Jun 29
Prol, nos últimos anos, tentou de todas as maneiras levar os trabalhadores na conversa fiada, mas não obteve sucesso. Também tentou fazer a mesma coisa com os dirigentes sindicais representantes dos trabalhadores e a princípio alguns chegaram até a acreditar no que dizia a direção da empresa, mas logo perceberam que se tratava de uma artimanha para jogar uns contra os outros.

Agora a Prol Gráfica está querendo fazer um mutirão de encarregados e líderes para pressionar o Sindicato a assinar acordos para demissão de trabalhadores sem pagamento das verbas rescisórias, como fazia até pouco tempo atrás antes dos trabalhadores descobrirem as picaretagens da empresa.

O Sindicato alerta os trabalhadores: Cuidado! A Prol novamente está tentando dar mais um golpe em todos nós. "Fiquem atentos e organizados, por que essa conversa mole de chefes e líderes querendo se comprometer com as responsabilidades da empresa, fazendo promessas e querendo acordos, cheira a passa moleque", afirma o presidente do Sindicato, Isaías Karrara.

Qualquer proposta vinda da Prol requer uma minuciosa análise antes de qualquer aceno a favor. Portanto, muito cuidado com as propostas que vem dessa empresa, cuidado com os documentos que você assina, pois pode estar dificultando a solução do seu próprio problema na empresa.

Sempre as mesmas armadilhas
"Essa empresa sempre faltou com a verdade, é muito difícil encontrar um trabalhador ou prestador de serviço que passou pela Prol e não tenha uma história de insatisfação para contar ou ficou sem receber e teve que reclamar na justiça", comenta o presidente do Sindicato.

No meio empresarial as histórias não são diferentes. "Tem empresa que comprou uma máquina da Prol e só retirou por meio de ação judicial; empresa que perdeu concorrência por que a Prol apresentou preço absurdo; empresas que tiveram clientes roubados pela Prol; faz uso da prática da concorrência predatória; enfim, no meio empresarial gráfico o problema deixou de ser a China e passou a ser a PROL."

Há três anos com pedido de recuperação judicial, a Prol já fez três assembleias de credores e em nenhuma delas o plano apresentado foi aprovado. Na última, em 19 março, foi novamente pedida a suspensão da assembleia, sob alegação de falta de acordo com um fundo de pensão (que é credor e que havia falido e quem cuida da massa falida ainda não tinha chegado a um acordo para poder votar na assembleia). As assembleias anteriores foram suspensas pelas mesmas razões.

E assim segue o imbróglio Prol Gráfica e Editora, a dívida aumentando, as autoridades demorando em fazer a direção da empresa cumprir com suas obrigações, e enquanto isso a empresa vai levando todo mundo no bico, ou melhor, quase todo mundo. Por que nós, do Sindicato dos Trabalhadores Gráficos do ABC, já não acreditamos mais na conversa fiada dessa empresa.

FONTE: STIG ABC

written by FTIGESP