Set 25
Aumento definido na campanha de 2018 é pra quem ganha acima do piso
No próximo dia 5, o pagamento salarial de setembro dos gráficos do ABC, que ganham acima do piso da categoria (R$ 1.566,40), deve ter reajuste de 5%, mesmo com a campanha salarial 2019 pendente. A data-base da classe é em 1º de outubro. Já o atual reajuste de 5% se trata da campanha de 2018. Na ocasião, ficou definido entre os Sindicatos dos Trabalhadores (STIG) e das Gráficas o referido aumento a partir de 1º de setembro deste ano. Quem ganha o piso, o aumento já foi garantido desde o ano passado.
Em nota para as empresas e trabalhadores, o STIG-ABC alerta a todos que o aumento agora de 5% para quem recebe acima do piso salarial não está condicionado à negociação da campanha salarial pendente. Logo, tal reajuste deve ser aplicado por todas as empresas. Outro alerta é para os gráficos ora demitidos entre 1º de outubro de 2018 até agora. Estes, têm de receber a diferença salarial com base neste percentual. "Deveria ser aplicado para cálculo das verbas rescisórias", informa o comunicado.
Infelizmente, como a nova CLT (lei trabalhista de Temer e seus políticos aliados no Congresso) retirou a obrigação das gráficas homologarem as rescisões contratuais dos empregados no STIG, a entidade não tem como saber se tal diferença salarial de 5% foi incluída nos cálculos das verbas. O sindicato só pode atuar no caso das empresas que levaram a quitação contratual dos trabalhadores para conferência sindical. Portanto, o gráfico precisa ficar atento a esta situação porque ele pode ter dinheiro a receber.
O STIG-ABC conseguiu adiantar o reajuste de 5% para que ganha mais que o piso em 16 grandes indústrias gráficas na região. A entidade fechou Acordos Coletivos de Trabalho (ACT) nestas empresas. São elas: Ápice, Embalagens Flexíveis Diadema, Bemis/Amcor, Nilpel, Valid Soluções, lnterprint, Geográfica, Macron, Conceição Embalagens, Ariall Gráfica, Criasett, Edicolor, Mentor, J'Andrades, Luma e Midas Comunicação.
Direcionada ao conjunto das outras gráficas da região, a nota do sindicato cobra delas o cumprimento deste reajuste definido na Convenção Coletiva de Trabalho da categoria – conjunto de regras que regulamenta o dever dos patrões com os seus funcionários. "Vamos fazer valer nossos direitos e conquistas, obtidos com muita luta e garra (no ano passado)", destaca. Em relação a negociação salarial deste ano, a nota conta que ainda está pendente, estando em andamento as tratativas com o STIG para a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho de 2019 a 2020;