Out 15
Brasil terá terceiro maior crescimento no mercado publicitário até 2014
Um estudo da Zenith Optimedia, empresa de mídia e pesquisa do Publicis Groupe, indica que o Brasil será o terceiro país com maior crescimento de investimentos em publicidade no mundo na comparação entre 2011 e 2014, considerando-se números brutos, e não porcentagem. O País terá um incremento de US$ 5,3 bilhões neste período de três anos, número menor apenas do que os de Estados Unidos, com US$ 12,8 bilhões e China, com US$ 11,6 bilhões. Por conta da estagnação da economia, os países europeus não marcam presença forte no ranking dos dez primeiros, à exceção da Rússia e Reino Unido. Por causa desse crescimento, o Brasil deverá fechar o ano de 2014 como o quinto maior mercado publicitário mundial, atrás apenas de Estados Unidos, Japão, China e Alemanha, ultrapassando Reino Unido e França. Meio e Mensagem
 
Mercado de papéis para embalagem pode sofrer escassez de matéria-prima
Executivos que representam as maiores indústrias de celulose e papel do País participaram no dia 09 de outubro de um debate sobre as perspectivas do setor, promovido durante o ABTCP 2012 – 45º Congresso e Exposição Internacional de Celulose e Papel, que acontece até hoje, 11 de outubro, no Transamérica Expo Center, em São Paulo. Durante o evento, José Gertrudes Soares, diretor comercial de papéis kraft da Klabin, alertou para a falta de investimentos em projetos que contemplem a produção de celulose de fibra longa, utilizada nos papéis para embalagens. Segundo ele, a atual capacidade só será suficiente para atender à demanda nos próximos cinco anos, já que todos os grandes projetos anunciados no Brasil contemplam a produção de celulose de fibra curta branqueada. O diretor afirmou, ainda que, por conta disso, a indústria de papel kraft está tendo que rever seu modelo de negócios e reciclar muito mais. Ele complementou que atualmente, em função da crise, há uma sobra de fibra nos Estados Unidos da ordem de 3,7 milhões. Entretanto, quando a economia americana se recuperar, vai faltar matéria-prima. Outra questão abordada pelos participantes do debate foi a competitividade do setor de celulose e papel. Para Francisco Valério, diretor industrial da Fibria, essa indústria é e continuará sendo competitiva, mas saltos de produtividade precisam ser dados. Segundo o executivo, a Fibria formou desde 2000 mais de 200 profissionais por meio da realização de cursos de especialização in company em celulose e papel. Ernesto Pousada Jr., diretor executivo de operações da Suzano, destacou a biotecnologia como um caminho sem volta para garantir a competitividade do setor de celulose e papel, assim como a consolidação em nível global. Ele afirmou que hoje as dez maiores empresas representam apenas 40% do mercado, que é bastante pulverizado. Nesse sentido, a consolidação proporcionaria sinergia e reduções expressivas de custos. Reginaldo Gomes, diretor comercial e de logística da Eldorado Celulose e Papel, chamou atenção para o início das operações da primeira fábrica da empresa em Três Lagoas (MS), previsto para meados de novembro deste ano. Com capacidade de produção de 1,5 milhão de toneladas/ano, a unidade deve chegar a 5 milhões de toneladas/ano até 2020. Um dos diferenciais competitivos é a logística, que combina transporte por meio de hidrovia e ferrovia. Para isso, a Eldorado conta com vagões e locomotivas próprias, além de 16 barcaças que, em comboio de quatro, têm capacidade para transportar até 6 mil toneladas por viagem. Abigraf
 
Revista África chega ao mercado editorial
Capitaneada pelo executivo Salvador Barletta Nery, a África.com Edições chega ao mercado com a proposta de trabalhar com base em três eixos: humanidade, diversidade e educação. Para isso, a editora lança neste mês a Revista África, que terá periodicidade trimestral e a preço de capa de R$ 14,90. A primeira edição traz temas como os deslocamentos dos negros do continente africano e o modo como esses fluxos migratórios provocaram novos hábitos, reestabelecendo seus costumes nas Américas e Europa; um ensaio fotográfico com pessoas que resistem e existem em busca de reconhecimento enquanto povo, como os zapatistas, no México; o MST e os ciganos, no Brasil; os curdos, no Curdistão etc. Tiago Nery, idealizador da publicação e editor-chefe de redação e arte, afirmou que a revista é uma publicação absolutamente experimental. Além da versão impressa, o título conta com versão online e para iPad, com download gratuito em banca Apple. Ambas possuem leitura interativa do conteúdo, como por exemplo o geolocalizador que mostra o local exato de onde a matéria foi realizada. Meio e Mensagem
 
