Abr 14
Uma cidade e muitas irregularidades trabalhistas podem estar ocorrendo em gráficas de Bragança Paulista. Diversas denúncias têm chegado ao Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Gráfica (Sindigráficos) de Jundiaí, entidade responsável pela defesa dos funcionários dessa área. O fato fez com que o órgão sindical iniciasse diligências em empresas do local. O monitoramento começou pela Graphis Studio e LX de Oliveira.

Na primeira gráfica, há queixas de que não tem sido fornecida a cesta básica e o vale-transporte. E há ainda reclamações de que existe banco de horas irregular. Na segunda empresa até um pacote de leite tem sido negado aos trabalhadores. O produto ainda não havia sido incluído, adicionalmente, na cesta básica, conforme determina a nova Convenção Coletiva de Trabalho da Categoria.

Em relação às denúncias de irregularidades trabalhistas na Graphis, que possui cerca de 50 funcionários, a direção do Sindigráficos foi apurar a procedência delas junto aos trabalhadores diretamente na empresa. As principais reclamações versam sobre a cesta básica e o vale-transporte não fornecidos.

Além disso, existem queixas sobre a implantação ilegal de banco de horas. "Confirmamos a informação e falamos diretamente com o proprietário", diz Leandro Rodrigues, presidente do Sindigráficos. O dirigente informa que o empresário garantiu que já zerou o banco de horas e os gráficos não vão precisar pagar nenhuma hora.

Na ocasião, Rodrigues e o diretor sindical Jurandir Franco reivindicaram uma reunião para negociar um acordo de horário de trabalho, a fim de regulamentar a jornada dos funcionários, resolvendo definitivamente o problema.

Franco aproveita para dizer aos gráficos da Graphis, que se estiverem dispostos a lutar pelos direitos, o Sindigráficos continuará na pressão para a empresa cumprir todas as obrigações trabalhistas.

O dirigente finaliza lembrando que continuará monitorando outras empresas de Bragança e das cidades vizinhas, a fim de garantir os direitos de todos.

"No caso da LX de Oliveira foi confirmado sim que a empresa não incluiu pacote de leite adicional na cesta básica", diz Franco. O sindicalista informa que já falou com a empresa a respeito. A irregularidade foi corrigida no último mês.

A inclusão de mais um pacote de leite foi conquista da campanha salarial do ano passado. Apesar do direito ter sido alcançado há cerca de seis meses, há empresas que continuam sem inserir o produto.Os trabalhadores devem denunciar o caso ao sindicato, que tomará as providências.

FGTS e Seguro-Desemprego garantidos

Depois de penar alguns meses, 57 trabalhadoras da Acrescente, fechada desde o início do ano, conseguiram na Justiça o direto a sacar o FGTS e dar entrada no Seguro-Desemprego. Foi necessário o Sindigráficos entrar na Justiça para garantir o direito dos empregados fazerem a homologação e conseguirem as guias necessárias dos referidos benefícios.

Porém, a luta continua para receberam as verbas rescisórias. Pois a Justiça, através de tutela antecipada, apenas garantiu a obrigatoriedade de liberar as guias do FGTS e do Seguro-Desemprego. O restante dos direitos será batalhado em ações judiciais individuais. O sindicato já realizou o atendimento jurídico de quase 90 por cento deste público.

REFEIÇÃO Outro problema está na empresa D'Arthy. Ela não cumpriu a promessa de fazer o refeitório e oferecer a refeição dos trabalhadores. Esta tem sido uma bandeira de luta frequente do sindicato e dos trabalhadores nos últimos anos.

"Diante de uma forte mobilização dos gráficos no ano passado, a empresa se comprometeu em atender o pleito, já que os funcionários não têm opção de comer no entorno, por se tratar de um condomínio industrial sem opções", diz o sindicalista Marcelo Souza.

O diretor informa que está em cima da empresa para fechar o acordo e alerta os trabalhadores para estarem preparados para um novo embate, se for necessário, até conseguir garantir o benefício.

FONTE: STIG JUNDIAÍ

written by FTIGESP