Item de NotíciaClipping nº 884
(Categoria: Clipping)
Postado por FTIGESP
13 Outubro 2011 - 12:45:03

Ganho real no mercado de trabalho cai nos últimos quatro meses  
Do mercado de trabalho vem um sinal de alívio para a inflação e para o Banco Central (BC). O reajuste real médio negociado em 226 convenções coletivas de trabalho feitas em todo o país foi de 0,83%, nos meses de junho a setembro. Ele já foi bem maior.
O percentual médio, de 0,83% é significativamente inferior ao aumento real de 2,55% acertado na maioria das negociações coletivas de trabalhadores metalúrgicos com data-base em setembro, percentual que preocupa economistas de dentro e fora do governo pelo risco inflacionário que embute, relata Carlos Giffoni, em reportagem do Valor nesta terça-feira (11).
Essas 226 convenções - correspondentes a 22,7% do total de acordos de categorias profissionais - estão entre as registradas no Ministério do Trabalho nos meses de junho a setembro e com validade até maio de 2012, pelo menos.
Bráulio Borges, economista-chefe da LCA Consultores explica que os reajustes estão moderando ao longo dos meses. O ano começou com reajustes na ordem de 2% de aumento real, mas na ponta está abaixo de 1%. "O ganho real caiu pela metade e isso é um alívio do ponto de vista da inflação", diz Borges, que alerta para o fato de as empresas estarem conseguindo aumentar a sua produtividade sem ter que, obrigatoriamente, elevar os preços.
O BC faz alertas sobre as pressões inflacionárias decorrentes do mercado de trabalho apertado há muito tempo. Na ata da última reunião, o Comitê de Política Monetária (Copom) repetiu que a atividade doméstica ainda tem perspectivas favoráveis, entre outros fatores, pelo vigor do mercado de trabalho que se reflete em taxas de desemprego historicamente baixas e em crescimento dos salários. Agora eles estão menores. (Fonte: Valor Econômico)
 
INPC: cai índice de reajuste de salários nos últimos quatro meses  
A pressão dos reajustes salariais acima da inflação diminuiu nos últimos quatro meses. Entre junho e setembro, o aumento real médio negociado em 226 convenções coletivas de trabalho celebradas em todo o país foi de 0,83%. O percentual é significativamente inferior à alta real de 2,55% acertada na maioria das negociações coletivas de trabalhadores metalúrgicos com data-base em setembro e também mostra um recuo em relação aos reajustes pagos no início do ano.
O Valor analisou 226 convenções coletivas registradas no Ministério do Trabalho, de categorias com data-base entre junho e setembro, e com validade até maio de 2012, pelo menos. Entre as convenções analisadas, 25% dos sindicatos (60) conseguiram mais de 1% de ganho real, enquanto 20% (47) tiveram reajuste igual ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) ou menor.
O Banco Central e o Ministério do Trabalho vêm acompanhando os acordos coletivos feitos no país. Segundo os dados compilados pelo governo, o reajuste real médio pago em janeiro foi de 2,14%, considerando 35 categorias profissionais, e ficou em 1,95% em maio, na média de 197 acordos.
Para os economistas, o aumento da inflação tem reduzido o poder de barganha dos sindicatos nas negociações. Em janeiro, a inflação acumulada em 12 meses estava em 5,99%. Em setembro, ficou em 7,31%. "O aumento da inflação e a crise externa podem ainda não ter causado grandes efeitos na economia brasileira, mas certamente afetaram as expectativas das empresas", diz José Silvestre, coordenador de relações sindicais do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
"Estou curioso para ver as negociações a partir de agora. De um lado, a conjuntura econômica mudou, com revisões bastante significativas de crescimento, tanto mundial como brasileiro. Do outro, a inflação no Brasil avança", diz Bráulio Borges, economista-chefe da LCA Consultores. Por regiões, o levantamento do Valor mostra que os acordos do Sudeste obtiveram o menor percentual de aumento real no período junho-setembro. (Fonte: Valor Econômico)
 
