Jul 01
Embora não pareça, o barulho é uma das principais causas de morte no mundo todo, segundo a OMS. Calcula-se que milhares de pessoas morrem anualmente vítimas deste problema.
A música, a palavra e a voz consomem grande parte de nossas vidas. Um mundo sem som seria triste, mas seu excesso também não é agradável. Tudo deve estar na medida certa: assim é o que determina a Organização Mundial da Saúde (OMS), que acaba de elaborar um relatório sobre a poluição acústica denunciando o aumento no número de mortes provocadas pelo barulho ao longo do planeta.
Segundo o relatório, publicado na revista "New Scientist", estes desagradáveis sons acabam com a vida de milhares de pessoas no mundo todo. É um problema grave, que ainda não recebeu a atenção necessária.
De acordo com os autores do estudo, a exposição a níveis de barulho superiores aos 50 decibéis representa cerca de 210.000 do total de mortes provocadas por ataques cardíacos anualmente.
Mas o barulho também nos traz toda uma série de males à nossa vida cotidiana, entre os quais se destacam a perda de capacidade auditiva, insônia, estresse, falta de concentração, problemas cardiovasculares, depressão e até impotência sexual ou problemas no feto das mulheres grávidas.
América Latina, cada vez mais exposta ao barulho.
A OMS adverte que a América Latina está cada vez mais exposta ao barulho. Apesar de os países latino-americanos e caribenhos terem normas para evitar o barulho prejudicial, sejam elas severas ou não, quase ninguém as cumpre, e o problema persiste na maioria dos espaços públicos da região.
Música alta, construções, tráfego de veículos, ofertas de produtos de lojas através de alto-falantes e até a pregação religiosa - que costuma contar com potentes equipamentos de som- fazem parte do panorama em cidades como Rio de Janeiro, São Paulo, Assunção, Caracas, Guayaquil, Lima, La Paz , Montevidéu, Quito, San Salvador, Santo Domingo e Tegucigalpa.
A Cidade do México é uma das localidades que apresenta mais poluição industrial, visual e sonora em todo o mundo. Sua legislação estabelece o nível máximo de barulho de 85 decibéis em discotecas, restaurantes e salões de festas - número muito superior ao recomendado pela OMS.
Mas outras cidades latino-americanas também estão muito longe de cumprir as recomendações, como Buenos Aires e Santiago do Chile.
Na capital argentina, por exemplo, os 80 decibéis são facilmente superados a qualquer hora do dia, enquanto em Santiago do Chile, o barulho alcançou os 81 em algumas ruas do centro desde que começou o novo sistema de transportes público "Transantiago", através do qual apenas 16% da população não corre o risco de sofrer algum grau de perda auditiva.
Barulho também assola Europa
Os altos níveis de barulho também são um problema para a Europa. Segundo a revista, anualmente são perdidos mais de 600.000 anos potenciais de vida sadia por culpa de doenças envolvedo o excesso de barulho. Além disso, a mania dos europeus mais jovens de ouvir música alta faz com que quase 2% dos habitantes entre sete e 19 anos já tenham perdido parte de sua capacidade auditiva.
Mas o barulho também está por trás dos graves distúrbios do sono que afetam 2% dos europeus e de 3% dos casos de tinnitus - um fenômeno de personalidade perceptiva caracterizado por contínuos assobios nos ouvidos - que afetam aos cidadãos europeus.
Com isso, é preciso tomar consciência sobre o assunto e denunciar todos aqueles que infringem a lei e colocam em risco a nossa saúde.
Barulho no Brasil.
Basta andar pelas ruas das principais capitais do país para percebermos que nossos ouvidos são alvos dos mais diversos ataques sonoros. Num país onde o direito do cidadão praticamente não é respeitado, temos grandes chances de termos ao longo do tempo perda auditiva, mas algo que as vezes passa em branco e não pode ser ignorado são as doenças causadas pelo stress sonoro que enfrentamos todos os dias.
Tenho visto ultimamente uma grande quantidade de jovens munidos de MP3 e o mais recente MP4. A geração IPOD deve tomar cuidado onde escutar musica, geralmente usamos esses aparelhos em lugares que já tem um lato indice de poluição sonora e para compensar, usa-se o volume desses aparelhos praticamente no máximo, o que com o uso diário e por longos períodos com certeza causará perda auditiva. "Tenho um IPOD e geralmente estava usando durantes minhas viagens de final de semana com o Convicção Trio, sempre que chegava, principalmente a noite, um zumbido constante permancia em meus ouvidos". Por causa do barulho do ônibus ou do transito estava usando o volume do meu IPOD em80% e as vezes 100%.
Zumbido no ouvido causado pelo excesso de barulho
Muitos pacientes que têm história de exposição a ruído apresentam zumbido. O barulho pode ser a causa mais provável do zumbido e este pode ou não ocorrer simultaneamente com perda auditiva. A maior parte dos pacientes que apresenta zumbido também tem problemas auditivos, mas uma pequena porcentagem (menos de 10%) tem audição dentro dos limites da normalidade.
