Ago 20

 


Os trabalhadores gráficos nas empresas da Baixada Santista e do grande ABC, por meio dos sindicatos laborais (STIG Santos e ABC), entregam a pauta de reivindicação salarial ao setor patronal na última semana. Os STIGs ainda não tiveram retorno dos empresários, mesmo com a proximidade da data-base da categoria, que é em 1º de setembro. Os gráficos querem um reajuste de 15 por cento no piso salarial, o que corresponde ao valor de quase dois salários mínimos do País. Para as demais faixas salariais da categoria, reivindica-se a recomposição da inflação do último ano e mais 3 por cento. E também uma elevação de 25 por cento para o piso salarial diferenciado, que corresponde aos pagos nas gráficas rápidas e reprografias. A pauta quer ainda estender o direito do recebimento do piso salarial pelos aprendizes do Senai aos jovens da Rede Cidadã, Camping, Nube, Ciee e etc..

"A pauta foi entregue no dia 6 ao presidente do Sindicato Patronal que representa as indústrias gráficas da Baixada Santista e grande ABC, Antônio Simões. Esperamos avançar nas negociações", ressalta Jorge Caetano, presidente do STIG Santos. Também assina a mesma pauta o presidente do STIG ABC, Isaías Karrara. Além dos salários, os sindicalistas reivindicam a melhoria noutras questões, a exemplo do aumento do valor da Participação nos Lucros e Resultados das empresa (PLR) e o auxílio para pais que têm filhos portadores de necessidade especiais. Em ambos benefícios, os STIGs querem o recomposição das perdas com a inflação dos últimos 12 meses.

Outros dois pontos de pauta apresentadas versam sobre o vale compra / alimentação e os dias de ausências remuneradas. Neste último, os STIGs Santos e ABC reivindicam ampliar os dias para 12 faltas anuais, para acompanhar os filhos de até 12 anos, e, sem limite de idade, quando se tratar de filhos excepcionais. Em relação ao vale compra/alimentação, a reivindicação é de que não haja mais exclusão de beneficiários. "Hoje quem recebe mais de R$ 3 mil fica excluído do direito", questiona Caetano, pleiteando a justa inclusão de todos no vale compra/alimentação.

A pauta apresenta ainda outras questões, mas são poucos itens. Os STIGs optaram por uma pauta enxuta em razão da atual crise financeira que passa o Brasil, entendendo as dificuldades enfrentadas pela classe patronal. Os sindicalistas esperam que o patronal faça o mesmo gesto de maturidade e entenda e atenda o pleito dos trabalhadores, sem maiores dificuldades. "A pauta já está enxuta, só não vamos admitir que o patrão queira passar todo o peso da crise nas costas dos trabalhadores, que é a parte mais frágil financeiramente, embora seja a parte mais relevante da produção", fala Caetano, explicando que, até porque, quando não existe crise, todo o lucro não é dividido com os seus empregados, simples assim.

FONTE: CONATIG 

written by FTIGESP