Out 14
ECONOMIA I – Quem vier a ser eleito presidente da República no próximo dia 31 terá a mesma tarefa dos seus antecessores: tornar o Brasil um país menos desigual. De acordo com o economista Jorge Abrahão de Castro, diretor de Estudos e Políticas Sociais do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), são tarefas fundamentais: melhorar a educação e ampliar o número de pessoas com acesso à assistência social.


ECONOMIA II – Abrahão aponta que “há um conjunto da população brasileira, ativa economicamente, que não está coberto por nenhum benefício previdenciário”. Segundo ele, apenas 56% das pessoas que trabalham contribuem e têm direito à Previdência Social. “Isso em parte vai ser resolvido com o crescimento econômico, mas vai ser preciso muita política previdenciária e inovações para trazer esse conjunto da população que não está contribuindo para o mundo protegido”.


ECONOMIA III – Além da ampliação do número de pessoas com direito à aposentadoria e proteção em caso de incapacidade para o trabalho, o diretor do Ipea afirmou ainda que o próximo governo também deve se preocupar com a consolidação do Sistema Único de Assistência Social (Suas) e a expansão e melhoria dos Centros de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) especialmente para ampliar atendimento a crianças e idosos. Apenas 33% dos municípios prestam atendimento por meio dos Creas (1.854 unidades em funcionamento, segundo dado do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome - MDS)


ECONOMIA IV – Jorge Abrahão insiste que para “quebrar o ciclo da pobreza, ampliar a renda e diminuir a desigualdade” é preciso melhorar a qualidade do ensino ampliar o acesso e a permanência das crianças e adolescentes de 4 a 17 anos na escola. Atualmente, só o acesso ao ensino fundamental (1º ao 9º ano, dos 6 aos 14 anos) está universalizado (98%).


ECONOMIA V – A geração de oportunidades depende também do acesso ao crédito. Jorge Abrahão acredita que o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) devam melhorar suas linhas de financiamento para que a população mais pobre possa pegar mais empréstimos e desenvolver os micro negócios. “No Brasil as coisas avançam quando as instituições estão bem estruturadas”.
ECONOMIA VI – Um exemplo disso seria, na opinião do economista, o Programa Bolsa Família sob a responsabilidade do MDS que organizou um cadastro que identifica “onde estão os pobres” e cria meios para as famílias receberem diretamente os recursos. “Sem ter técnica e estrutura não funciona”, afirmou. Fonte: Agência Brasil


Jornal do grupo NYT passará a cobrar por conteúdo online  

O jornal Telegram and Gazette, do grupo New York Times, começou a cobrar pelo conteúdo de seu site em 16 de agosto. Assinantes da versão impressa terão acesso gratuito a todo o conteúdo online, mas os que não são assinantes só podem acessar dez matérias por mês gratuitamente. Caso tenham interesse em visualizar mais matérias, deverão pagar uma mensalidade de US$ 14,95 ou adquirir um passe diário. Tecnologia Gráfica


Contribuição das mulheres para a renda das famílias sobe para 40,9%

SÃO PAULO - A contribuição das mulheres para a renda das famílias cresceu 10,8 pontos percentuais em 17 anos, segundo revelam dados divulgados nesta quarta-feira (13) pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).
De acordo com o levantamento, em 1992, da renda das famílias, 30,1% eram a renda das mulheres, percentual que passou para 40,9% no ano passado.
Considerando a contribuição das mulheres casadas, o aumento foi ainda mais expressivo, de 26,7 p.p., saindo de 39,1% delas que contribuíam para a renda em 1992 para 65,8% no ano passado.

Outros afazeres
Ainda segundo o estudo, entre 1992 e 2009, o percentual de famílias com casal chefiadas por mulheres passou de 0,8% para 9,4%, alcançando 4,3 milhões de famílias.
Apesar disso, as mulheres continuam sendo as principais responsáveis pelos afazeres domésticos, sendo que, entre as ocupadas, 89,9% se dedicam aos cuidados com o lar, enquanto este percentual cai para 49,6% entre os homens.
A média de horas dedicadas para tais afazeres por homens e mulheres é de, respectivamente, 9,5 e 21,8 horas.
“A família brasileira está mudando e a mulher é uma das grandes responsáveis por isso. Hoje, ela está assumindo novos papéis sociais, como o de provedora, dada a sua participação no mercado de trabalho, mas ainda mantém os papéis tradicionais, como o de responsável pelas tarefas domésticas e cuidados com os membros dependentes”, diz o estudo. Fonte: Infomoney