PIS: trabalhadores nascidos em janeiro e fevereiro recebem abono salarial
A partir da próxima quarta-feira (17) poderão sacar o PIS (Programa de Integração Social), nas agências da Caixa Econômica Federal, trabalhadores nascidos em fevereiro.
Começou na última terça-feira (9) em todo o país o pagamento do abono salarial do PIS para os trabalhadores nascidos no mês de janeiro.
A partir de 17 de outubro, poderão sacar o PIS, nas agências da Caixa Econômica Federal, trabalhadores nascidos em fevereiro. Já os nascidos em março terão direito ao abono a partir do dia 24.
Desde o dia 15 de agosto deste ano, a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil estão pagando beneficio no valor de um salário mínimo referente ao Abono Salarial PIS/Pasep calendário 2012/2013.
Para o exercício atual, foram identificados cerca de 21,4 milhões de beneficiados. O prazo para recebimento do abono vai até 28 de junho de 2013.
O Abono Salarial do PIS/Pasep equivale ao valor de um salário mínimo. Têm direito ao benefício todas as pessoas que trabalharam com vínculo empregatício por pelo menos 30 dias no ano anterior ao exercício e tenham recebido, em média, até dois salários mínimos.
Também é preciso estar inscrito no Programa de Integração Social (PIS) ou no Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Púbico (Pasep) há cinco anos.
Onde receber
Os trabalhadores inscritos no PIS recebem o abono nas agências da Caixa. Os que tiverem Cartão Cidadão com senha cadastrada também podem fazer o saque em casas lotéricas, caixa de auto-atendimento e postos do Caixa Aqui.
Os inscritos no Pasep recebem no Banco do Brasil. Para retirar o dinheiro, devem apresentar um documento de identificação e o número de inscrição no PIS ou no Pasep.
Informações sobre o Abono Salarial podem ser obtidas em qualquer agência da Caixa, pelo SAC Caixa (0800 726 0101), nos postos de atendimento do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) ou ainda pelo Alô Trabalho, pelo número 0800 61 0101. (Fonte: MTE)
 
Ipea aponta queda da taxa de desemprego na última década
A diminuição da taxa de desemprego foi um marco do Brasil na última década, aliada à elevação do rendimento médio do trabalho. A avaliação é do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em comunicado divulgado nesta quinta-feira (11). No entanto, o aumento na criação de vagas entre 2009 e 2011 foi menor que a variação da população em idade de trabalhar.
Baseado em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o instituto confirmou queda do desemprego em todas as regiões e faixas de idade. E acrescentou que há diminuição na participação na força de trabalho dos mais jovens e mais velhos, o que pode impactar na redução da taxa de desemprego.
Segundo o técnico Miguel Foguel, a redução de pessoas com 63 anos na procura por emprego precisa ser mais bem estudada, assim como o fenômeno dos jovens em torno de 18 anos que não estão estudando, tampouco procurando um trabalho. A proporção desses aumentou em relação a 2009 e chegou a 19% entre as mulheres e a 9% entre os homens, em 2011.
“Entre só os mais novos, temos a indicação de uma bifurcação: há os que saem do mercado e voltam à escola, para se qualificar, e os do fenômeno 'nem, nem', que nem estudam, nem trabalham”, afirmou Foguel. Para ele, isso pode ser explicado pelo aumento da renda das famílias - “que dá ao jovem o luxo de não fazer nada” - e por questões sociológicas, que precisam ser estudadas.
O comunicado do Ipea destacou ainda que a queda do desemprego na última década ganhou força a partir de 2005. Mesmo refletindo efeitos da crise econômica financeira internacional, quando a taxa cresceu 1,3 ponto percentual em 2009, o índice voltou a cair em 2011. “Essa redução fez o desemprego atingir seu menos valor nos últimos dez anos”, segundo o documento.
Os pesquisadores do instituto ainda reforçaram que Brasil está entre os países onde o desemprego menos aumentou, apesar da crise econômica, e onde houve uma “capacidade de reverter e compensar esses efeitos até 2011, o que não ocorreu na maioria das nações”. Entre elas, o comunicado cita, países europeus como Reino Unido, além dos Estados Unidos.
O rendimento do trabalhador entre 2001 e 2011 também mostra recuperação, após diminuições do início da década, reforça o Ipea. O salto somente entre 2009 e 2011 foi de 8,4%, uma taxa de 4,1%, chegando a R$ 1.349 (médio) para todos os trabalhos e a R$ 1.306 do trabalho principal. (Fonte: Agência Brasil)
 
