Set 05
Posigraf investe R$ 30 milhões em modernização do parque gráfico  
A Posigraf, uma das maiores gráficas da América Latina, anunciou recentemente que vai investir R$ 30 milhões na modernização do seu parque gráfico. Um dos destaques é a aquisição da impressora rotativa Sunday 3000, com capacidade para a tiragem de 90 mil giros por hora. Outro investimento realizado foi a compra da impressora de folhas planas Heildelberg Speedmaster, que entrou em operação em maio. Além dos novos equipamentos, a Posigraf também construiu uma área de expedição em seu Centro de Produção, a fim de adaptar a estrutura às mudanças feitas no parque gráfico. Guia do Gráfico 

História do Sindicato das Indústrias Gráficas do Estado do Paraná é transformada em livro  
Resgatar a história e, ao mesmo tempo, promover uma comemoração ao setuagésimo aniversário do Sindicato das Indústrias Gráficas do Estado do Paraná. Com esse intuito surgiu o livro “Sigep 70 anos”, que relembra fatos marcantes do sindicato, reconhecido oficialmente em 1943, mas que já mantinha suas atividades desde 1937, por meio de conversas entre empresários visionários e pioneiros que se encontravam para discutir os problemas do setor gráfico.Organizado pela jornalista Guadalupe Fernandez Presas, o material, que tem o projeto gráfico de Joaquim Fernandez Presas e Mozart Brito, da Ponto Design, é resultado de um projeto de pesquisa e resgate histórico que mostra que desde a criação do Sigep foi preciso trabalhar firme para que ele se tornasse o que é hoje. Foram encontros, reuniões, congressos e eventos que não podem simplesmente ser esquecidos. “Sigep 70 anos” traz em mais de 200 páginas, documentos, atas, fotografias, teses, memórias e alguns relatos de alguns presidentes e personagens que participaram e ainda fazem parte do sindicato. Guia do Gráfico 


Mínimo em agosto teria de ser R$ 2.685,47, diz Dieese
O salário mínimo do trabalhador brasileiro deveria ter sido de R$ 2.685,47 em agosto para que ele suprisse suas necessidades básicas e da família, segundo estudo divulgado nesta quarta-feira, 4, pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). A constatação foi feita por meio dos números da Pesquisa Nacional da Cesta Básica do mês passado, realizada pela instituição em 18 capitais do País.Com base no maior valor apurado para a cesta no período, de R$ 319,66 em São Paulo, e levando-se em consideração o preceito constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para garantir as despesas familiares com alimentação, moradia, saúde, transportes, educação, vestuário, higiene, lazer e previdência, o Dieese calculou que o mínimo deveria ter sido 3,96 vezes maior do que o piso vigente no Brasil, de R$ 678.O valor é menor do que o apurado para julho, quando o mínimo necessário foi estimado em R$ R$ 2.750,83 (4,06 vezes o piso vigente). Em agosto de 2012, o Dieese calculava o valor necessário em R$ 2.589,78, ou 4,16 vezes o mínimo de então, de R$ 622.
Tempo de trabalho
A instituição também informou que o tempo médio de trabalho necessário para que o brasileiro que ganha salário mínimo pudesse adquirir, em agosto de 2013, o conjunto de bens essenciais caiu na comparação com julho. Na média das 18 cidades pesquisadas pelo Dieese, o trabalhador que ganha salário mínimo teve de cumprir uma jornada de 91 horas e 21 minutos, tempo inferior às 92 horas e 31 minutos exigidas em julho. Fonte: Estadão

Dieese: Tomate, feijão e manteiga puxam recuo de cesta
Os preços dos itens que compõem a cesta básica foram influenciados principalmente pela queda de produtos como tomate, feijão, manteiga e óleo de soja, o que levou os preços a recuar em agosto em 13 das 18 capitais onde o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica, divulgada nesta quarta-feira (4).Em agosto, o tomate continuou em queda, com recuo em 13 localidades. As retrações mais expressivas ocorreram Fortaleza (-21,62%), Aracaju (-20%) e no Recife (-19,08%). De acordo com o Dieese, esse comportamento está associado ao aumento da oferta do produto no mercado nacional e a possíveis transmissões das baixas de preços ao produtor para o consumidor final.O feijão também teve seu preço reduzido em 13 capitais, com destaque para Belo Horizonte (-15,19%), Natal (-12,40%), Fortaleza (-11,13%) e Recife (-10,60%). Da mesma forma, o preço da manteiga recuou em 13 localidades. As maiores quedas ocorreram em Brasília (-8,52%), no Recife (-4,30%) e em Campo Grande (-3,06%).Já o preço do óleo de soja diminuiu em 12 capitais, com destaque para João Pessoa (-5,67%), Recife (-4,78%), São Paulo (-4,47%) e Belém (-3,80%). Em 12 meses, o óleo barateou em todas as localidades. Os recuos mais intensos ocorreram em Belo Horizonte (-17,60%), Salvador (-16,92%) e Curitiba (-16,46%).Na direção contrária, o leite subiu em 17 capitais em agosto. Os aumentos variaram entre 0,31%, no Recife, e 8,75%, em Belém. Apenas em Salvador (-5,26%) houve queda.As 18 capitais pesquisadas mensalmente pelo Dieese são Vitória (ES), Manaus (AM), Salvador (BA), Belo Horizonte (MG), Aracaju (SE), São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Campo Grande (MS), Belém (PA), João Pessoa (PB), Brasília (DF), Fortaleza (CE), Porto Alegre (RS), Curitiba (PR), Goiânia (GO), Recife (PE), Natal (RN) e Florianópolis (SC). Fonte: Estadão

