Item de NotíciaFTIGESP NEWS // Emprego se gera com demanda produtiva, consumo e distribuição de renda
(Categoria: Geral)
Postado por FTIGESP
14 Dezembro 2018 - 11:58:31


Com ataque a direitos trabalhistas e ao Ministério do Trabalho, Bolsonaro prejudicará consumo e economia, piorando a vida da classe trabalhadora

Enquanto cresce o número de pobres no país diante do esfacelamento do mercado de trabalho, conforme mostra os dados do IBGE, causado pela falta de ações governamentais para retomar a econômica e baixar juros, o futuro presidente Bolsonaro diz que difícil mesmo é a vida do patrão. Ou seja, para ele, quem sofre são os donos das empresas, estes que têm as suas riquezas produzidas pelos trabalhadores. Já os empregados, sofrem com desemprego, rotatividade e com ampliação do rebaixamento salarial e de direitos desde a validade da nova lei do trabalho que tem precarizado o emprego e dificultado a ação dos sindicatos para fiscalização dos direitos.

Já são 54 milhões de pobres no País. Aqueles abaixo do nível da pobreza também cresceram, segundo a pesquisa do IBGE. O órgão verificou que a média da renda familiar do brasileiro é pouco superior a R$ 1,5 mil. O piso salarial do trabalhador gráfico paulista, por exemplo, é quase isso. É de R$ 1.630,20. "A vida dos desempregados e também dos empregados piorou muito diante do cenário econômico agravado com a concentração de renda gerada pela nova lei do trabalho, onde precarizou o emprego e reduziu a renda e os direitos dos trabalhadores empregados, enquanto favoreceu bastante o empresariado", diz Leonardo Del Roy, presidente da Federação dos Trabalhadores Gráficos do Estado de São Paulo (Ftigesp).

Ao invés de defender os patrões com a declaração que exclui o verdadeiro sofredor no Brasil, que é o trabalhador, face ao agravamento econômico, desemprego, retirada de direitos e rebaixamento salarial, Del Roy cobra de Bolsonaro uma atuação eficaz para reaquecer a econômica, a qual só pode ocorrer com a produção e o consumo. Mas só se compra se houver a distribuição de renda com os trabalhadores através do emprego com os salários e direitos justos, não só a concentração do lucro para os patrões.

Bolsonaro, porém, já vem prometendo a falsa solução do emprego no país com mais ataque a classe trabalhadora. Segundo ele, é preciso retirar ainda mais direitos para garantir o trabalho. Del Roy adiante que o caos vai ser ainda maior. Segundo o sindicalista, a medida somente elevará a concentração do lucro patronal e reduzirá a distribuição de renda para os trabalhadores, imobilizando a economia com baixa produção e consumo. "A solução do emprego não se dá através da folha de pagãmente salarial da empresa, mas através da demanda produtiva que vem do consumo da sociedade. Portanto, acatar o trabalhador só a economia", diz o dirigente. Del Roy ilustra que no setor gráfico, por exemplo, a renda do trabalhador equivale somente a 20% de toda a folha de pagamento das empresas.

Bolsonaro, porém, já vem prometendo a falsa solução do emprego no país com mais ataque à classe trabalhadora. Segundo ele, é preciso retirar ainda mais direitos para garantir o trabalho. Del Roy adianta que o caos vai ser ainda maior. Segundo o sindicalista, a medida somente elevará a concentração do lucro patronal e reduzirá a distribuição de renda para os trabalhadores, imobilizando a economia com baixa produção e consumo. "A solução do emprego não se dá através da redução da folha de pagamento salarial da empresa, mas através da demanda produtiva que vem do consumo da sociedade. Portanto, atacar e flexibilizar os direitos do trabalhador só propiciará efeitos negativos na própria economia e não gerará emprego", diz o dirigente.

Del Roy ilustra que no setor gráfico, por exemplo, a renda do trabalhador equivale somente a 20% de toda a folha de pagamento das empresas. E diz que o setor gráfico sempre manteve a tradição de sanar problemas da categoria através de suas representações econômicas e profissional, as qual têm a faculdade de definir os rumos da normatização da relação de trabalho, como tem ocorrido nos últimos anos. Portanto, o respectivo relacionamento e a normatização das convenções coletivas nunca foram motivos para gerar deficiência nas empresas, mas pelo contrário, quanto mais se flexibilizar os direitos, mais o setor beneficiará as empresas que buscam não cumprir com as negociações de seus representantes legais.

Apesar de desconsiderar o sofrimento do trabalhador com tais intenções, Bolsonaro ainda quer ampliá-lo. Seu governo de transição já confirmou a intenção de extinguir/desmembrar o Ministério do Trabalho - órgão vital para a fiscalização dos direitos trabalhistas, auxílio na negociação coletiva anual dos salários e direitos dos trabalhadores, registro sindical e etc.. "Seu fim representará a consolidação do projeto político-patronal iniciado com a reforma trabalhista para retirar a proteção da classe trabalhadora em troca de uma suposta abertura de empregos, os quais na prática não aconteceram, senão através de trabalhos muitos precários. O real objetivo disso é proteger o patronal e deixar o trabalhador submisso", diz Del Roy.




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