pela ABTG, que acontece nos dias 20 a 22 de setembro, das 18h45 às 21h45, é dirigido a profissionais da área gráfica e tem o objetivo de capacitar os participantes no entendimento e aplicação das Sete Ferramentas Clássicas da Qualidade. O curso irá exercitar a utilização destas técnicas com a finalidade de definir, mensurar, analisar e propor soluções para os problemas que interferem no bom desempenho dos processos e, também, propor melhorias para os processos que já apresentam resultados satisfatórios.
As aulas serão ministradas por Márcia Biaggio, diretora técnica da Estat Brasil Consultoria, atuando na coordenação e acompanhamento de cursos, auditorias e projetos de implantação em Sistemas de Gestão da Qualidade e Ambiental para melhoria em processos ou implantação de sistemas. O investimento no curso é de R$ 320 para associados ABTG, Abigraf, Abraform, Singrafs e Abiea; R$ 420 para não associados e R$ 220 para estudantes. As aulas serão na Escola Senai Theobaldo De Nigris, localizado à Rua Bresser, nº 2.315, na Mooca, em São Paulo. Mais informações pelo telefone (11) 2797-6700. Faça sua inscrição clicando aqui. RV&A

Aumenta número de mortes por doença do trabalho no mundo
As mortes por doenças e por acidentes relacionados ao trabalho cresceram no mundo de 2,31 milhões, em 2003, para 2,34 milhões, em 2008. Em média, foram registrados, durante o período, 6,3 mil óbitos diários ligados ao trabalho. Os dados fazem parte do relatório "Tendências Mundiais e Desafios da Saúde e Segurança Ocupacionais", discutido no 19º Congresso Mundial sobre Segurança e Saúde no Trabalho, promovido pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), em Istambul, na Turquia.
O documento diz ainda que mais de 900 mil pessoas perderam suas vidas por exposição a substâncias perigosas no trabalho, em 2008. Trata-se de um índice bem superior aos 651 mil mortos pelo mesmo motivo, em 2003.
O 19º Congresso sobre Segurança e Saúde no Trabalho, que começou no último domingo (11) e se encerrará nesta quinta-feira (15), reuniu durante cinco dias mais de três mil autoridades executivas, especialistas, dirigentes de indústrias e sindicalistas provenientes de mais de 100 países, para discutir o compromisso global em favor de uma cultura de segurança e saúde no trabalho em meio aos desafios gerados pela incerteza econômica em nível internacional.
A conferência discutiu os avanços sobre o que foi estabelecido na Declaração de Seul sobre Segurança e Saúde no Trabalho, no Congresso anterior, em junho de 2008, antes da eclosão da crise econômica e de emprego em nível mundial. E também estabelecerá as diretrizes e prioridades da próxima reunião mundial em 2014.
A Declaração de Seul estabelece pela primeira vez que o direito a um ambiente seguro e saudável deveria ser reconhecido como um direito humano.
Ponta do iceberg
Os números do relatório discutido no evento representam apenas a ponta do iceberg. Em sua declaração por ocasião do Dia Mundial sobre Segurança e Saúde no Trabalho, o Diretor-Geral da OIT, Juan Somavia, assinalou que "os acontecimentos dramáticos como o acidente nuclear em Fukushima, Japão, neste ano; o acidente no rio Pike na Nova Zelândia no ano passado, foram as notícias mais importantes. No entanto, a maioria das lesões, enfermidades e mortes relacionadas com o trabalho passam despercebidas e não se informa sobre elas. Os trabalhadores e suas famílias ficam desprotegidos e sem ajuda para fazer frente a estas situações".
O relatório afirma que "a recessão mundial deve ter tido um impacto significativo sobre a segurança e a saúde dos trabalhadores e sobre suas condições de trabalho. Embora seja cedo para falar sobre os efeitos a longo prazo nas taxas de acidentes e enfermidades em nível mundial".
E aponta que "o incremento da intensidade do trabalho vinculado às pressões relativas ao rendimento das empresas podem levar a que se dedique menos tempo à prevenção e a sistemas menos eficazes na gestão da segurança e saúde do trabalhador", sustenta o relatório.
O relatório mostra ainda que os fatores psicológicos, como a tensão, o assédio e a violência no trabalho têm um impacto relevante sobre a saúde dos trabalhadores e acrescenta que "estes fatores tendem a ser mais significativos à medida em que o trabalho se torna mais precário para alguns e as cargas e horas de trabalho aumentam para os que permanecem nos postos de trabalho".
De acordo com o relatório ainda, foram obtidos progressos significativos na segurança e saúde no trabalho durante as últimas décadas. Em muitos países existe uma maior compreensão da necessidade de prevenir acidentes e deficiências na saúde no trabalho.
Existe também uma tomada de consciência cada vez maior dos graves problemas que as condições inseguras e insalubres no local de trabalho causam à saúde e bem-estar de mulheres e homens, além de seus efeitos negativos sobre a produtividade, o emprego e a economia em geral. (Fonte: Portal Vermelho, com OIT)

