Ago 31
A crise econômica mundial e as turbulências recentes
Há quatro anos – desde agosto de 2007, quando o DIEESE divulgou a Nota Técnica 48, "A turbulência financeira mundial e a conjuntura dos próximos meses", os problemas econômicos internacionais têm sido observados pela equipe do Departamento. Esta nota técnica tem como objetivo analisar brevemente a situação da economia mundial no período recente e fazer algumas considerações sobre como o novo aguçamento dessa crise pode afetar a trajetória da economia brasileira no próximo período.
Este texto retoma a linha de análise de duas notas técnicas anteriores - 48, de agosto de 2007 e a de número 78, de novembro de 2008, intitulada "A crise financeira recente: fim de um padrão de funcionamento da economia mundial?", que trouxe considerações sobre a crise financeira no segundo semestre de 2008, evidenciada a partir da quebra do banco de investimentos norte americano Lehman Brothers. Seguindo essa linha de análise, a crise atual não é uma novidade, mas a continuação de uma situação explicitada a partir de 2007, e que teve o seu momento mais agudo, até aqui, ao longo do segundo semestre de 2008.
Acesse a íntegra do trabalho aqui ou direto no site do DIEESE: www.dieese.org.br.

Inadimplência das empresas cresce 4,5% de junho para julho
São Paulo - A inadimplência de pessoas jurídicas teve alta de 4,5% em julho na comparação com o mês anterior, de acordo com levantamento divulgado hoje (30) pela consultoria Serasa Experian. Em relação a julho de 2010, houve aumento de 16,1%. Se considerado o acumulado de janeiro a julho de 2011, a alta chega a 13,6% em relação ao mesmo período do ano anterior.
O valor médio das dívidas, no acumulado de janeiro a julho de 2011, também teve elevação. Débitos não bancários, como pagamento a prestadoras de serviços e lojas em geral, apresentaram um crescimento de 0,3% em comparação a igual período do ano anterior, com valor médio de R$ 736,26. Dívidas com bancos tiveram alta de 6,9% e valor médio de R$ 5.059,40. Para títulos protestados, a elevação foi 7,7%, com valor médio de R$ 1.752,53. Os cheques sem fundos tiveram crescimento de 2,2% e valor médio de R$ 2.069,58.
Segundo economistas da Serasa, a política monetária restritiva, com aumento de juros para controle da inflação, é determinante para a inadimplência das pessoas jurídicas. Para eles, as empresas são prejudicadas pelo encarecimento do capital de giro e pela desaceleração da atividade econômica. Fonte: Agencia Brasil

Cresce a reciclagem de PET no Brasil
O volume de PET reciclado em 2010 cresceu 7,6% em relação ao ano anterior. Foram 282 mil toneladas de embalagens pós-consumo que receberam destinação adequada no ano passado sobre as 262 mil toneladas registradas em 2009. Os números fazem parte do 7º Censo da Reciclagem do PET no Brasil, divulgado na última terça-feira (23/8) pela Associação Brasileira da Indústria do PET (Abipet). O levantamento indica que a alta demanda pelo PET reciclado continua garantindo a sustentabilidade, inclusive econômica, da atividade. No entanto, também mostra que ainda é grande a dificuldade da indústria para ter acesso à embalagem pós-consumo, que muitas vezes não tem a destinação adequada. O Censo mostra que o Brasil dá a destinação adequada a 56% do total de embalagens PET consumidas. Esse material reciclado alimenta uma indústria diversificada, onde o maior usuário continua sendo o setor têxtil, com 38% do total reciclado. Em seguida estão as resinas insaturadas e alquídicas (19%), embalagens (17%), laminados e chapas (8%), fitas de arquear (7%), tubos (4%) e outros (7%). Fonte: EmbalagemMarca

Dificuldade de manuseio pode prejudicar consumo
Quem sofre um "acidente de consumo" e se machuca tentando abrir uma embalagem poderá nunca mais comprar o produto. Esse foi um dos pontos abordados no Encontro Internacional de Inovação, com o tema Design Universal, organizado pela Associação Brasileira de Embalagem (Abre), em São Paulo. Uma das palestrantes do evento, a coordenadora do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), Lisa Gunn, citou uma pesquisa feita pelo instituto para demonstrar o que o consumidor quer da embalagem: segurança, praticidade e sustentabilidade. Além disso, ela deve esclarecer se foi feita com material reciclado – e se é reciclável. Entre as embalagens mais difíceis de serem manuseadas, foram indicados os vidros com tampa metálica e lacre, e as de vinagre – já que o lacre tipo "fita" se quebra e a pessoa tenta abrir a tampa até com os dentes. As embalagens de CDs e DVDs também ganharam destaque. Fonte: Abre

