Jul 25
VOLUME DE VENDAS DE PAPELÃO ONDULADO CAI PELA TERCEIRA VEZ E MWV RIGESA ANUNCIA NOVO PRODUTO
O volume de vendas de papelão ondulado no Brasil caiu 3,38 % em junho sobre o mesmo período de 2013, informou a Associação Brasileira de Papelão Ondulado (ABPO), em dados preliminares publicados na semana passada. É o terceiro mês seguido que os números representam quedas.No total, o setor vendeu 261.580 toneladas de papelão ondulado no mês passado. Na comparação com maio, a queda foi de 9,49 % nas vendas. No acumulado dos seis primeiros meses do ano, as vendas passaram a registrar queda de 0,25%.Do setor de papelão ondulado, a MWV Rigesa anunciou recentemente que vai ampliar sua presença no mercado de embalagens e inicia o fornecimento de soluções inovadoras para o segmento de alimentação fora do lar. O primeiro produto atende ao transporte de bebidas para redes fast food que atuam com delivery, To-Go e drive-thru. “Esse é nosso primeiro produto dedicado a esse segmento, e estamos preparados e em contato com futuros clientes para desenvolver novos projetos customizados e alinhados com suas estratégias de crescimento”, comenta Paulo Iserhard, vice-presidente da MWV Rigesa – Negócio de Papelão Ondulado. Fonte: Abigraf

Negociações salariais serão mais complexas neste ano
A partir de agosto serão iniciadas as negociações salariais de diversas categorias. Especialistas e representantes de classes adiantaram ao DCI que as discussões serão mais "complicadas" neste ano, por conta do fraco ritmo da economia, ao mesmo tempo que a inflação está reduzindo o poder de compra da população."A expectativa é que os reajustes em geral não concedam benefícios, promoções ou remunerações tão generosos como foi no passado", afirma José Pastore, professor titular na Universidade de São Paulo (USP) e consultor em relações do trabalho.De acordo com ele, dados já divulgados possibilitam que ele tenha essa expectativa. "Há um nível grande de incerteza do mercado. Além de que a necessidade de contratar mais mão-de-obra não é tão sério como antes", entende.Pesquisa anunciada ontem pela Fundação Getulio Vargas (FGV) exemplifica essa desconfiança dos empresários. O estudo apontou recuo de 3,2% no Índice de Confiança da Indústria (ICI) em julho em relação ao mês anterior, o que representa o terceiro mês seguido de retração. Para Pastore, justamente a indústria deve ser a categoria que mais vai ter dificuldade na negociação neste semestre, embora todos devam encontrar problemas.Da mesma forma, pelo terceiro mês consecutivo, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) recuou 1% em julho ante junho na série com ajuste sazonal, conforme também informou ontem Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Um dos motivos é o ritmo de vendas.Dentro deste cenário "desanimador", Ivo Dall'Aqua Junior, presidente do conselho de assuntos sindicais da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), espera que as discussões sejam bastante acaloradas dentro do seu setor, principalmente entre os comerciários. "A Fecomercio entrará nas discussões com parcimônia e responsabilidade", afirma."Do lado dos trabalhadores haverá cobranças porque não está sobrando dinheiro, por conta do aumento da inflação. Contudo, dados mostram que há queda de faturamento em alguns setores, como de confecções e móveis, cuja defasagem com o custo de trabalho, que cresceu, chega a 20%. Ao mesmo tempo, a expectativa para a economia está nebulosa [...] Neste cenário, tem a possibilidade de serem reajustes menores [do que proposto]", explica.O professor da USP acredita que o patamar atual da inflação está "corroendo o poder de compra dos brasileiros", mas a pressão dos trabalhadores pelo aumento dos salários está menor.No caso do setor financeiro, as negociações também devem ser "duras", mas segundo Carlos Alberto Cordeiro da Silva, presidente do Conselho Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), a categoria não deverá aceitar reajustes menores. "Vamos apresentar propostas até como contrapartida pela ajuda dos funcionários na lucratividade dos bancos neste ano. Alguns tiveram ganhos de quase o dobro da Europa", justifica. A proposta de reajuste salarial pela confederação será discutida no final desta semana e deve ser divulgada no próximo domingo.
Pisos salariais
Luís Ribeiro, supervisor técnico do Sistema de Acompanhamento de Salários do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (SAS-Dieese), afirmou que a tendência é de que neste ano, os reajustes de pisos salariais continuem a ser maiores do que as correções em geral. "Dados do começo do ano indicam este cenário. A economia, mesmo em ritmo fraco, ainda está crescendo e o desemprego está baixo. Além de que com a mobilização, com as greves, os salários já foram reajustados. Mas esta previsão pode mudar", disse.Em 2013, segundo estudo divulgado ontem pelo SAS-Dieese, cerca de 95% das 685 unidades de negociação analisadas conseguiram que seus pisos salariais tivessem reajustes acima da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), calculado pelo IBGE. O aumento real médio foi de 2,8%, menor, contudo, do que o registrado em 2012, de 5,68% acima do INPC.Por setor econômico, a maior incidência de pisos com reajustes foi no Comércio (97,4%) e na Indústria (96,8%), seguido pelo setor Rural (92,6%) e de Serviços (91,7%). Já aos reajustes abaixo da inflação, observados em quase 3% das categorias, ocorreram no setor Rural (7,4% das unidades de negociação) e nos Serviços (5,2%). Nos setores de Indústria e Comércio, foi de 1,7% e 0,9%, respectivamente, conforme o levantamento do Dieese. FONTE: DCI
Jorge Caetano Fermino



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