Previdência: quem não sacar benefício em até 60 dias terá dinheiro bloqueado

SÃO PAULO - Aposentados, pensionistas e demais beneficiários que recebem por meio de cartão magnético e não sacam o benefício em até 60 dias após a data prevista para o pagamento terão o dinheiro devolvido pelo banco ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).
A medida, criada para evitar o pagamento indevido e qualquer tentativa de fraude, estabelece que a instituição bancária devolva o valor ao INSS que, por sua vez, bloqueia o pagamento até que o beneficiário vá até uma APS (Agência da Previdência Social) para regularizar o pagamento.
O bloqueio é efetuado para evitar o pagamento indevido e qualquer tentativa de fraude, como o saque do valor por terceiro, à revelia do beneficiário.
Para desbloqueá-lo, o segurado terá que comparecer à APS responsável pelo seu benefício e apresentar documento de identificação com foto, como carteira de identidade ou carteira de motorista.

Setembro
Na folha de setembro, encerrada na última quinta-feira (7), 8.825 benefícios estavam suspensos porque o beneficiário não sacou no prazo de 60 dias.
Na mesma folha, 14.981.194 beneficiários receberam por cartão magnético, entre os quais 9.955.226 segurados da área urbana e, 5.025.968, da área rural.

Segurança
De acordo com a Previdência, o segurado que recebe o benefício com cartão magnético possui um mecanismo de segurança eficiente em mãos, no entanto, deve se manter atento.
Em hipótese alguma o beneficiário deve fornecer a senha para terceiros. Como nos cartões da rede bancária, a senha não deve ter sequências previsíveis, tais como data de nascimento, número de telefone ou dígitos ligados diretamente ao portador.
O INSS recomenda que, em caso de dúvida no momento do saque no terminal de autoatendimento, o segurado procure um funcionário do banco e nunca peça ajuda de outras pessoas estranhas à instituição bancária. Fonte: Infomoney


O que é mais importante experiência ou preparação?

Ao questionar uma candidata a estágio sobre o que ela trazia de bagagem de um intercâmbio cultural, Viviane Ovanessian, gerente de projetos da DMRH, ouviu um categórico “duas malas”. Naquele momento, ficou claro para a consultora que o mais importante para uma carreira não são as experiências que se têm ou o preparo acadêmico, mas sim, o que se faz com essas duas ferramentas. “É primordial refletir sobre o que determinada vivência ou estudo agrega na carreira. Isso traz amadurecimento”, comenta Viviane.
“Hoje, os estudantes que se candidatam a vagas de trainee, por exemplo, são muito bem preparados. Eles pensam na aplicabilidade do que aprendem na faculdade e com isso conseguem entender muito facilmente como funciona o mercado de trabalho”, explica.
Experiência é útil porque permite compreender mais rápido o que significa a vida corporativa.

Maturidade
A psicóloga acrescenta que para aqueles que não estudam em faculdade de primeira linha ou que tiveram de trabalhar desde cedo, a experiência é útil porque permite compreender mais rápido o que significa a vida corporativa.
Rodrigo Silveira Campos, de 22 anos, é formado em publicidade, fez intercâmbio de seis meses nos Estados Unidos, mas nunca trabalhou. “Fiz um estágio quando estava na faculdade, mas optei por me dedicar mais aos estudos. Agora, tenho dificuldade de encontrar trabalho por falta de experiência profissional”, conta. A opção, diz, será candidatar-se às vagas de trainee ou buscar posições em companhias de menor porte.

Perfil
Apesar de tanto experiência quanto aprendizado acadêmico serem fundamentais para a um bom profissional, cada carreira traça o perfil do profissional mais procurado. Em economia, por exemplo, a formação continuada, ou seja, pós-graduação, mestrado e doutorado são essenciais para quem quer se destacar, avalia Flávio de Rezende, diretor do Departamento de Pesquisa do Corecon-SP (Conselho Regional de Economia de São Paulo).“Em nossa carreira é necessário um perpétuo desenvolvimento, porque as mudanças do cenário econômico precisam ser acompanhadas de perto”, afirma.
Já para profissionais formados em Administração, ter um título de MBA (Master in Business Administration) chama a atenção no currículo, mas o documento de nada adiantará se a experiência profissional não for sólida. “Para que ele até consiga aproveitar esse MBA, ter algumas vivências em gestão são fundamentais. Do contrário, ele estará perdendo o tempo”, diz Viviane. Fonte: Portal IG

Jorge Caetano Fermino

written by FTIGESP