Comissão da Verdade comprova atuação da repressão em sindicatos
Foram localizados documentos que comprovam que o Serviço Nacional de Informação (SNI) também atuou junto ao Ministério do Trabalho (MTE) na repressão à trabalhadores durante o regime militar. Também foi comprovada a relação entre empresas e órgãos repressores. A informação foi dada nesta terça-feira (3), pelo Grupo de Trabalho “Ditadura e Repressão aos Trabalhadores e ao Movimento Sindical” da Comissão Nacional da Verdade (CNV).O GT se reuniu na manhã desta terça-feira (3) para definir uma agenda de lançamento das frentes de atuação da CNV no estado de São Paulo, com base nos 11 pontos prioritários definido pelo GT.A documentação contribui para o resgate da Divisão de Segurança e Informações que era dada como desaparecida pelo ministério. Todo o material comprova as inúmeras violações aos direitos trabalhistas e sindicais cometidas pela ditadura militar brasileira, após o golpe de 1964, como cassações de dirigentes sindicais e intervenções sindicais por motivos políticos e repressão a greves legítimas.A CNV chegou aos arquivos depois de uma investigação de historiadores do Arquivo Nacional. A partir disso, a coordenadora do GT, Rosa Cardoso, e o ministro do Trabalho, Manoel Dias iniciaram diálogo e todos os arquivos do ministério e do gabinete dos ministros foram abertos à CNV.“Conseguimos comprovar que existe essa documentação, vamos trazer à tona o material mais importante e fazer análises a partir daí. Mas, sobretudo, estamos legando para pesquisadores e historiadores que nos sucederão. Um dos trabalhos da Comissão da Verdade é a abertura desses arquivos e fazer uma primeira análise. Em história não há uma leitura definitiva”, declarou Rosa Cardoso, que revelou o que foi encontrado nos arquivos até agora. “Nesses acervos vamos encontrar cassações de sindicalistas, intervenções em sindicatos, repressão às greves, comunicados ao ministro dando conta das informações recolhidas nas fábricas, enviadas pelos empresários, informações muito completas”, afirmou Rosa Cardoso, durante coletiva de imprensa na manhã desta terça, concedida logo após uma reunião do GT, no escritório da Presidência da República em São Paulo, na região central.A coordenadora do GT enfatizou que são inúmeros os papeis que comprovam a colaboração de empresários: “Também vamos encontrar informações em processos que se desenvolveram no Superior Tribunal Militar que comprovam a relação permanente entre empresários e a repressão. Não só eles mandavam buscar os resultados das investigações feitas sobre trabalhadores, como também essas empresas mandavam informações. Estamos mapeando tudo isso, ainda há muitas informações”.Rosa Cardoso destacou que o espetacular do trabalho é a composição de um acervo nacional com detalhes sobre a dinâmica das relações e informações importantes como quais as categorias mais atingidas, comprovadamente. “Não tivemos acesso a todos, mas já encontramos duas caixas de documentos com menção à cassações de trabalhadores, intervenção nos sindicatos. Nós constatamos que as categorias de trabalhadores mais atingidas pela repressão foram os ferroviários, os portuários, petroleiros, metalúrgicos e bancários. Há documentos sobre todas essas categorias”, destacou ela, que lembrou novamente que foram os trabalhadores organizados a categoria social que mais foi atingida pela repressão, sendo alvo “do controle, da vigilância, e se deu de forma mais intensa, e isso foi muito informado ao ministério.”Futuramente, a Comissão de Anistia do Ministério da Justiça também deverá enviar um relatório à CNV com informações sobre categorias profissionais atingidas.Para Sebastião Lopes Neto, da organização Intercâmbio, Informações, Estudos e Pesquisas que atua com memória sindical e integra o grupo de apoio ao GT, agora não restam dúvidas sobre a interferência do SNI no movimento sindical. “Registrem: Nada, nenhuma nomeação, nada pode passar sem que isso se reporte ao Serviço Nacional de Informações, que era o filtro do ditador de plantão ou presidente da época, como queiram. É divisão de segurança e informação. Temos a comprovação de que essa estrutura também existia no Ministério do Trabalho, com essa capilaridade[que já tinha sido denunciada pelo grupo de apoio]”, afirmou.
Arquivos
