Set 20

Vai completar no próximo mês um ano do último reajuste salarial no jornal

Em 1º de outubro, se depender dos gráficos desse jornal paulista em circulação e do Sindicato da categoria (STIG), a Folha da Manhã deve aumentar o salário de todos. Para isso, a entidade sindical foi conversar direto com os trabalhadores no parque gráfico em Santana do Parnaíba. Em assembleia no início do mês, a primeira de campanha salarial após a posse da nova direção sindical, presidida por Joaquim Oliveira, definiram sua pauta de reivindicação e algumas estratégias diante do cenário atual. Os sindicalistas Mineiro e Lourenço Neto também participaram do debate.

"Os trabalhadores sabem dos desafios. Contudo, independente disso, aos que continuam empregados e em atividade no jornal, um pouco mais de 100 depois do desligamento recente de aproximadamente 70 gráficos, os salários precisam ser reajustados diante da inflação anual, a fim de evitar a perda no poder de compra dos empregados", destacou Joaquim durante a assembleia. Dessa forma, mediante o debate frente a frente com todos, deliberaram que o aumento deve ser no valor a partir de todo o acumulado da inflação do último reajuste (1º de outubro de 2018) até este mês atual.

Enquanto a negociação não é concluída, os menores salários normativos e pisos funcionais dos gráficos do local são de R$ 1.600,10 e de R$ 2.068 respectivamente. O STIG tem garantido ainda remuneração mínima para os trabalhadores que eram terceirizados. Nenhum deles recebe o salário menor que R$ 1.317,31. Todos, por sua vez, ganham PLR e muito mais.

A pauta de reivindicação já foi entregue pelo sindicato a direção do jornal. Além do pleito por uma reposição salarial a partir da inflação anual, ainda foi deliberado a manutenção de todos os direitos pré-existentes no Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) firmado entre o jornal, STIG e trabalhadores.

O ACT, que garante o conjunto de leis superiores à legislação trabalhista (CLT), já tem 104 direitos específicos para os gráficos do jornal Folha da Manhã. Esses direitos são resultados de décadas de lutas em campanha salariais anteriores. E os trabalhadores, acertadamente, não abrem mão das suas conquistas históricas. "Nem nós do STIG. Junto com cada um dos gráficos do local, hoje com 90% de sindicalizados, vamos defender a renovação deste acordo com todos os benefícios lá existentes", destacou Joaquim.

A Federação Paulista dos Gráficos (Ftigesp), órgão que o STIG é filiado, está acompanhando a situação e assessorando o sindicato no processo de renovação do ACT. "Embora a impressa enfrenta um cenário adverso face as novas tecnologias digitais, os trabalhadores que nela continuam devem ter garantidos os seus direitos coletivos e reajuste salarial", fala Leonardo Del Roy, presidente da Ftigesp. Os gráficos do jornal Folha, por exemplo, já demonstraram que estarão junto na luta do sindicato em defesa de seus direitos e remuneração juntos. Juntos somos mais fortes

written by FTIGESP