Item de NotíciaCampanha Salarial - Indústrias Gráficas e Afins
(Categoria: Geral)
Postado por FTIGESP
05 Novembro 2010 - 14:44:45

Em nova rodada de Negociação patrões radicalizam com proposta de Redução Salarial sem Aumento Real.

A quarta rodada de negociações da Campanha Salarial 2010/2011, capitaneada pela Federação dos Gráficos do Estado de São Paulo e sindicatos filiados, terminou sem acordo com os patrões do SINDIGRAF. A reunião foi realizada na manhã desta quinta-feira, 04 de Novembro, no prédio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP). Uma nova rodada de negociações ficou agendada para o próximo dia 18 de Novembro.

A Campanha Salarial dos Gráficos é unificada e abrange os Sindicatos dos Trabalhadores da Capital, Região Metropolitana e Interior, totalizando cerca de 100 mil funcionários. Na reunião desta quinta-feira, os representantes dos trabalhadores recusaram na mesa a proposta de reajuste de 6,4%, segunda apresentada pelo setor patronal no decorrer da negociação, que foi aberta com um índice de 6%.

Além da proposta econômica considerada ridícula pelos sindicalistas, outra proposta da mesa patronal desagradou muito os representantes dos trabalhadores: o SINDIGRAF propôs a criação de um segundo Piso Salarial, que seria chamado “Piso Diferenciado”. Com a desculpa de criar empregos, a mudança abriria espaço para as empresas reduzirem salários de diversas funções. A proposta foi veementemente rejeitada pelos sindicalistas presentes.

Também não houve avanço na discussão de outras questões econômicas e sociais da pauta de reivindicações apresentada em setembro aos patrões pela Federação. Para o presidente da entidade, Leonardo Del Roy, a mudança da diretoria do SINDIGRAF está causando empecilhos inesperados para o consenso. “A reunião não caminhou o que nos deixa uma nova preocupação, porque o setor patronal, com uma nova diretoria, tem nos colocado situações como fracionamento de faixas de salários, criação de novos pisos, um reajuste salarial muito aquém, no nosso entendimento, da realidade do setor e muito aquém da própria realidade econômica”, disse. Del Roy ressaltou que a situação será levada à categoria, mas que os trabalhadores não estão dispostos a alterar dispositivos já consagrados da atual Convenção Coletiva.

Companheiros Gráficos, diante deste cenário de radicalização proposto pelo setor patronal é necessário estarmos de alerta para se necessário também tomarmos uma posição de radicalizar o processo de negociação, inclusive se necessário teremos que ir a greve.



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