Nov 14
Os sindicatos de trabalhadores das indústrias gráficas no Estado de São Paulo, liderados pela Federação da Categoria (FTIGESP), promoverão paralisações nas empresas do setor até a próxima terça-feira (18) – data que será realizada a quarta rodada de negociação da classe. A decisão foi aprovada pelos órgãos sindicais depois que, na última terça-feira (11), na terceira rodada de negociação, o patronal negou novamente o reajuste salarial com ganho real reivindicado. Os sindicalistas requerem 6% acima da inflação do período anual, mas os empresários não cederam e ainda ofereceram para o PLR um reajuste menor que a inflação.

Ficou definido que os gráficos farão paralisações 'relâmpagos' nos dias que antecedem a realização da quarta rodada de negociação na próxima terça. A estratégia dos sindicalistas é aumentar a pressão no setor patronal para os funcionários conquistarem aumento real. "As mobilizações serão diferentes das feitas até agora", explica Leonardo Del Roy, presidente da FTIGESP. Elas serão mais firmes. Já estão programadas paralisações do trabalho em várias empresas no Estado. O dirigente finaliza dizendo que, se não houver mudança de postura do patronal, a categoria paralisará as máquinas por tempo indeterminado.

Além do reajuste salarial acima da inflação acumulada no período de 1º de novembro de 2013 a 31 de outubro deste ano, a FTIGESP e STIGs reivindicam a manutenção de todas as cláusulas preexistentes na Convenção Coletiva de Trabalho da Categoria. Também requerem uma solução definitiva para a rotatividade de funcionários nas empresas, que cresceu 82% em 2013. E lutam por melhorias nas regras sociais da Convenção. Até o momento, já avançaram em relação ao tempo do benefício do auxílio creche/berçário, ampliando de 24 para 36 meses. O prazo de estabilidade ao emprego maior para a gestante que sofreu um aborto, aumentando de 45 para 60 dias. E um pacote de leite a mais na cesta básica dos trabalhadores.

FONTE: CONATIG

written by FTIGESP