Em 2014, quando a empresa estava atrasando o pagamento de salário; demitia; não pagava férias vencidas e não recolhia o FGTS (até hoje sem depósito), o Sindicato foi pra cima e os trabalhadores entenderam o recado. Foram dois dias de greve e a campanha "Se demitir paga, se não pagou, parou". O resultado foi um acordo prevendo o pagamento dos salários em dia e pagamento das férias.

Mas bastou os trabalhadores descuidarem um pouco da mobilização que a empresa já volta com as práticas anteriores, desta vez o alvo é a PLR, cuja primeira parcela era para ser paga no dia 10/03.

A empresa propôs ao Sindicato que fizesse um carne para pagamento em quatro parcelas da PLR. Como o Sindicato não aceitou, a empresa reuniu os trabalhadores no auditório e os obrigou a assinar um documento dizendo que era para parcelar o pagamento da PLR e que o Sindicato já tinha concordado. A Prol teve a cara de pau de excluir dessas reuniões o diretor do Sindicato que trabalha na empresa.

"Nós vamos denunciar a Prol no Ministério Público do Trabalho e vamos cobrar o cumprimento de nossa Convenção Coletiva, custe o que custar e doa a quem doer", avisa a diretoria do Sindicato.

Os trabalhadores devem ficar atentos e unidos contra qualquer tentativa da empresa enganá-los para não cumprir suas obrigações.

Foi a mobilização dos trabalhadores junto ao Sindicato que conseguiu reverter o desrespeito com os direitos e será essa mesma mobilização que não permitirá que a empresa volte a atrasar salários, férias e retome o Banco de Horas para não pagar hora-extra.

FONTE: STIG ABC

written by FTIGESP