Item de NotíciaFTIGESP NEWS // Gráficos da RR Donneley lotam STIG Barueri/Osasco cinco meses após fechamento
(Categoria: Geral)
Postado por FTIGESP
09 Setembro 2019 - 04:23:00


Demitidos deliberaram com o STIG Barueri/Osasco sobre novos ações em defesa de seus direitos. A gráfica multinacional dos EUA não pagou ninguém no Brasil. O STIG voltou a falar com juiz e o novo promotor do caso dias após a reunião e cobrou do administrador judicial uma reunião

No último dia 30, data exata em que completava cinco meses do fim da multinacional RR Donnelley no Brasil, após 25 anos em atividade, 70 dos 800 gráficos das antigas unidades de Barueri e de Osasco reuniram-se no Sindicato da classe (STIG). O encontro, que foi o terceiro do Grupo de Trabalho criado pela entidade e pelos trabalhadores para acompanharem o processo de autofalência da gráfica, deliberou novas ações para buscar respostas dos poderes públicos e do Administrador judicial (AJ) do caso, o qual até a ocasião, ainda não havia apresentado a lista de credores com os profissionais nela listados, como também os valores que cada um têm a receber com verbas rescisórias e 40% da multa do FGTS, por exemplo.

Uma comissão ficou então de visitar outra vez o juiz e o promotor do caso, como também iniciar as tratativas direto com o AJ para interagir com tudo. A trabalhadora Tarcila foi escolhida para representar a classe na reunião que o STIG realizou com o juiz e o promotor do caso na última segunda-feira (2). Na ocasião, o juiz alertou para os prazos do processo da autofalência e grande demanda sobre o AJ. Na sequência, foi realizado um encontro na 4ª. Promotoria de Justiça e os promotores comunicaram o presidente Joaquim e o Dr. Raphael que o processo será encaminhado para a Delegacia de Polícia para instauração de inquérito, atendendo dessa forma o nosso pedido de investigação de suspeitas no processo de autofalência da RRD, haja visto que reconheceu indícios", diz Joaquim Oliveira, presidente do STIG.

A comissão, no mesmo dia, ainda partiu em direção ao escritório do AJ. Não conseguiu falar direto com ele, que é o advogado Fernando Borges, mas protocolou um ofício com um pedido de reunião urgente para tratar do interesse dos gráficos neste processo. No documento é posto que até a presenta data, cinco meses, nenhuma lista de credores elaborada tem o nome dos trabalhadores. Aborda também sobre a preocupação com a continuação das atividades da empresa, mesmo em autofalência, e ainda sem saber como estão sendo garantido os direitos trabalhistas de quem está lá. E ainda sobre os relatos de um caixa financeiro de R$ 4 milhões, podendo chegar a R$ 30 milhões com serviços realizados a receber. "São muitos assuntos de interesse dos trabalhadores, e como representantes constitucionais deles, é preciso que o AJ nos receba o mais rapidamente", realça Leonardo Del Roy, presidente da Federação Paulista dos Gráficos.

"O temor dos gráficos, por sua vez, durante a última reunião no STIG era grande porque até aquele momento havia apenas uma lista de credores da empresa e não constava o nome deles", disse Joaquim. O dirigente foi o anfitrião dos trabalhadores durante o encontro que já era a 3ª reunião do GT no local. O dirigente e os gráficos que estavam acompanhados do presidente da Federação Paulista da categoria (Ftigesp), Leonardo Del Roy, ouviram os esclarecimentos do jurista do caso, Raphael Maia, que é advogado do STIG. Maia falou dos prazos ainda vigentes e tirou dúvidas.

Insatisfação

A Ftigesp constatou a grande insatisfação dos trabalhadores da RRD pelo atraso e pela forma que o AJ está tratando os direitos deles, sobretudo no caso da habilitação desses direitos. "Temos cobrado. E continuaremos. Estaremos atentos à resposta do nosso pedido de reunião, caso contrários, os trabalhadores pretendem retomar o processo de mobilização nas ruas, inclusive na frente do escritório do AJ", conta Del Roy. O dirigente quer receber as indagações que foram apresentadas. A paciência dos trabalhadores já está ficando no limite. O salário-desemprego está terminando. "É preciso haver uma solução rápida para esta situação caótica", finaliza Del Roy.
 



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