Planos de saúde deverão ressarcir ao SUS atendimentos de alto custo
SÃO PAULO – Os planos de saúde deverão ressarcir o SUS (Sistema Único de Saúde) quando seus beneficiários passarem por atendimento ambulatorial de alta complexidade na rede pública.
De acordo com o ministério da Saúde, essa foi uma das medidas anunciadas pelo ministro da pasta, Alexandre Padilha, no sentido de ampliar e dar mais agilidade ao processo de ressarcimento ao SUS pelos planos particulares.
Novas medidas
Os atendimentos incluídos, conhecidos como Apacs (atendimentos ambulatoriais de alta complexidade), são a quimioterapia (tratamento do câncer), acompanhamento em saúde mental e o atendimento em Hospital Dia. O reembolso permanece sendo solicitado pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar).
Outra medida anunciada é que os recursos arrecadados pela ANS sejam repassados ao FNS (Fundo Nacional de Saúde), de acordo com a lei federal número 12.469, publicada no DOU (Diário Oficial da União). Padilha afirmou que essa medida é importante no sentido de garantir que os recursos arrecadados retornem aos SUS e sejam reaplicados para beneficiar a população.
Antes da nova medida, os valores eram encaminhados aos gestores do SUS, que os transferiam à unidade de saúde prestadora do serviço. Com a mudança, os valores cobrados vão para o Fundo. Atualmente, a agência possui em caixa R$ 62 milhões em ressarcimento ainda não transferidos aos estados. O montante será creditado ao FNS.
Valor mínimo de cobrança
A nova lei também prevê que a ANS defina critérios para a criação de um valor mínimo de cobrança. Este mecanismo servirá para evitar a cobrança de procedimentos que possuem um “custo administrativo de cobrança” maior do que o próprio valor de ressarcimento a ser obtido.
Padilha pontuou que este conjunto de medidas, em conjunto com as ações já adotadas, ajudará a reduzir o tempo entre o atendimento realizado pelo SUS e sua cobrança à operadora de plano de saúde. Em 2010, por exemplo, esse período chegava a dois anos. A expectativa do ministro é de que, em 2012, não haja mais defasagem entre o atendimento e a cobrança. Fonte: Infomoney

Brasil: crise mundial pode colocar o Brasil entre as nações líderes, diz Pimentel
SÃO PAULO – A recente crise mundial tem colocado o País em uma posição privilegiada frente ao mercado internacional. Contudo, para que o Brasil possa se destacar como uma possível nação líder, muito ainda precisa ser feito, especialmente no que diz respeito à recuperação da competitividade da indústria nacional.
Segundo o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, para se destacar, o País precisaria apresentar um mercado interno forte, além de recursos naturais abundantes, possibilidades tecnológicas e segurança institucional. “Nenhuma nação líder se constrói sobre uma indústria fraca”, argumenta.
Otimismo brasileiro
O governo brasileiro segue otimista quanto às chances do Brasil não ser afetado pela crise mundial. “Não haverá outro País melhor para sair dela que o nosso. Não faço essa avaliação com otimismo exagerado, mas pela simples análise dos dados que temos”, alegou o ministro.
Ao que consta, tamanho favorecimento se dará em virtude da política fiscal nacional - considerada superior à de outras nações. “Somos um dos poucos países do G20 com deficit nominal abaixo de 2% [do Produto Interno Bruto]. Há cinco ou seis países do mundo que têm esse emblema para mostrar”, disse.
Competitividade em foco
Para aumentar a competitividade e a produtividade da indústria nacional,o governo atuará dentro das ações do Plano Brasil Maior nas áreas de inovação, produção e defesa comercial.
“Estamos preparados, mas isto não significa que a solução já esteja dada. Precisamos de soluções para os desafios que estão sendo colocados”, argumentou o ministro. Segundo a Agência Senado, ao defender a preferência por produtos nacionais nas compras governamentais, o ministro citou os Estados Unidos, que adotam a política Buy American Act, que restringe as aquisições de produtos estrangeiros para uso interno naquele país. Fonte: Infomoney

Jorge Caetano Fermino

written by FTIGESP