Jul 14

 


A inflação não mais desvalorizará a cesta básica dos 100 trabalhadores da Clicherlux, Magnus Corte e Imagem Cor, todas em Valinhos/SP. Os gráficos passarão a receber o direito com todos os itens alimentícios como diz a Convenção Coletiva de Trabalho da categoria. Os produtos devem ser entregues na segunda-feira (20). As três empresas decidiram aceitar a posição da maioria dos funcionários para entregar a própria cesta ao invés de continuar pagando um vale alimentação que estava defasado com base na inflação. O valor pago apenas dava para comprar metade da cesta nos supermercados da região, conforme uma pesquisa realizada pela entidade de classe (Sindigráficos). O Sindicato tomou esta iniciativa, já que há meses vinha negociando com as empresas para garantir o benefício integral. E foi isso que ocorreu após a pressão sindical: ou as empresas teriam que aumentar o vale alimentação de R$ 50 (pago atualmente) para R$ 89 (média do valor dos itens da cesta nos supermercados), ou entregar a cesta básica com todos os alimentos definidos pela Convenção. Embora as empresas, que pertencem ao mesmo grupo econômico, mostraram-se dispostas a elevar o vale em 30 por cento, o valor final continuaria abaixo dos R$ 89. Assim, na assembleia promovida pelo Sindicato na terça-feira (7), a maioria dos empregados recusaram o vale alimentação abaixo do valor que trata a Convenção. Eles decidiram que, a partir deste mês, querem receber a cesta básica.

"O Sindigráficos sempre defenderá os gráficos para fazer valer o direito alcançado", comemora Valdir Ramos, dirigente do Sindicato. A cesta básica é um benefício conquistado após muita luta da categoria, incluída na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) e deve ser garantida, seja com a entrega de todos os itens alimentícios, seja pelo vale alimentação no valor correspondente para comprar tais alimentos no supermercado, que, atualmente, correspondente a R$ 89 em média, conforme pesquisa feita recentemente pelo Sindigráficos nos principais estabelecimentos comerciais da cidade de Valinhos, no interior de São Paulo.

O dirigente explica que o que não pode acontecer é a empresa fazer um orçamento da cesta no preço de atacado, que é menor porque ela compra muitas, e querer repassar este mesmo valor de atacado em vale alimentação para os funcionários, pois estes comprarão os alimentos no valor de varejo, que é sempre mais caro, porque a compra é pequena, é individualizada. E era isso o que as empresas Clicherlux, Magnus Corte e Imagem Cor queriam fazer. Queriam pagar só R$ 65 no vale – equivalente ao preço da cesta básica no atacado. Por isso, os gráficos preferiram a cesta.

"Defendemos a posição da maioria dos funcionários das três empresas em relação a preferir a cesta básica em produtos alimentícios ", ressalta Jurandir Franco, dirigente do Sindigráficos que também acompanhou a questão deste o início. Ele explica que optar pela cesta traz dois ganhos: social e econômico.

A vantagem social é na garantia do alimento entrar na casa da família do trabalhador. E o benefício econômico é a certeza de não ver a cesta ser desvalorizada pela inflação, já que os alimentos da cesta são entregues pelo empresário obrigatoriamente, diferente do que ocorre com o vale alimentação, pois o valor não é reajustado de forma automática pelo empresários, mas somente depois de denúncia dos funcionários e da pressão sindical em cima.

O Sindigráficos informa que na próxima segunda-feira (20) estará indo nas três empresas para conferir se as cestas básicas foram distribuídas com os funcionários, conforme determina da Convenção Coletiva de Trabalho da categoria.

FONTE: STIG JUNDIAÍ 

written by FTIGESP