Ipea alerta, em boletim, que pesquisas podem ocultar subemprego
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) não está convencido de que o mercado de trabalho brasileiro tenha atingido o pleno emprego. No boletim Conjuntura em Foco divulgado, nesta quarta-feira (14), o instituto questiona análises nesse sentido e anuncia que começa a pesquisar o tema de maneira aprofundada, levando em conta parcela expressiva de trabalhadores subempregados.
Na primeira etapa do boletim, o órgão constatou que o crescimento da economia nos últimos dez anos refletiu-se no aumento do nível de emprego e dos salários. Com base nos levantamentos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Ipea destaca o salto da população ocupada entre 2002 e 2011, de 17,6 milhões de pessoas para 22,5 milhões.
Mas, apesar dos dados positivos, o Ipea acredita que as pesquisas, por estarem centradas principalmente nas regiões metropolitanas, podem ocultar o subemprego em mercados regionais.
De acordo com o Grupo de Análises e Previsões (GAP) do Ipea, o próximo passo é conjugar dados do IBGE com análises do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos (Dieese), criando uma metodologia próxima da realidade nacional de desemprego.
O técnico de Planejamento e Pesquisa do GAP Fernando Mattos explica que, em pesquisas como a do Dieese, o desemprego oculto pelo trabalho precário ou pelo desalento pode representar cerca de 50% do total da taxa de desemprego total. "É o caso de Salvador, cuja taxa de desemprego era 10,4%, mas considerando o desemprego oculto, sobe para 15,5%", informou.
Com análises sobre o desemprego, o instituto também procura demonstrar que o aquecimento do mercado de trabalho não põe em risco a meta de inflação do Banco Central. Segundo o GAP, o fato de setores da sociedade estarem insatisfeitos em pagar mais para profissionais do setor de serviços, não significa que o aumento de salários exerça pressão significativa sobre preços.
"A despeito de haver alguma oferta de mão de obra restrita, como construção civil, emprego doméstico, tudo depende de quanto o empregador está disposto a pagar", disse Mattos. "Segmentos da sociedade, das classes altas, estão chateados porque precisam pagar mais para o pedreiro, para a empregada doméstica, para serviços. Mas isso não é um caos."
Ao divulgar o boletim, o Ipea também chamou a atenção para análises econômicas que sugerem aumento da taxa básica de juros, a Selic, como forma de conter a inflação. Na avaliação do órgão, as medidas macroprudenciais do começo do ano, que agora refletem diminuição da atividade industrial, são suficientes para manter os preços dentro da meta estabelecida pelo governo. (Fonte: Agência Brasil)

Ipea: 26 milhões de brasileiros saíram da pobreza entre 2004 e 2009
Brasília - A desigualdade de distribuição de renda no Brasil diminuiu 5,6% e a renda média real subiu 28% entre 2004 e 2009. Os dados constam do comunicado Mudanças Recentes na Pobreza Brasileira, divulgado hoje (15) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Segundo o documento, o percentual de pessoas com renda mensal igual ou maior do que um salário mínimo per capita – consideradas não pobres – subiu de 29% para 42%. Isso significa que o número de pessoas dessa faixa aumentou de 51,3 milhões para 77,9 milhões no período. Na época do levantamento dos dados, o salário mínimo estava em R$ 465.
Já a camada considerada pobre, classificação que se refere a famílias com renda per capita, à época, entre R$ 67 e R$ 134, diminuiu de 28 milhões para 18 milhões de pessoas ao longo do período. Os extremamente pobres, com renda per capita inferior a R$ 67, caíram de 15 milhões para 9 milhões.
“O crescimento da renda e a diminuição das desigualdades foram bastante significativos", avalia o pesquisador da Diretoria de Estudos e Políticas Sociais do Ipea Rafael Guerreiro Osório. "O grande estrato que cresce na população é o de não pobres. É uma diferença de 26 milhões de pessoas”, completou.
Uma das conclusões destacadas pelo pesquisador é que, apesar de bastante abrangente, o Programa Bolsa Família não garante a ascensão social de seus beneficiados. “Embora seja uma cobertura muito abrangente para as famílias extremamente pobres ou pobres, os valores transferidos pelo programa são muito baixos. Com isso, nenhuma família sai desses estratos por causa dessas transferências. Para que isso aconteça, é fundamental que elas tenham uma outra fonte de renda, ainda que de algum trabalho precário”, destacou Osório.
Ele acrescentou que um estudo do Ipea mostra que, dobrando o orçamento do Bolsa Família destinado às pessoas já atendidas, “seria possível levar a pobreza extrema do país para níveis bem baixos”, podendo inclusive chegar à meta de erradicar a miséria no Brasil. “Em valores, isso corresponde a aumentar de R$ 12 bilhões para R$ 26 bilhões o orçamento destinado ao programa.”
“Cada vez menos a pobreza é determinada pela baixa remuneração ao trabalho, e cada vez mais é determinada pela desconexão do trabalho”, acrescentou o pesquisador. Segundo ele, 29% das famílias extremamente pobres não têm nenhuma conexão com o mercado de trabalho.
Entre os pobres, esse percentual é 10%, o mesmo índice identificado na população considerada vulnerável. Na camada de não pobres, o índice cai para 6%. “A explicação para o fato de haver um índice de 6% para famílias não pobres sem conexão com o mercado de trabalho é a Previdência Social”, justificou Osório, ao citar benefícios como a aposentadoria. DIAP

Jorge Caetano Fermino




written by FTIGESP