Mai 19
A denúncia sobre a terceirização de trabalhos gráficos pela empresa Redona começou a ser apurada pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Gráficas de Jundiaí e região (Sindigráficos). Já há duas linhas de investigação que identificou possíveis irregularidades. A primeira é a de que 12 a 15 gráficos estão sendo subcontratados para fazer o serviço na empresa Redoma. A outra suspeita é a existência de uma gráfica, chamada Delri, instalada dentro da própria Redoma. Porém, se esta versão se confirmar, já foi verificado que ela está pagando abaixo do piso salarial, não paga cesta-básica e Participação nos Lucros (PL) e nenhum outro direito da Convenção Coletiva de Trabalho da categoria.

Porém, ainda assim, não foi descartada a possibilidade da Redona estar terceirizando os trabalhos de acabamento. O problema pode afetar os atuais empregos e também cessar as contratações anuais, cerca de 45 novos empregos, no período auge da produção de calendários e de agendas da empresa, que vai do mês de agosto a dezembro.

Assim, o Sindigráficos já entrou com representações junto ao Ministério do Trabalho, para fiscalizar a Redoma e a Delri (se existir). A primeira fiscalização é para analisar a possível terceirização ilegal. A outra é para fazer a Delri se aqdequar a todos os benefícos da Convenção Coletiva.

"A Redoma tem hoje cerca de 100 funcionários, sendo 40 trabalhadoras, onde muitas delas estão no segmento de acabamento, empregos que podem estar ameaçados em função da suposta terceirização", informa Vera Lima, trabalhadora da Redoma. A preocupação dela é que a empresa vá demitindo os funcionários diretos para substituir por ourtos subcontratados, bem como deixe de contratar cerca de 45 trabalhadores temporários para o período de alta produção que já se aproxima.

Verá é dirigente sindical. Assim, ela também se preocupa com os gráficos que, ou supostamente estão subcontratados pela Redoma, ou laboram na Derli, mas que estão a margens dos benefícios da categoria gráfica. "O Sindigráficos já protocolou o caso e está esperando as fiscalizações do Ministério do Trabalho na(s) empresa(s)", informa a dirigente.

NÃO À TERCEIRIZAÇÃO

A terceirização da atividade gráfica é proibida no Brasil. Há uma súmula do Tribunal Superior do Trabalho que impede a subcontratação desse tipo de atividade profissional nas indústrias gráficas brasileiras.

Porém, a terceirização, modalidade de contratação de serviço que trabalha mais tempo, remunera menos, reduz direitos trabalhistas das Convenções e amplia risco de acidentes em comparação aos trabalhadores diretos das empresa, está sendo analisada no Congresso Nacional.

Os deputados já aprovadas o Projeto de Lei 4330 sobre a Terceirização. Falta somente os senadores.

"Os gráficos precisam reagir contra esse atentados aos diretos", critica Leandro Rodrigues, presidente do Sindigráficos. Cada gráfico já deve começar a agir.

A primeira missão é mandar um e-mail aos senadores do Estado de São Paulo, pedindo que barrem o PL da Terceirização. O e-mail da senadora Marta Suplicy é o marta.suplicy©senadora.leg.br. Já o e-mail do senador José Serra (PSDB) é o jose.serra©senador.leg.br e o do Aloysio Nunes (PSDB) é o aloysionunes.ferreira©senador.leg.br.

Outra participação importante dos trabalhadores é votar na enquete que o Senado está fazendo para saber a opinião da população sobre o PL da Terceirização. Clique AQUI e diga se é a favor ou contra o Projeto.

FONTE: STIG JUNDIAÍ

written by FTIGESP