O zumbido como resultado de exposição a ruído pode ocorrer súbita ou muito gradativamente. Quando ocorre subitamente, é freqüentemente percebido a uma intensidade razoavelmente alta e pode persistir nesse nível permanentemente. Entretanto, para outros, o zumbido é temporário e não retorna mais.
Mais comumente, o aparecimento do zumbido induzido por ruído é gradual e intermitente em seus estágios precoces. Os pacientes referem escutar um padrão médio de zumbido por um curto período de tempo após uma exposição prolongada a sons intensos. Uma vez que o paciente deixa de escutar a fonte do ruído, o zumbido desaparece rapidamente e se torna inaudível até a próxima exposição. Este padrão intermitente freqüentemente continua por meses ou anos com períodos de zumbido se tornando cada vez mais longos. Se a exposição ao barulho continua, o zumbido freqüentemente aumenta de volume e torna-se constante.
A maioria dos pacientes que tem uma longa história de exposição a ruído refere um zumbido que é tonal em qualidade e de alta freqüência, que se assemelha aos tons externos acima de 3000 Hz.
Programa de conservação da audição
Afastar-se do barulho o máximo possível.
Usar protetor auditivo individual quando o barulho for inevitável ou não puder ser paralisado.
Reduzir o tempo que você se expõe ao barulho.
Reduzir o barulho em sua fonte.
Como o zumbido afeta você.
É comum para as pessoas com zumbido notarem um aumento nos seus zumbidos enquanto estão expostos ao barulho. Em função disto referem que não podem freqüentar locais populares, tais como concertos musicais, danças, festas e eventos esportivos. Elas não podem usar cortador de grama, serras, aspiradores de pó, processadores de comida, ferramentas elétricas e armas de fogo. Algumas pessoas tiveram que abandonar seus empregos ou mudar de função por causa do barulho relacionado ao trabalho. Num curto período de tempo após terem se afastado de suas funções, elas percebem que seus zumbidos retornaram aos seus níveis originais.
Consequencias a sáude a exposição a altos ruídos.
O barulho é conhecido por ter efeitos nocivos não somente sobre a audição, causando estresse em todo o sistema circulatório, respiratório e digestivo. Exposição prolongada ao ruído pode causar dores de cabeça, cansaço e elevação da pressão arterial. O barulho pode interferir no aprendizado de crianças e até mesmo afetar uma criança por nascer.
Se você contribuir para a redução do ruído em seu ambiente, cada órgão de seu corpo, assim como das demais pessoas ao seu redor, estarão sendo beneficiadas.
A música, a palavra e a voz consomem grande parte de nossas vidas. Um mundo sem som seria triste, mas seu excesso também não é agradável. Tudo deve estar na medida certa: assim é o que determina a Organização Mundial da Saúde (OMS), que acaba de elaborar um relatório sobre a poluição acústica denunciando o aumento no número de mortes provocadas pelo barulho ao longo do planeta.
Segundo o relatório, publicado na revista "New Scientist", estes desagradáveis sons acabam com a vida de milhares de pessoas no mundo todo. É um problema grave, que ainda não recebeu a atenção necessária.
De acordo com os autores do estudo, a exposição a níveis de barulho superiores aos 50 decibéis representa cerca de 210.000 do total de mortes provocadas por ataques cardíacos anualmente.
Mas o barulho também nos traz toda uma série de males à nossa vida cotidiana, entre os quais se destacam a perda de capacidade auditiva, insônia, estresse, falta de concentração, problemas cardiovasculares, depressão e até impotência sexual ou problemas no feto das mulheres grávidas.
América Latina, cada vez mais exposta ao barulho.
A OMS adverte que a América Latina está cada vez mais exposta ao barulho. Apesar de os países latino-americanos e caribenhos terem normas para evitar o barulho prejudicial, sejam elas severas ou não, quase ninguém as cumpre, e o problema persiste na maioria dos espaços públicos da região.
Música alta, construções, tráfego de veículos, ofertas de produtos de lojas através de alto-falantes e até a pregação religiosa - que costuma contar com potentes equipamentos de som- fazem parte do panorama em cidades como Rio de Janeiro, São Paulo, Assunção, Caracas, Guayaquil, Lima, La Paz , Montevidéu, Quito, San Salvador, Santo Domingo e Tegucigalpa.
A Cidade do México é uma das localidades que apresenta mais poluição industrial, visual e sonora em todo o mundo. Sua legislação estabelece o nível máximo de barulho de 85 decibéis em discotecas, restaurantes e salões de festas - número muito superior ao recomendado pela OMS.
Mas outras cidades latino-americanas também estão muito longe de cumprir as recomendações, como Buenos Aires e Santiago do Chile.
Na capital argentina, por exemplo, os 80 decibéis são facilmente superados a qualquer hora do dia, enquanto em Santiago do Chile, o barulho alcançou os 81 em algumas ruas do centro desde que começou o novo sistema de transportes público "Transantiago", através do qual apenas 16% da população não corre o risco de sofrer algum grau de perda auditiva.