Inflação reduz ganho real nas negociações; índice médio foi de 0,83%  
Nos meses de junho a setembro, o reajuste real médio negociado em 226 convenções coletivas de trabalho feitas em todo o país foi de 0,83%. O percentual é significativamente inferior ao aumento real de 2,55% acertado na maioria das negociações coletivas de trabalhadores metalúrgicos com data-base em setembro, percentual que preocupa economistas de dentro e fora do governo pelo risco inflacionário que ele embute.
O Valor analisou 226 convenções coletivas entre aquelas registradas no Ministério do Trabalho entre os meses de junho e setembro e com validade até maio de 2012, pelo menos. Essas convenções representam 22,7% do total de acordos de categorias profissionais (e não apenas de uma empresa) e foram selecionadas pela representatividade do setor em cada Estado, de forma a compor um quadro nacional.
O Banco Central e o Ministério do Trabalho vêm acompanhando os acordos coletivos feitos no país. De acordo com os dados compilados pelo governo, o aumento real médio concedido tem diminuído. Em janeiro, o aumento real médio conseguido pelos trabalhadores chegou a 2,14%, e foi de 1,95% em maio.
Primeiro semestre melhor
Já em julho, essa variação ficou em 0,66% (no levantamento do governo que incluía apenas 12 categorias), e a média dos primeiros sete meses foi de 1,38% de aumento real, segundo nota publicada no blog "Casa das Caldeiras" pela jornalista Claudia Safatle, em 28 de setembro. No levantamento do Valor, feito quando mais acordos já haviam sido registrados, foram considerados 103 convenções com data-base em junho e 64 em julho.
Reajustes expressivos, como os obtidos em setembro pelos metalúrgicos do ABC e pelos comerciários de São Paulo (10,5%, sendo 3,1% de aumento real), têm sido menos comuns. Entre as convenções analisadas, 25% dos sindicatos (60) conseguiram mais de 1% de ganho real, enquanto 20% (47) tiveram o reajuste igual ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) ou menor.
Para os economistas, o aumento da inflação tem reduzido o poder de barganha dos sindicatos nas negociações. Em janeiro, a inflação acumulada em 12 meses estava em 5,99%. Em setembro, era de 7,31%. "O aumento da inflação e a crise externa podem ainda não ter causado grandes efeitos na economia brasileira, mas certamente afetaram as expectativas das empresas", diz José Silvestre, coordenador de relações sindicais do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). "A inflação mais alta no segundo semestre pode diminuir o ganho real de quem negociar agora."
Destaques
Alguns setores se destacaram em todas as regiões. Os sindicatos ligados aos trabalhadores do transporte rodoviário, comércio, metalurgia e indústrias têxtil e alimentícia conseguiram os maiores aumentos no país. "Não observamos grandes diferenças entre os setores, mas, nos últimos cinco anos, o setor de serviços tem conquistado reajustes menores por ser muito pulverizado, composto por várias categorias sem tradição de negociação", diz Silvestre.
É o risco de que os aumentos salariais acima da inflação provoquem mais inflação que leva o Banco Central a monitorar as convenções coletivas. Um ganho salarial maior permite um aumento do consumo e alguns setores tendem a repassar esse custo extra para o preço dos produtos, gerando mais inflação.
"A informação de quanto os empregados estão conseguindo aumentar o seu salário é de extrema importância para o Banco Central", diz Bráulio Borges, economista-chefe da LCA Consultores. "Os reajustes estão ficando mais moderados ao longo dos meses. O ano começou na ordem de 2% de aumento real, mas na ponta está abaixo de 1%. O ganho real caiu pela metade e isso é um alívio, do ponto de vista da inflação", diz Borges, olhando para os dados monitorados pelo governo.
Ele destaca, contudo, que as empresas estão conseguindo aumentar a produtividade sem ter que, obrigatoriamente, aumentar os preços. Essa conclusão vem da comparação entre os aumentos reais que estão sendo negociados e a Produtividade Total dos Fatores (PTF). "A PTF é um número mágico estimado pelos economistas que calcula o ganho de produtividade da economia. A brasileira está em torno de 1,3%", diz Borges.
Pressão inflacionária
Quando a média de ganhos reais é menor que esse 1,3%, significa que as empresas estão conseguindo aumentar a produção mais do que os custos correspondentes. Se o aumento real é maior que a produtividade, como no começo de 2011, há uma pressão inflacionária, já que os custos da empresa, que incluem o preço da mão de obra, estão crescendo mais do que a sua produtividade - e podem ser repassados aos preços.
É difícil mensurar em qual região a pressão inflacionária está maior. No Sudeste, por exemplo, a tendência é que a produtividade seja bem menor do que 1,3%, pois a região está em estágio de desenvolvimento mais avançado, já tem uma economia diversificada e o espaço para crescimento é menor que em economias pouco ou menos complexas, pondera Borges.
"Estou curioso para ver as negociações a partir de agora. De um lado, a conjuntura econômica mudou, com revisões bastante significativas de crescimento, tanto mundial como brasileiro. Do outro lado, a inflação no Brasil avança", afirma Borges.
Essa mudança de cenário pode explicar a dificuldade de acordo em algumas categorias, como os bancários, que estão em greve nacional desde o dia 27, por não aceitarem a proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) de 8% de reajuste, o que representa 0,56% de ganho real - longe dos 2,55% negociados pelos metalúrgicos, e abaixo da média nacional dos últimos meses. (Fonte: Valor Econômico)

