Item de NotíciaFTIGESP NEWS // Redução de sindicalizados deve ameaçar salário e direitos do gráfico
(Categoria: Geral)
Postado por FTIGESP
19 Junho 2019 - 21:17:15


Risco de inviabilização do Sindicato da classe (STIG) por conta da queda no número de trabalhadores associados pode restringir a ação sindical na negociação salarial e depois na fiscalização do cumprimento dos direitos

A histórica e forte classe de trabalhadores gráficos da Baixada Santista e outrora numerosa vem reduzindo rapidamente na região. Hoje só restam 600. A unidade da categoria também acompanha este cenário de queda. Só 10% estão sindicalizados e enfraquecem a resistência aos desmandos patronais. Há 15 anos, por exemplo, os patrões se vangloriam de não ter tido uma greve e por zerarem o reajuste salarial nos últimos dois anos. O cenário só piorar com o fechamento de empresas e queda de mais sócios. E, em breve inicia nova campanha salarial. A data-base é 1º de setembro.

A fim de buscar reverter tal cenário, o Sindicato realizou uma assembleia e alertou os gráficos para o risco de os poucos empregados da região não se unificarem à entidade para fortalecerem a negociação salarial e depois dela. Dois trabalhadores até se sindicalizarem, mas ainda é muito pouco. Só 10% da classe está associada. "Como lançamos o edital de campanha salarial, seguiremos firme. Mas o STIG dificilmente conseguirá se manter na diária defesa do cumprimento dos salários e direitos nas empresas", destacou Jorge Caetano, secretário-geral do Sindicato da classe do local.

Sem o crescimento no número de sócios, a direção do STIG já anunciou durante a assembleia que após a campanha salarial reduzirá ainda mais o número de dias de atendimento e só para sócios com agendamento. E isso, sem dúvidas, prejudicará a atuação sindical no combate às fraudes nas empresas contra o salário e direitos dos trabalhadores. "A decisão é de cada um dos 600 gráficos da região", disse Sueli Reis, presidente do Sindicato. Cada um dos 26 gráficos presentes na assembleia saiu com uma carta e ficha de associação para conversar com colegas de empresa.

O fato é que sem o sindicato, nenhum dos 600 gráficos terá quem garanta o piso salarial de R$ 1.566,40 e as demais remunerações ainda maiores, bem como a PLR, hora-extra superior a 50%, adicional noturno superior a 20%, vale-refeição, vale compras, multa por atraso de salário, auxílio-creche de R$ 469,92, vários tipos de estabilidade no emprego e etc.. "Não existe outra forma de protegerem seu salário e direitos, senão através da unidade em torno da sua entidade de classe. Sindicalize-se", frisa Jorge.

O dirigente, junto com Sueli, visitou cada um dos gráficos nas empresas antes da assembleia. Falaram do risco da inviabilização do sindicato se não juntarem suas mãos em torno da entidade para se auto protegerem. A decisão final e sempre do trabalhador. No entanto, gostando ou não do sindicato, sem o órgão, o prejuízo é geral a todos: do salário aos direitos. "Está na hora de toda a categoria, não somente os já sócios, acordarem. Todos precisam ter consciência que se tá ruim com o sindicato, ficará pior sem ele. Sindicalizem-se urgente", reforçou a presidente do STIG Santos.




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