Fev 19
Cada salário desonerado custa R$ 118 por mês à União
Desde 2012, a carioca Quality Software, do setor de serviços de tecnologia, paga a contribuição previdenciária sobre o faturamento e não mais sobre a folha de salários. A mudança reduziu a contribuição paga pela empresa em 10% do faturamento. Com isso, ela contratou mais 150 funcionários no ano passado.A Quality foi uma das 9,6 mil empresas do setor beneficiadas pela desoneração dos salários, pela qual a contribuição previdenciária de 20% sobre folha foi substituída por recolhimento de 1% ou 2% do faturamento. As empresas de tecnologia pagam 2% e estão entre os setores mais beneficiados pela renúncia, segundo estudo feito para o Valor pelo Instituto Brasileiro de Economia da FGV.A análise mostra que, dois anos depois e ampliada para mais de 50 setores, a desoneração teve como principais beneficiários segmentos mais organizados, intensivos em capital e menos vulneráveis às importações.Levando em conta a renúncia fiscal de setembro e estimando o impacto proporcional do 13º salário, cada trabalhador dos setores desonerados custa, em média, R$ 118 mensais para o Tesouro Nacional.As maiores desonerações por trabalhador, com valores muito acima da média, estão em setores com altos salários, como transporte aéreo, no qual cada empregado significa R$ 764 de renúncia mensal. No mesmo grupo estão produtos farmoquímicos e farmacêuticos (R$ 432/empregado), celulose e papel (R$ 233), indústria de veículos automotores (R$ 207) e tecnologia da informação (R$ 201). Nos segmentos industriais "originais" a renúncia per capita é mais próxima da média.A renúncia da indústria de transformação equivale a 13% da arrecadação da contribuição previdenciária. A desoneração é amplamente apoiada por empresários e entidades industriais ouvidas pelo Valor. Na área de serviços, a medida também é vista positivamente, mas representantes do segmento afirmam que ajustes ainda são necessários. (Fonte: Valor Econômico)
Receita do setor de serviços cresce 8,5% no país em 2013
A receita do setor de serviços fechou 2013 com um crescimento nominal de 8,5%. O segmento de transportes, serviços auxiliares de transporte e correios foi o que mais cresceu no período, com alta de 10,8% na comparação com 2012, segundo dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada hoje (19) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).Entre os destaques do segmento de transportes estão os transportes aquaviário (com alta de 18%) e aéreo (16,8%). Os transportes terrestres tiveram aumento de 10,7%.Outro segmento que se destacou em 2013 foram os serviços prestados às famílias, que tiveram alta de 10,2%. A principal influência para esse crescimento veio dos serviços de alojamento e alimentação, que cresceram 10,6%.Os demais segmentos analisados pela pesquisa também tiveram crescimento: serviços profissionais, administrativos e complementares (8,1%), serviços de informação e comunicação (6,9%) e outros serviços (5,9%).Na comparação do mês de dezembro de 2013 com o mesmo período do ano anterior, o setor de serviços cresceu 8,4%, também com destaque para os serviços de transportes (11,5%) e os prestados às famílias (9,5%).Entre os estados, os maiores crescimentos no ano foram observados em Mato Grosso (20,4%), no Distrito Federal (15,7%), Ceará (13%) e Tocantins (13%). Em dezembro, os destaques foram o Distrito Federal (25,1%), Santa Catarina (12,6%) e Rondônia (12,5%).
Jorge Caetano Fermino