Faz parte do arquivo geral do MTE uma base de dados da Comissão de Anistia dos Trabalhadores, formada por quem posteriormente pediu indenização levando documentos que comprovavam violações de direitos sofridas. A CNV também está tendo acesso aos arquivos do gabinete do ministro, do Setor de Armazenamento e Abastecimento Norte (Saan) e do Centro de Referência dos Trabalhadores Leonel Brizola (CEA).A pesquisadora San Romanelli Assumpção, que trabalha na apuração dos documentos nesses arquivos, contou que foram nesses depósitos do Saan e da CEA onde foram encontradas correspondências das Divisões de Segurança e Informação (DSIs) do Ministério do Trabalho e das Delegacias Regionais do Trabalho (DRTs) endereçadas ao MTE e correspondências gerais das DRTs e de interventores.“Encontramos duas caixas sobre eleições sindicais do período e intervenções e cassações de diretorias recém-eleitas. Também informações sobre repressão à greves que ou eram relatórios de interventores ou relatórios produzidos nas DRTs enviados ao ministério”, detalhou a pesquisadora, que lembrou que foi encontrado um relatório com mais de 50 páginas feito por um interventor, feito logo após a greve geral de 1983, sobre a atuação de sindicatos em São Bernardo do Campo e Diadema.“A gente recebeu também da base de dados da Comissão de Anistia do Ministério do Trabalho que é muito interessante porque fala de cassações, prisões e intervenções diretamente relacionadas à motivação política, comprovadamente”, completou.De acordo com a pesquisadora, muitos dos documentos precisarão passar por um processo de recuperação e higienização devido ao péssimo estado de conservação. Muitas caixas estavam jogadas e amontoadas em salas escuras.
Centrais
As centrais sindicais entregaram carta à Comissão da Verdade em que solicita apoio técnico e maior divulgação a grupo de apoio formado por sindicalistas. “Entregamos essa carta solicitando o apoio e que haja maior divulgação para que nosso trabalho ganhe mais força”, declarou Rogério Nunes, da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB).A atuação do grupo de apoio, que não participa diretamente do trabalho em Brasília (DF), foi destacada pela coordenadora do GT: “Muitas vezes informações que encontramos estão mascaradas por um viés ideológico. As cassações são registradas, por exemplo, como casos de corrupção quando as motivações eram políticas. Então essas informações que estamos recebendo por fora realmente nos ajuda a fazer uma leitura mais precisa do material”.Várias centrais estão atuando e colaborando com o encaminhamento de informações obtidas por suas entidades filiadas. “Os levantamentos internos das centrais também são importantes porque dão um norte para a gente olhar para os lugares certos nos arquivos do Ministério do Trabalho. As centrais estão nos apoiando com relatórios e orientações”, completou San Assumpção.
Agenda
As frentes de atuação do GT vão apurar denúncias de quatro momentos históricos que sofreram com a repressão do regime militar. São eles: os trabalhadores integrantes do Comando Geral dos Trabalhadores (CGT), em São Paulo, que foi o primeiro grande movimento sindical oprimido pela ditadura; as vítimas do Massacre de Ipatinga, em 1963, antes mesmo do golpe; os trabalhadores em Santos; e a greve e movimento de Osasco.O primeiro evento será o Ato Nacional sobre a CGT e Golpe Militar marcado para às 9h30 no Sindicato dos Engenheiros de São Paulo , no dia 1º de outubro. Depois, haverá um ato nacional dos 50 anos do Massacre de Ipatinga, em 7 de outubro. Também estão previstos mais dois atos um em Santos e outro em Osasco.De acordo com Sebastião Lopes Neto, da organização Intercâmbio, Informações, Estudos e Pesquisas, será feito um questionário para ser entregue aos trabalhadores que queiram cooperar com as investigações e denunciar fatos que possam ter ocorrido com colegas como desaparecimentos.“A CGT era muito importante, simbolicamente falando, e tinha que ser destruída[pelos militares] e todos os seus membros. Mas temos ainda três integrantes vivos. É importante dizer que qualquer trabalhador que tenha alguma informação sobre fatos que tenha presenciado ou que tenha informações de sindicalistas de base que possam ter sofrido algo, tem histórias assombrosas de gente desaparecida”, explicou.A pesquisa do GT se divide em 11 temas, entre os quais está a elaboração de uma lista dos sindicatos que sofreram invasão e intervenção no golpe e pós-golpe; dirigentes cassados pela ditadura e que sofreram prisão imediata ao golpe; prisões, tortura e assassinatos de dirigentes e militantes sindicais urbanos e rurais, repressão a greves e a presença de agentes dos serviços de segurança nos sindicatos.Além da CTB, outras nove centrais sindicais participam do GT: CUT, Força Sindical, CGTB, CSB, CSP-Conlutas, Intersindical - Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora, Intersindical - Instrumento de Luta, Unidade da Classe e de construção de uma central, NCST e UGT. (Fonte: Portal Vermelho)
Jorge Caetano Fermino

written by FTIGESP