Abr 11
Começa a surgir os primeiros bons resultados do trabalho realizado pela Federação nas Indústrias Gráficas do Estado de São Paulo (FTIGESP) sobre o enquadramento sindical de empresas que fazem trabalho gráfico, mas não querem pagar salário e direitos de seus funcionários como tais. Após reuniões com o dono da Emcoplas, localizada em São José dos Perdões, a empresa passará a pagar seus 30 empregados enquanto gráficos. Com isso, o salário será maior e terão mais benefícios, como cesta básica, hora-extra maior, participação dos lucros e resultados e etc, conforme determina a convenção coletiva de trabalho dos gráficos.

Desde 1º de abril, conforme definiu a negociação entre as partes, os 30 trabalhadores da Emcoplas, que atua com serviço gráfico especializado em sapatos, passam a receber salário e direitos como gráficos que são. O piso salário da categoria é de R$ 1.414.60. "Ninguém poderá receber menos que isso", alerta Leonardo Del Roy, presidente da FTIGESP. A Emcoplas agora está enquadrada pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Gráficas de Jundiaí (Sindigráficos). Antes, era enquadrada junto à Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias.

"Agradecemos toda a assistência da FTIGESP nesta ação que resultou positivamente no enquadramento da Emcoplas, garantindo melhores, maiores e justas remunerações e benefícios dos gráficos da empresa", diz Leandro Rodrigues, presidente do Sindigráficos. O dirigente lembra que a Federação visitou a empresa e analisou in loco todo o sistema produtivo, mostrando para o empresário todas as características de uma indústria gráfica e o necessário e respectivo enquadramento sindical.

No ano passado, outra empresa na região de Jundiaí foi enquadrada por meio da colaboração direta da FTIGESP. A ação sindical foi realizada na empresa Impressão, localizada na cidade de Amparo. "A justiça foi feita em favor de 40 trabalhadores gráficos desta empresa, que não recebiam o salário e direitos devidos" lembra Del Roy. O sindicalista ratifica que o projeto de enquadramento sindical em todo o Estado deve continuar, inclusive o novo trabalho voltado para as gráficas rápidas e empresas de comunicação visual. Mais de 50 mil empregados laboram nestes locais.

written by FTIGESP