Item de NotíciaFTIGESP NEWS // Estado responde repúdio dos gráficos à violência da PM em greve
(Categoria: Geral)
Postado por FTIGESP
25 Setembro 2017 - 09:26:00


Foram necessários cinco meses para a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo responder o pedido de esclarecimentos e critica da Federação Paulista dos Trabalhadores Gráficos (Ftigesp), através da carta-repúdio enviada pela Confederação Nacional da classe Conatig), referente a verificada truculência policial contra sindicalistas da Baixada Santista, na região do Porto, durante a greve geral em abril - período quando o Brasil parou literalmente contra a reforma trabalhista. Contudo, apesar do demorado mas cordial retorno ao pleito do órgão dos gráficos, o conteúdo exposto só pode ser legitimidade pela classe e o movimento sindical quando os abusos praticados pelos policiais forem combatidos publicamente, assim como a carta sugere ter agido para combater em Santos o que chamou de excessos dos sindicalistas a fim de garantir a ordem e a segurança pública - dos manifestantes e do público em geral.

"Esta carta teria legitimidade se a autocitada função social da PM, dita na carta como para servir à sociedade, funcionasse publicamente e de forma sistemática para coibir a violência e toda forma de criminalidade praticada contra sociedade no cotidiano", diz Jorge Caetano, presidente do Sindicato dos Gráficos da Baixada Santista (STIG), que participou ativamente da greve geral no local da verificada truculência em questão, com inclusive várias imagens gravadas e fotografias da violência policial.

Leonardo Del Roy, presidente da Conatig e da Ftigesp, autor da carta de repúdio enviada à secretaria paulista, não esteve neste local da greve, mas, infelizmente, concorda com Caetano que é sistemático este tipo de comportamento truculento da polícia contra os movimentos paredistas ao longo da história. O experiente sindicalista inclusive reconhece que a PM pode combater os excessos de qualquer movimento, desde que seja dentro da legalidade, com o respeito de fato ao cidadão, este, que aliás deve ser protegido, inclusive quando faz greve em prol dos direitos da classe trabalhadora, até mesmo dos policiais e de todo conjunto social. Assim, ele diz que PM deve iniciar pelo combate dos excessos policiais.

"A carta-resposta do cel. da PM, Francisco Leopoldo, chefe de gabinete da Secretaria Estadual de Segurança Pública, é um postura adequada e é um dos meios que a polícia deve agir como demonstração de respeito efetivo à sociedade - padrão que precisa se repetir sempre no dia a dia pelas ruas ao abordar o cidadão, inclusive os sindicalistas quando fazem greve, um direito constitucional", agradece Del Roy. O dirigente reafirma que a Conatig e a Ftigesp se manterão vigilantes no que está ocorrendo na sociedade em busca da promoção da justiça e paz social verdadeira.

Caetano até reconhece o gesto do coronel da PM ao responder a carta de repúdio da Conatig/Ftigesp, mas julga que o conteúdo não trás nada de novo, a não ser a extensão das quatro páginas. Para o dirigente, em síntese, a carta-resposta reforça tão somente que as coisas continuarão como está, ou seja, a criminalização do movimento sindical por defender os direitos e salários da classe trabalhadora contra a opressão patronal, bem como continuará a truculência policial que autojulga sigilosamente os seus abusos ao sabor de seu juízo de valor - violência esta praticada contra os sindicalistas na greve geral em Santos que desencadeou a pancadaria e o fim da manifestação então pacífica no porto da cidade.


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