Nov 07
Em assembleia realizada na madrugada desta segunda-feira, dia 07/11, os trabalhadores da empresa Rigesa, em Vinhedo, repudiaram veementemente e de forma unânime a contraproposta absurda apresentada pela bancada patronal na última reunião de negociação da campanha salarial que aconteceu no dia 1º/10. Os trabalhadores viraram, literalmente, as costas para a postura patronal, demonstrando que essa contraproposta apresentada não merece nem ser considerada séria.
 
O ato, que paralisou as atividades da empresa por uma hora, serviu para passar uma retrospectiva de todas as reuniões de negociação até agora e manter os trabalhadores atualizados sobre os rumos que a campanha salarial está tomando. “Infelizmente as negociações não estão avançando, principalmente por que parece que o patronal não está levando as conversas á sério. Está claro (por parte dos patrões) um menosprezo pela capacidade de mobilização da categoria, o que certamente, nos leva a colocar em pauta a discussão sobre uma paralisação total e por tempo indeterminado das atividades até que a seriedade volte às negociações, ou seja, se não houver respeito com os trabalhadores, certamente haverá greve”, disse o companheiro Leandro Rodrigues, presidente do sindicato.
 
A bancada patronal vem utilizando uma tática nas negociações que beira o ridículo. Em todas as rodadas os mesmos apresentaram uma contraproposta que visa reduzir direitos, implementar banco de horas e um reajuste que está muito longe do que a categoria reivindica. “Eles (os patrões) não discutiram nenhum dos mais de 90 pontos da nossa Pauta de Reivindicações, apenas apresentaram essas contrapropostas com o intuito claro de tirar o foco das conversas e desmobilizar a categoria. Isso é uma falta de respeito com os trabalhadores e não admitiremos isso”, completou o companheiro Marcelo Souza, diretor do sindicato.
 
O ato contou com a presença da diretoria do sindicato e do coordenador da CUT Regional, companheiro Vítor, que manteve firme o apoio da Central Única dos Trabalhadores à luta da categoria.
 
Durante a assembleia também foi distribuído o boletim informativo da categoria com todas as informações sobre as negociações e a convocação da categoria para uma eventual greve nos próximos dias, caso as negociações não sejam retomadas de forma madura e responsável.
 
 
Diretoria também apoia ato dos companheiros do Sindicato de Papel e Papelão
 
Coincidentemente nesse mesmo dia o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Papel e Papelão de Valinhos realizou um ato de paralisação por duas horas das atividades na unidade de papel do mesmo grupo Rigesa.
A diretoria do Sindicato dos Gráficos de Jundiaí e região compareceu em frente à empresa e prestou solidariedade aos companheiros do Sindicato de Papel e Papelão e aos trabalhadores da empresa, que vêm enfrentando dificuldades para avançar nas reivindicações de sua campanha salarial.
 
“Somos solidários à luta de vocês, pois, isso representa uma unidade de classe que é primordial nesses momentos importantes para todos nós. Contem conosco!”, disse o companheiro Leandro.
A unidade de papel e papelão da Rigesa fica em Valinhos e vem mantendo uma postura intransigente sobre as reivindicações dos trabalhadores, o que também poderá resultar em paralisação total das atividades, caso não haja avanços.
 
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