Chefe da fiscalização do Trabalho reclama de “cabresto político” e pede exoneração
A auditora fiscal Vera Lúcia Albuquerque pediu exoneração, na manhã de quinta-feira (11), da chefia da Secretaria Nacional de Inspeção (SIT) do Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego – cargo que ocupava há um ano e dez meses. O órgão é responsável por verificar o cumprimento da legislação trabalhista em todo o país e tem, entre outras atribuições, a responsabilidade por fiscalizar denúncias de escravidão contemporânea, de trabalho infantil e de fraudes no FGTS.
Vera desempenhou um papel importante na articulação política pela aprovação da proposta de emenda constitucional que prevê o confisco de terras em que trabalho escravo for encontrado. A PEC 438/2001 passou em segundo turno na Câmara dos Deputados, em maio deste ano, e retornou ao Senado sob o número 57A/1999.
“Estou indignada com o profundo desrespeito à inspeção do trabalho”, afirmou em entrevista ao Blog do Sakamoto. Vera reclama do risco de mudança na política do Ministério do Trabalho e Emprego. “Há uma tentativa de defender o empregador a qualquer preço. O ministério tem que estar a serviço da sociedade e não apenas de empregadores ou de interesses pessoais e partidários”, afirma. “Estão tentando colocar um cabresto político na inspeção do trabalho.”
“Procurar o ministro para tentar mostrar a ele os problemas não adianta, porque ele nunca aparece”, reclama. Ela também alerta para o risco de partidarização da fiscalização do trabalho. Uma disputa estaria ocorrendo entre o ministro Brizola Neto e o ex-ministro Carlos Lupi pelo controle do PDT.
Motivações políticas
Vera afirma que há uma tentativa de enfraquecimento da inspeção do trabalho no país. E que isso passa pela fragilização da estrutura e por trazer pessoas por motivações políticas para cargos que exigiriam conhecimento técnico. Por exemplo, ela teme que o seu cargo seja ocupado não por um auditor fiscal de carreira, mas por alguém que não tenha conhecimento sobre o assunto. Questiona qual seria o real interesse de colocar pessoas que não dominam a legislação, normas e instruções para essas funções.
Em uma carta enviada a auditores fiscais de todo o Brasil, ela cita o artigo sexto da Convenção número 81 da Organização Internacional do Trabalho, que diz respeito à inspeção do trabalho, que deve ser independente de “qualquer mudança de governo ou de qualquer influência externa indevida”.
Para ela, a gota d’água para a decisão foi a nomeação de uma pessoa para a Chefia da Fiscalização do Trabalho na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego do Rio de Janeiro sem que houvesse consulta à SIT, como era de praxe em gestões dos outros ministros. Esta não teria sido a única vez que a Secretaria foi ignorada na gestão de pessoal. Solicitou-se à cúpula do ministério que a decisão fosse revista, mas não teria havido resposta.
“Não admito que a inspeção do trabalho seja desrespeitada como está acontecendo nessa gestão e o meu gesto é uma demonstração disso”, afirma Vera. Ela ficará no cargo até que a exoneração seja publicada pelo Diário Oficial e retornará às suas funções de auditora fiscal do trabalho no Rio de Janeiro.
As secretarias geral da Presidência da República e a de Direitos Humanos da Presidência da República, com as quais a SIT possui um trabalho estreito por conta dos programas de combate ao trabalho escravo e de promoção do emprego decente na construção civil e no setor sucroalcooleiro, também estão sendo informadas da exoneração.
A Secretaria de Inspeção do Trabalho também é responsável por gerir o cadastro de empregadores flagrados com mão de obra escrava, a conhecida “lista suja”. O instrumento é considerado um dos principais no combate à escravidão, sendo usado pelo setor empresarial para gerenciamento de riscos de suas cadeias produtivas.
Por isso, a SIT tem sofrido ataques por parte de empregadores insatisfeitos com bloqueios comerciais e de financiamento e de seus representantes políticos desde a criação do cadastro em 2003. Recentemente, houve pressões fortes pressões por conta da inclusão de nomes famosos pela “lista suja”, como a MRV Engenharia, uma das principais executoras do programa “Minha Casa, Minha Vida”. A empresa se encontra excluída da lista por decisão liminar.
Outro lado
O ministro Brizola Neto não foi localizado nesta manhã para comentar o pedido de saída e as afirmações pela demissionária secretária nacional.
Sua equipe foi informada pela reportagem sobre a decisão e, em seu gabinete, a notícia provocou surpresa. “Só podemos comentar em cima de fatos e não fomos informados oficialmente ainda”, afirmou Fernando Imediato, que faz parte da equipe do ministro e afirmou que encaminharia a questão.
A reportagem enviou uma série de perguntas a Brizola Neto, solicitando que o retorno fosse o mais breve possível. (Fonte: Repórter Brasil)
 
Jorge Caetano Fermino

written by FTIGESP