Barulho também assola Europa
Os altos níveis de barulho também são um problema para a Europa. Segundo a revista, anualmente são perdidos mais de 600.000 anos potenciais de vida sadia por culpa de doenças envolvedo o excesso de barulho. Além disso, a mania dos europeus mais jovens de ouvir música alta faz com que quase 2% dos habitantes entre sete e 19 anos já tenham perdido parte de sua capacidade auditiva.
Mas o barulho também está por trás dos graves distúrbios do sono que afetam 2% dos europeus e de 3% dos casos de tinnitus - um fenômeno de personalidade perceptiva caracterizado por contínuos assobios nos ouvidos - que afetam aos cidadãos europeus.
Com isso, é preciso tomar consciência sobre o assunto e denunciar todos aqueles que infringem a lei e colocam em risco a nossa saúde.
Barulho no Brasil.
Basta andar pelas ruas das principais capitais do país para percebermos que nossos ouvidos são alvos dos mais diversos ataques sonoros. Num país onde o direito do cidadão praticamente não é respeitado, temos grandes chances de termos ao longo do tempo perda auditiva, mas algo que as vezes passa em branco e não pode ser ignorado são as doenças causadas pelo stress sonoro que enfrentamos todos os dias.
Tenho visto ultimamente uma grande quantidade de jovens munidos de MP3 e o mais recente MP4. A geração IPOD deve tomar cuidado onde escutar musica, geralmente usamos esses aparelhos em lugares que já tem um lato indice de poluição sonora e para compensar, usa-se o volume desses aparelhos praticamente no máximo, o que com o uso diário e por longos períodos com certeza causará perda auditiva. "Tenho um IPOD e geralmente estava usando durantes minhas viagens de final de semana com o Convicção Trio, sempre que chegava, principalmente a noite, um zumbido constante permancia em meus ouvidos". Por causa do barulho do ônibus ou do transito estava usando o volume do meu IPOD em80% e as vezes 100%.
Zumbido no ouvido causado pelo excesso de barulho
Muitos pacientes que têm história de exposição a ruído apresentam zumbido. O barulho pode ser a causa mais provável do zumbido e este pode ou não ocorrer simultaneamente com perda auditiva. A maior parte dos pacientes que apresenta zumbido também tem problemas auditivos, mas uma pequena porcentagem (menos de 10%) tem audição dentro dos limites da normalidade.
O zumbido como resultado de exposição a ruído pode ocorrer súbita ou muito gradativamente. Quando ocorre subitamente, é freqüentemente percebido a uma intensidade razoavelmente alta e pode persistir nesse nível permanentemente. Entretanto, para outros, o zumbido é temporário e não retorna mais.
Mais comumente, o aparecimento do zumbido induzido por ruído é gradual e intermitente em seus estágios precoces. Os pacientes referem escutar um padrão médio de zumbido por um curto período de tempo após uma exposição prolongada a sons intensos. Uma vez que o paciente deixa de escutar a fonte do ruído, o zumbido desaparece rapidamente e se torna inaudível até a próxima exposição. Este padrão intermitente freqüentemente continua por meses ou anos com períodos de zumbido se tornando cada vez mais longos. Se a exposição ao barulho continua, o zumbido freqüentemente aumenta de volume e torna-se constante.
A maioria dos pacientes que tem uma longa história de exposição a ruído refere um zumbido que é tonal em qualidade e de alta freqüência, que se assemelha aos tons externos acima de 3000 Hz.
Programa de conservação da audição
Afastar-se do barulho o máximo possível.
Usar protetor auditivo individual quando o barulho for inevitável ou não puder ser paralisado.
Reduzir o tempo que você se expõe ao barulho.
Reduzir o barulho em sua fonte.
Como o zumbido afeta você.
É comum para as pessoas com zumbido notarem um aumento nos seus zumbidos enquanto estão expostos ao barulho. Em função disto referem que não podem freqüentar locais populares, tais como concertos musicais, danças, festas e eventos esportivos. Elas não podem usar cortador de grama, serras, aspiradores de pó, processadores de comida, ferramentas elétricas e armas de fogo. Algumas pessoas tiveram que abandonar seus empregos ou mudar de função por causa do barulho relacionado ao trabalho. Num curto período de tempo após terem se afastado de suas funções, elas percebem que seus zumbidos retornaram aos seus níveis originais.
Consequencias a sáude a exposição a altos ruídos.
O barulho é conhecido por ter efeitos nocivos não somente sobre a audição, causando estresse em todo o sistema circulatório, respiratório e digestivo. Exposição prolongada ao ruído pode causar dores de cabeça, cansaço e elevação da pressão arterial. O barulho pode interferir no aprendizado de crianças e até mesmo afetar uma criança por nascer.
Se você contribuir para a redução do ruído em seu ambiente, cada órgão de seu corpo, assim como das demais pessoas ao seu redor, estarão sendo beneficiadas.