Fev 12
A predisposição de luta dos trabalhadores gráficos do país é um exemplo para todo o movimento sindical internacional. Esta é a posição da UNI Américas, segmento da UNI Global nos continentes americanos, entidade intersindical mundial. A categoria é assim considerada em virtude do perfil combativo na defesa dos direitos da classe, referendada, sobretudo, pelo 7 de fevereiro de 1923, data histórica dos gráficos, onde iniciou a maior greve da categoria, com força e poder de garantir pioneiramente a institucionalização sindical e direitos trabalhistas por meio da constituição da primeira convenção coletiva de trabalho no Brasil. Confira Aqui a carta da UNI Américas enviada à Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias Gráficas (Conatig).

"Após 92 anos, a luta dos gráficos continua sendo um exemplo para todo o movimento sindical internacional", diz Adriana Rosenzvaig, secretaria Regional da UNI Américas. Ela conta que os fatos acontecidos há tanto tempo na categoria são claros exemplos do poder dos trabalhadores quando se juntam na luta pelos seus direitos e se mantêm firmes na defesa do que consideram justo. O reconhecimento feito pela dirigente marca a homenagem da entidade internacional, na qual aConatig integra, referente ao Dia Nacional dos Trabalhadores Gráficos do Brasil.

Marvin Larga Espada, diretor regional da UNI Américas, frisou também a importância da categoria brasileira para o movimento sindical. O dirigente agradeceu aos gráficos pela convicção e forca com que fizeram possível que hoje tantos trabalhadores possam usufruir dos direitos alcançados pelos homens e mulheres corajosos, liderados pelo célebre João da Costa Pimenta, que durante 42 dias mantiveram a greve em 1923. "Falamos do direito fundamental, o direito a formar um sindicato, sem o qual seria quase impossível todos os outros", destaca Espada, lembrando que, com isso, nasceu também a primeira experiência de Convenção Coletiva de Trabalho no Brasil, bandeira pela qual a UNI luta no mundo inteiro.

Além disso, a UNI referendou ainda o perfil aguerrido dos gráficos do país que se perpetuam ao longo do tempo. Rosenzvaig e Espada agradeceram saber que continuam contando com o apoio da categoria na luta pelo sustento dos direitos já conquistados, que hoje mais do que nunca, são sistematicamente atacados pelos empresários. A UNI Américas aproveita para renovar o apoio aos trabalhadores gráficos brasileiros, por meio da Conatig, para irmanados continuarem no caminho da defesa dos trabalhadores e trabalhadoras.

FONTE: CONATIG

written by FTIGESP