Abr 10
Patrões agridem Dirigente Sindical
É com grande revolta e indignação que a UGT/SC divulga a todos os Sindicatos Filiados, a todo Movimento Sindical Catarinense e Nacional, a agressão sofrida pela Dirigente Sindical da UGT/SC, Sra. Zeli da Silva, Presidenta do Sindicato dos Trabalhadores de Fiação, Tecelagem e do Vestuário de Rio do Sul e Alto Vale do Itajaí (SITITEV), na tarde do dia 4 de abril, na cidade de Agrolândia/SC.Zeli foi brutalmente agredida a pauladas, diante dos trabalhadores e trabalhadoras da empresa RG Confecções, em Agrolândia, por Gislaine Batista Marinho Markewicz e por seu marido, Roberto Markewicz, responsáveis pela empresa.Nós da Diretoria Gestora, bem como todas as entidades filiadas a Central nos solidarizamos e estamos providenciando um manifesto em apoio a Companheira Zeli, contra a atitude covarde desses empresários.Solicitamos a todos (as) os (as) Sindicatos filiados a UGT e as demais Centrais Sindicais para que se engajem nesse manifesto, coletando o maior número possível de assinaturas para que o mesmo seja enviado ao Ministério Público e também anexado ao processo contra os agressores.Lembramos que esse atentado não feriu apenas uma companheira no exercício de suas obrigações enquanto Dirigente Sindical, mas feriu profundamente todo Movimento Sindical Brasileiro.Precisamos banir as práticas antissindicais e toda forma de violência contra seus Dirigentes. Por isso, (a Diretoria Gestora da UGT/SC, juntamente com todos os Dirigentes dos Sindicatos Filiados, estarão na semana que vem, após o feriado de Páscoa, na cidade de Agrolândia/SC. Promoveremos uma grande demonstração de união, força e solidariedade. Vamos nos concentrar em frente à empresa onde aconteceu a agressão a companheira Zeli. Será uma grande manifestação contra essa e todo tipo de violência; contra a afronta de patrões ao Movimento Sindical Catarinense)! Fonte: UGT

Senador conclama uma cruzada pela segurança no trabalho
Brasília/DF - O senador Paulo Paim (PT-RS), presidente da Comissão de Direitos Humanos e Cidadania (CDH) do Senado, quer realizar, como ele mesmo denomina, uma cruzada nacional de combate aos acidentes e doenças do trabalho no País. O senador vai organizar um seminário nacional sobre o tema, no Senado Federal, para debater a segurança do trabalhador e buscar soluções. "A situação da segurança do trabalhador hoje é gravíssima. E é um assunto que não tem recebido a atenção devida das autoridades competentes", reclamou Paim.
O senador quer reunir representantes das centrais sindicais, do empresariado, do governo e dos Poderes Legislativo e Judiciário. O objetivo é manter o tema em destaque para sensibilizar as autoridades.
Hoje, no Brasil, cerca de três mil trabalhadores morrem por ano em acidentes de trabalho. De acordo com as centrais sindicais, esse número pode chegar a 10 mil por ano, porque as estatísticas só contabilizam os trabalhadores devidamente registrados, deixando de lado aqueles que trabalham por conta própria, os terceirizados e os informais. Os acidentes de trânsito, que provocam até 40 mil mortes por ano, também não são compilados nas estatísticas de acidentes de trabalho.
Doenças
Hoje, existem cerca de 200 doenças vinculadas ao trabalho, que matam ou incapacitam os trabalhadores. Na audiência pública, realizada nesta quinta-feira (15/03), na Comissão de Direitos Humanos, os trabalhadores denunciaram os frigoríficos de frangos, que estabelecem metas de produção pesadas para os trabalhadores.Um deles, o Seara, chega a exigir que cada trabalhador desosse de quatro a seis peitos de frango por minuto.
Durante a audiência pública, foi debatido também o acidente no curtume de Bataguassu, no estado do Mato Grosso e de propriedade do mesmo grupo do Seara, que matou quatro trabalhadores e intoxicou mais 28. Durante o manuseio do ácido dicloro propiônico, utilizado na retirada de pelos do couro, houve uma reação química que queimou todo o oxigênio do ar no local.
"De acordo com os representantes do curtume, já está sendo estudada a criação de outro produto para substituir o ácido dicloro propiônico. Existe um movimento, na Alemanha, em busca de outras alternativas, porque esse produto químico já gerou diversos acidentes", afirmou o senador Paulo Paim. Fonte: PT no Estado

