Jun 25
Imprimem, mas não se consideram uma empresa gráfica, ou melhor, não são enquadradas sindicalmente como do setor gráfico. E isso ocorre por uma razão: ganhar dinheiro negando o justo salário e os direitos dos gráficos. Há empresas, como a Alpha Graphics e a Piperaltas Papers das cidades de Jundiaí e Vinhedo respectivamente, que vêm driblando o justo enquadramento. Com isso, os funcionários perdem dinheiro, pois, embora sejam gráficos porque fazem tais funções, deixam de receber pelo serviço, já que estão enquadrados em outra área profissional, onde a remuneração é menor e existem menos direitos em comparação ao do setor gráfico. Para buscar mudar a situação, nesta segunda-feira (22), o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Gráficas de Jundiaí e Região (Sindigráficos) começou um trabalho oficial junto às empresas para tentar garantir que seus empregados sejam gráficos de fato, visto que essa é a atividade profissional deles. Contudo, a ação sindical visa que os trabalhadores sejam considerados gráficos também referente ao direito. Ou seja, a entidade quer que eles recebam os salários (RS 1.240 – piso salarial) e todos os benefícios trabalhistas da classe, a exemplo de cesta básica e auxílio creche e participação nos lucros e resultados.

"Estamos buscando uma solução amigável para o caso, porém, como as empresas não quiseram discutir de pronto, oficializamos a necessidade da realização de uma reunião. O convite foi entregue na segunda", conta Leandro Rodrigues, presidente do Sindigráficos. O dirigente explica que o trabalho de impressão é realizado em ambas as empresas, portanto, devem enquadrar adequadamente seus funcionários como gráficos.

ALPHAA Alpha Graphics é especializada em serviços de gráfica rápida, mas tem máquinas de impressão e de corte – estes que são maquinários comuns do setor das gráficas convencionais. Existem cerca de 15 trabalhadores na empresa, que está enquadrada sindicalmente no setor do Comércio. Já na Piperaltas Papers, que é especializada na impressão de papeis de pipas, há 12 empregados. O sindicato está investigando para descobrir a qual atividade econômica a empresa está enquadrada atualmente.

O próximo passo é mostrar para os empresários a necessidade de fazer a mudança de enquadramento para o setor gráfico, como é justo e deve ser de direito. O Ministério do Trabalho e Emprego tem uma tabela onde define quais funções estão relacionadas as suas atividades econômicas, ou seja, ao setor profissional.

"Neste viés, o serviço realizado por ambas as empresas, enquadram-se perfeitamente dentro do segmento gráfico", ressalta Rodrigues. Assim, o dirigente antecipa que se a Alpha Graphics e a Piperaltas Papers não se convencerem do fato, levaremos o caso para as instâncias judiciais, amparados pela Classificação Nacional de Atividades Econômicas, do Ministério do Trabalho e Emprego.

FONTE: STIG JUNDIAÍ 

written by FTIGESP