Item de NotíciaFTIGESP NEWS // Com o fim do MTb, STIG Sorocaba estuda acionar a Máxima no MPT
(Categoria: Geral)
Postado por FTIGESP
01 Fevereiro 2019 - 12:41:25


Gráficos da Máxima Cadernos denunciaram a empresa ao sindicato pelo descumprimento do acordo para regularização da PLR e FGTS pendentes

Dias antes da oficialização da extinção do Ministério do Trabalho (MTb) pelo novo governo do país, o Sindicato dos Gráficos (STIG) em Sorocaba notificou a Máxima Cadernos, em Itapetininga, pelo descumprimento de um acordo realizado no ministério para a regularização da PLR e do FGTS de gráficos. A entidade de classe também buscou uma mediação do MTb na cidade em que a empresa está localizada. Mas, diante dos efeitos da primeira medida do governo Bolsonaro com o fechamento do órgão, ainda não foi realizada a mediação e nem se sabe quando ou se acontecerá. O setor jurídico do STIG já estuda inclusive acionar o Ministério Público do Trabalho (MPT) diante da situação e da repetição de falhas pela empresa.

"Alguns gráficos nos procuraram há algumas semanas e informaram que não receberam a 2ª parcela da Participação de Lucro e Resultados (PLR) e o FGTS não está sendo recolhido", diz João Ferreira, presidente do STIG. A denúncia é grave pela falha e elevada porque a empresa havia firmado um acordo no Ministério, assumido a regularização da situação. Além de uma nova mediação solicitada ao MTb, apesar das incertezas quanto ao funcionamento do órgão após a medida de Bolsonaro, o STIG ainda requereu a fiscalização por parte dos auditores fiscais do trabalho.

O sindicato tem uma relação muito próxima e forte com os gráficos nesta região de Itapetininga e garante que não deixará a classe sem proteção de seus direitos. A Máxima Cadernos possui 250 funcionários, onde um deles é a diretora sindical Marília. Na região, existem 235 sindicalizados. João revela que, embora aguarda o desdobramento das solicitações no MTb, o STIG estuda e já conversou com o advogado da entidade sobre a possibilidade de entrar com uma queixa-crime referente ao caso no MPT.

"Continuaremos na briga continua diante da postura do patrão contra os direitos da classe. Exigimos que a Máxima corrija o caso imediatamente", diz João. O dirigente também participou de um manifesto recente contra a extinção do Ministério do Trabalho, puxado pela central Força Sindical. Os trabalhadores só têm a perder com o fim do órgão que dá um suporte fundamental as ações sindicais, como visto no caso da Máxima Cadernos.

A Federação Paulista dos Gráficos (Ftigesp), entidade na qual o STIG Sorocaba é filiado, aproveita para lamenta as condições que levaram o governo a esfacelar as condições do Ministério do Trabalho. "Já vemos como resultado as empresas buscando evitar fiscalizações e trazendo, com isto, enormes prejuízos para os direitos dos trabalhadores", pontua Leonardo Del Roy, presidente da Ftigesp. Ele critica ainda a Máxima por não cumprir com seus compromissos assumidos com os trabalhadores.

A entidade dos gráficos entende que tudo isso é um resultado da política neoliberal que está sendo adotada pelo atual governo com posições que permitem as empresas explorarem cada vez mais os direitos trabalhista. "Portanto, gráficos do estado, o único caminho para enfrentar a situação é se sindicalizando para fortalecer o seu sindicato", orienta Del Roy.




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