Centrais preparam manifestações em protesto às perícias médicas do INSS
Campo Grande/MS- Em comemoração ao Dia Mundial em Memória às Vítimas de Acidentes de Trabalho, 28 de abril, as sete centrais sindicais: Força Sindical, CGTB, CUT, CTB, UGT, NCST e CSP, vão realizar manifestações em todo o Brasil pela "Humanização da perícia médica do INSS". Em Mato Grosso do Sul dirigentes dessas centrais se reuniram na semana passada para tratar da programação em conjunto buscando esse objetivo comum em protesto ao Instituto Nacional de Seguro Social (INSS). As centrais pretendem realizar atos em Campo Grande. Uma delas será uma audiência pública na Câmara Municipal, dia 26 de abril. O objetivo é sensibilizar a opinião pública para os problemas que os trabalhadores enfrentam no dia a dia junto ao órgão federal. O INSS, segundo dirigentes das centrais em Mato Grosso do Sul, impõe enormes dificuldades aos segurados para acessar os direitos previstos em lei quando adoecem e se acidentam, pois, em muitos casos, os peritos não reconhecem os acidentes de trabalho, sobretudo as doenças, além de determinar o término do benefício as pessoas  sem que estejam recuperadas, ou seja, sem a menor condição de retornar ao trabalho. "Para os peritos do INSS, são todos fraudadores que simulam doenças para obter benefícios, até prova em contrário, visão preconceituosa e distorcida da realidade social e do trabalho, que imputa uma trajetória de humilhações aos trabalhadores contribuintes do sistema de seguridade social", critica José Lucas da Silva, representante da Central Sindical de Profissionais (CSP) e presidente da Feintramag - Federação Interestadual dos Trabalhadores na Movimentação de Mercadorias de MT e MS. Recentemente a Secretaria Executiva do Ministério da Previdência Social, segundo Idelmar da Mota Lima, presidente da Força Sindical Regional Mato Grosso do Sul, anunciou medidas importantes que vêm ao encontro das reivindicações dos trabalhadores pela humanização das perícias: a autorização de acompanhantes nas perícias médicas e o reconhecimento dos laudos emitidos por médicos assistentes, além de divulgar nas agências os direitos dos segurados no que diz respeito à ética médica. Ricardo Martinez Froes, presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, regional Mato Grosso do Sul, diz que "É necessário que as perícias tenham fundamentação nos seus laudos e que os segurados possam ter ciência dos seus processos". Para ele, o Ministério precisa efetivamente cumprir esses direitos. "Estas medidas têm sido duramente repelidas por numeroso segmento de peritos que demarca publicamente a disputa pelo controle do INSS, reforçando a tese preconceituosa do trabalhador como fraudador do sistema", critica Froes. Muitos trabalhadores procuram suas entidades representativas, informa Samuel da Silva Freitas, presidente da CGTB em Mato Grosso do Sul, as quais têm desenvolvido várias ações inclusive jurídicas para garantir que a lei seja cumprida. Informações divulgadas por vários órgãos da imprensa afirmam que há 5,8 milhões de ações na justiça contra o INSS, o que certamente acarretará um grande prejuízo aos segurados que contribuem para a Previdência Social e à sociedade. As sete centrais voltam a se reunir esta semana para finalizar a programação de protesto e para sensibilizar a opinião pública para o problema das perícias médicas do INSS, que são injustas para muitos trabalhadores brasileiros. Estevão Rocha dos Santos, vice-presidente da Força Sindical Regional MS, disse que uma das formas desse trabalho será por intermédio de panfletagem na área central de Campo Grande e com a divulgação de matérias em todo o Brasil, mostrando as injustiças sociais cometidas com esse trabalho do órgão público. Os sindicalistas pedem o apoio dos vereadores médicos da Câmara de Campo Grande e participação deles na audiência pública marcada para dia 26 de abril naquela Casa de Leis. "Vamos discutir os problemas que os trabalhadores enfrentam na fila do INSS na tentativa de receberem tratamentos justos e dignos. O que, infelizmente, nem sempre ocorre", critica Ricardo Froes.  
Origem - A celebração do dia 28 de abril - Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes de Trabalho - surgiu no Canadá, por iniciativa do movimento sindical, como ato de denúncia e protesto contra as mortes e doenças causadas pelo trabalho, espalhando-se por diversos países.  Esse dia foi escolhido em razão de um acidente que matou 78 trabalhadores em uma mina no Estado da Virgínia, nos Estados Unidos, no ano de 1969. A partir de 2003 a OIT adotou o 28 de abril como dia de reflexão sobre a segurança e saúde no trabalho, porém o movimento sindical mantém o espírito de denúncia e de luta que a originou, dando visibilidade às doenças e acidentes do trabalho e aos temas sobre Saúde do Trabalhador em discussão na agenda sindical. Em 2005, por meio da Lei nº 11.121, o Brasil passou a reconhecer oficialmente a data como o "Dia Nacional em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho", que vem se consolidando a partir de ações conjuntas das centrais sindicais e outras instituições em torno do tema. Fonte: Jornal Agora MS

Jorge Caetano Fermino

written by FTIGESP