Mai 31
Crescimento real nos salários pagos entre 2008 e 2012 foi mais de 35%
O salário médio mensal pago pelas empresas e outras organizações apresentou aumento real de 10,1% entre 2009 e 2012. O crescimento real se deu em todos os anos, tendo fechado 2012 com alta de 2,1% (para R$ 1.943,16), em relação a 2011, quando o salário médio real já havia subido 4,7%.
Os dados fazem parte da pesquisa Cadastro Central de Empresas (Cempre), que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) está divulgando nesta quarta-feira (28), com informações cadastrais e econômicas de empresas e outras organizações formalmente constituídas no país.
Os dados indicam também que a melhora na qualidade e no número de empregos fez com que o total de salários e outras remunerações pagas por empresas e organizações, entre 2008 e 2012, acumulasse crescimento de 35,3% e se desse em todos os anos analisados pela pesquisa. Em 2012, esse aumento foi 7,1%.
Em entrevista à Agência Brasil, o gerente da pesquisa, Bruno Erbisti Garcia, disse que o crescimento real do total de salários pagos é consequência direta da melhoria da qualidade e do número de pessoas ocupadas. "Cresce o número de pessoas empregadas e cresce também a média salarial. É um crescimento que tem ocorrido nos últimos anos, aconteceu de forma bem expressiva de 2010 para 2011, em 2012 esse crescimento foi menor, porém o salário médio real ainda continua crescendo – tanto no emprego quanto na média salarial". Garcia ressaltou que nos últimos quatro anos tem havido crescimento real na massa de salário pago, na comparação anual. "Há também uma tendência de aumento na qualificação do emprego e uma equalização maior entre homens e mulheres no mercado de trabalho", disse.
O aumento de 10,1% na média mensal do salário, de 2008 a 2012, ocorreu nas 20 seções observadas na pesquisa do IBGE, com destaque para as atividades das indústrias extrativas (44,5%), a saúde humana e os serviços sociais (21,3%) e a construção (20,5%).
Fonte: Agência Brasil
Taxa de desemprego fica estável em abril, apontam Dieese e Seade
A taxa de desemprego em abril atingiu 11,1% da População Economicamente Ativa (PEA) no conjunto das seis regiões metropolitanas pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade). Em relação ao registrado em março (11%), a taxa ficou praticamente estável. O total estimado de desempregados chegou a 2,324 milhões - 30 mil a mais do que na apuração passada.
Isoladamente, foram constatados avanços do desemprego em apenas duas das seis regiões: Recife, passando de 12,8% para 13,3% e Belo Horizonte, de 8,3% para 8,7%. Em São Paulo, a taxa atingiu 11,6% ante 11,5%; em Porto Alegre, 6,1% ante 6%; e em Fortaleza, 7,6% ante 7,9%. Em Salvador, a taxa não sofreu alteração, ficando em 17,7%.
A Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) indica que, na média, ocorreram mais cortes de trabalhadores do que a criação de vagas com a eliminação de 6 mil postos de trabalho. Paralelamente, 24 mil pessoas passaram a disputar um emprego, gerando um acréscimo de 30 mil pessoas à procura de uma chance no mercado de trabalho.
Dos quatro setores de atividades analisados, dois ampliaram as contratações: a indústria de transformação criou 39 mil postos, 1,4% acima do verificado em março, e em serviços, o saldo de abril foi positivo com 77 mil admissões - 0,7% a mais do que no mês anterior.
No comércio e na reparação de veículos automotores e motocicletas houve queda de 2,5% com a dispensa de 91 mil trabalhadores e na construção recuo de 1,7% com o corte de 26 mil pessoas empregadas.
De abril de 2013 a abril deste ano, o nível de ocupação cresceu 1,6% com a criação de 284 mil ocupações. Nos últimos 12 meses, a região de Salvador foi a que mais ampliou o número de vagas (5,6%), seguido por Fortaleza (4%), Recife (1,7%) e São Paulo (1,7%). Nas demais regiões metropolitanas, os postos encolheram: Belo Horizonte (-1,7%) e Porto Alegre (-0,9%).
A pesquisa aponta ainda uma pequena melhora nos rendimentos. Em março, os assalariados ganhavam, em média, R$ 1,738, valor 0,8% maior do que em fevereiro. Os ocupados tiveram uma recuperação de 0,7%, com ganho médio de R$ 1,715.
A maior elevação de rendimento dos ocupados ocorreu em Belo Horizonte, com reajuste de 1,5% e valor de R$ 1.905, seguido de Porto Alegre (com 1,2% e R$ 1.856) e São Paulo (com 0,8% e R$ 1.914). Já em Salvador, o valor ficou praticamente inalterado com correção de apenas 0,3% e valor de R$ 1.193. Nas duas localidades restantes ocorreram quedas: Fortaleza (-1,3% e R$ 1.149) e Recife (-0,9% e R$ 1.194).
Fonte: Agência Brasil
Jorge Caetano Fermino


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