Emprego na indústria volta a crescer em agosto, indica IBGE
O número de empregos no setor industrial aumentou 0,4% na passagem de julho para agosto de 2011, segundo a Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário (Pimes), divulgada hoje (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
É a primeira alta do indicador depois de duas quedas consecutivas. Na passagem de junho para julho e de maio e junho, embora considerado em um patamar estável, o emprego na indústria diminuiu 0,1%. No acumulado dos últimos 12 meses encerrados em agosto, o aumento chega a 2,3%.
Na comparação com agosto de 2010, o número de vagas no setor cresceu 0,6%, sendo que, no acumulado entre janeiro e agosto, houve aumento de 1,6%, "ritmo ligeiramente abaixo do observado nos último meses", diz o comunicado do IBGE.
Entre as 14 regiões metropolitanas avaliadas na pesquisa, nove apresentaram aumento do número de empregos na indústria. Os destaques são o Paraná (6,7%), a Região Norte e Centro-Oeste (3%) e Pernambuco (7,6%). São Paulo registrou a principal influência negativa (-1,6%).
Entre os setores industriais, dez dos 18 pesquisados aumentaram a oferta de vagas, principalmente alimentos e bebidas (4,4%), meios de transporte (6,5%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (6,1%), além de outros produtos da indústria de transformação (3,5%). Por outro lado, exerceram pressão negativa os setores de papel e gráfica (-8,45) e de calçados (-7,5%).
De acordo com o IBGE, o número de horas pagas aos trabalhadores industriais também aumentou 0,4% em agosto em relação a julho.
A folha de pagamento real dos trabalhadores também cresceu no período, pela quarta vez consecutiva. Em relação a julho, houve aumento de 3,3%, impulsionado pela indústria extrativa e pelo pagamento de participações nos lucros e resultados de empresas consideradas importantes no setor.
Na comparação com o indicador de agosto de 2010, a folha de pagamento real cresceu 7,1%. No acumulado dos último oito meses encerrados em agosto, o aumento chega a 5,2%. Fonte: Agência Brasil

Santuário reúne funcionários para discutir reivindicações
Segundo sindicato, entre as reclamações dos trabalhadores estão assédio moral e falta de pagamento do vale-refeição.
Representantes do Santuário Nacional de Aparecida convocaram ontem uma reunião com funcionários da Basílica. Um dos objetivos da reunião seria evitar uma greve às vésperas do feriado.Na reunião foram discutidos assuntos pertinentes às denúncias de irregularidades trabalhistas, divulgadas em edital pelo Sindeturh (Sindicato dos Empregados em Turismo e Hospitalidade) de São José dos Campos e região. A divulgação foi na quarta-feira, quando a entidade, convocou os empregados para uma assembleia no sábado, para votar uma proposta de paralisação. Por meio da assessoria de imprensa, a Basílica confirmou a reunião, ocorrida às 16h, mas não detalhou o que teria sido discutido.Entre as reclamações dos funcionários estão o assédio moral, crime contra o direito coletivo do trabalho e o não pagamento do vale-refeição nos valores de R$ 6, R$ 6,50 e R$ 8 do período de fevereiro de 2006 a setembro de 2009. “Nossa função é sempre defender os empregados, e o Santuário Nacional já responde por mais de 50 ações judiciais conjuntas”, afirmou Celso Moreira da Silva, advogado do Sindeturh.Segundo ele, as queixas contra a Basílica envolvem funcionários de todas as hierarquias. “Cerca de 216 já tiveram retorno judicial, mas uns 400 ainda estão na briga”, afirmou ele.Outro lado. Por meio de nota, o Santuário Nacional rebateu as acusações, e afirmou que após condenação judicial, nunca se recusou a pagar pela indenização do vale-refeição. A Basílica também já teria depositado no dia 29 de setembro de 2011, o valor integral referente à condenação.O Santuário alega que buscou há mais de um ano, e insistiu no decorrer de 2011, pela formalização de um acordo que colocaria fim à discussão da dívida de vale- refeição, mas a proposta não teria sido aceita pelo sindicato.Segundo a nota, o Santuário tomará providências jurídicas contra o Sindeturh, que teria publicado ‘inverdades’ em panfletagem feita na última quarta-feira nos portões da Basílica.O Santuário também informou que o Sindeturh não possui qualquer representatividade junto aos funcionários do Templo Mariano-- Sandro Ramos Paes de Carvalho.

Jorge Caetano Fermino



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