Item de NotíciaFTIGESP NEWS // STIGs garantem recuperação salarial e muitos benefícios financeiros
(Categoria: Geral)
Postado por FTIGESP
04 Outubro 2019 - 10:54:49


Após atuação dos sindicatos, gráficos continuam com salários atualizados e com uma série de direitos com impacto positivo na renda do trabalhador

Nesta sexta-feira (4), os gráficos paulistas da grande maioria das regiões do estado recebem o salário com reajuste superior à inflação do período acumulado desde o último aumento em 1º de novembro de 2018. Ao invés de recuperar as perdas salariais frente à inflação de 2,56% nestes últimos 10 meses, a Federação dos Gráficos de São Paulo (Ftigesp) e o conjunto de Sindicatos da classe (STIGs) conseguiram um pouco mais. Com isso, o novo piso salarial subiu para R$ 1.674,20 (na indúsria gráfica) e para R$ 1.377,20 (em empresa de reprografia). O aumento das faixas salariais superiores também foi de 2,6%, limitados ao teto de R$ 9.779,10. Acima disso, recebem um valor fixo de R$ 254,26. Estas foram só uma parte das conquistas financeiras para a classe com o desfecho da campanha 2019.

Além do reajuste salarial, o movimento sindical dos gráficos garantiu que todos os direitos econômicos da convenção coletiva fossem mantidos em benefício dos trabalhadores. Um deles é a partilha do lucro das empresas com seus empregados, chamada de Participação nos Lucro e Resultado. A PLR continua em 2020. Este direito, se comparado ao piso salarial, ele representa por mês de 3% a 4,43% de renda a mais para os profissionais – percentuais superiores até que o reajuste salarial. Mas este é somente um dos vários outros direitos financeiros que se mantêm no próximo ano.

Além do aumento do salário um pouco maior que a inflação, e da garantia de uma PLR, que representa mensalmente até mais que este reajuste, a Ftigesp e os STIGs, graças a estratégia utilizada ainda em 2018, evitaram a retirada de direitos econômicos da classe, estes que aumentam o poder de compra dos trabalhadores. É o caso da cesta básica mensal, que varia de R$ 100 a R$ 120, a depender da região de SP. A manutenção da cesta equivale, portanto, até três vezes a mais do que o aumento salarial, sendo outro complemento de renda. Tudo isso são benefícios financeiros para o gráfico, garantidos por nós", diz Leonardo Del Roy, presidente da Ftigesp.

No geral, foram mantidos 84 direitos coletivos superiores a CLT, muitos deles tendo esse importante componente de complementação de renda. Se não fosse o esforço do movimento sindical para manutenção deles por meio da renovação integral convenção da classe, o adicional noturno do gráfico seria reduzido em 15%, pois a CLT define só 20%, enquanto a convenção determina um adicional na ordem de 35% do salário nominal do trabalhador. "É ou não uma vantagem financeira?", questiona Del Roy.

Na mesma lógica, haveria perda nos valores pagos pelas horas-extras. A convenção define 65% em dias de semana e 100% em domingo e feriado, enquanto a CLT de apenas 50%. Façam as contas. Valorize seu sindicato. Associe-se. Se não fosse por ele, seu salário e direitos não seriam estes.

"Em momento de períodos de inflação baixa, como atualmente, temos de priorizar o conteúdo total de benefícios que a Convenção, pois isso é que traz vantagens para a categoria através das cláusulas econômicas, estas que trazem ganhos financeiros, bem como das cláusulas sociais", destaca Del Roy, sindicalista que já coordena há anos este processo de negociações junto com os seus sindicatos federados e o setor patronal. Outra vantagem dessa campanha é a segurança dos direitos históricos da categoria diante, sobretudo, das mudanças de leis onde procuram cada vez mais flexibilizar direitos trabalhistas e sindicais de forma geral.




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