Fev 13
ECONOMIA I – O Comunicado do Ipea nº 133 - Produtividade no Brasil nos anos 2000-2009: análise das Contas Nacionais concluiu que a produtividade do trabalho no país manteve-se praticamente estável entre 2000 e 2009, com variação anual de 0,9%. Os resultados foram apresentados, na última semana, pelo técnico em Planejamento e Pesquisa da Diretor Adjunto da Diretoria de Estudos e Políticas Macroeconômicas (Dimac), Gabriel Squeff. 

ECONOMIA II – De acordo com o pesquisador, para chegar a esses resultados foi utilizada a razão entre o valor adicionado, a preços constantes de 2000 na produção, e o número de empregados em cada atividade econômica no país. “Os setores que mais se destacaram foram os da agropecuária, com 4,3% e da indústria extrativa, com 1,8%”, disse. Gabriel acrescentou que no setor de serviços o avanço foi de 0,5%. 

ECONOMIA III – Para o pesquisador, o grande problema é a falta de inovação tecnológica, que estaria acontecendo na economia brasileira como um todo. Segundo ele, a manutenção desses resultados diante do atual cenário de crise econômica mundial é preocupante quando se almeja um desenvolvimento calcado na indústria e na sustentabilidade. Nesse aspecto, ele ressaltou que o Brasil necessita ampliar suas condições de competitividade externa. Fonte: Ipea

Emprego na indústria cresce 1% em 2011, aponta IBGE
O emprego industrial encerrou 2011 crescendo 1%, ritmo bastante inferior aos 3,4% registrados em 2010. Os dados constam da Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário (Pimes) de dezembro, publicada hoje  (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em dezembro, o número de ocupados assalariados no setor avançou 0,2% frente a novembro, feitos os ajustes sazonais. Na comparação entre dezembro de 2011 com igual período do ano anterior, o emprego caiu 0,4%. O resultado mensal da Pimes pôs fim a uma sequência negativa, que já durava três meses. Em setembro, o emprego na indústria caiu 0,4%, intensificando o recuo no mês seguinte, para 0,5%. Em novembro, a taxa ficou negativa em 0,1%. Valor Econômico

Senai Barueri aprova e usa tecnologia Therm-O-Type
O Senai de Artes Gráficas de Barueri (SP) está usando a tecnologia de aplicação de hot stamping para processos digitais Therm-O-Type como forma de ilustrar aos alunos a aplicação de uma solução exclusivamente voltada para acabamento digital em fluxos de produção de impressão digital. O equipamento, cedido em parceria pela Diginove, está sendo usado em aulas sobre acabamento digital no instituto. Segundo Ivy Sanches, professora de produção gráfica e assistente de diretoria da Diginove, o aprendizado sobre processos de acabamento específicos para o digital (no caso, aplicação de enobrecimento via hot stamp) é um diferencial para a formação do futuro profissional.DeskTop Digital

Desconto nas taxas de financiamento
A Agência de Fomento Paulista / Nossa Caixa Desenvolvimento reduziu as taxas de suas linhas de financiamento para as pequenas e médias empresas. Para projetos de investimento e compra de máquinas e equipamentos a taxa diminuiu de 8% ao ano para 7% ao ano, e para projetos que proporcionem a redução das emissões de gases de efeito estufa a taxa baixou de 6% ao ano para 5% ao ano. Os benefícios são válidos para associados da ABIGRAF-SP e do SINDIGRAF. Mais informações no sitewww.agenciadefomentopaulista.com.br. RV&A 

IPC-Fipe desacelera para 0,42% na primeira prévia de fevereiro
O Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisa Econômica (IPC-Fipe), que calcula a inflação da cidade de São Paulo, desacelerou para 0,42% na primeira quadrissemana de fevereiro, contra variação de 0,66% no fechamento de janeiro. Na comparação com a primeira quadrissemana de janeiro, o IPC também diminuiu: na primeira prévia, o indicador caiu 0,75%. O grupo habitação iniciou o fevereiro em alta, subindo para 0,37%, ante 0,31% no encerramento de janeiro. A categoria caiu 0,34% ante variação semanal anterior de 0,50%. Valor Econômico 

Jorge Caetano Fermino

written by FTIGESP

Fev 10
São Paulo terá seminário técnico sobre impressão digital
No dia 22 de março, das 16h às 19h30, será realizado o seminário Digitec “Boas práticas na impressão digital”. O encontro, promovido pelo grupo técnico de impressão digital da ABTG, debaterá temas como tecnologias de impressão digital e produção gráfica e arte-finalização para impressão digital. No final haverá o lançamento de uma cartilha de boas práticas, que será distribuída gratuitamente aos participantes. As inscrições são gratuitas e devem ser feitas online. O evento será realizado no Auditório Senai (rua Bresser, 2.315, na Mooca, em São Paulo).Revista Tecnologia Gráfica 

Centrais sindicais e Fiesp discutem ações pela defesa do emprego  
As centrais sindicais - Força Sindical, da CGTB, da UGT e da Nova Central - participaram na última segunda-feira (6), de reunião na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), na qual as entidades deram um passo importante no intuito de fortalecer seu Pacto pelo Desenvolvimento, ao definirem que ao longo do primeiro semestre deste ano serão realizados atos em todas as regiões do país em defesa do emprego e contra a desindustrialização.Para o presidente da CTB, Wagner Gomes, a reunião foi positiva, já que a Fiesp e seus empresários se mostraram dispostos a se colocarem ao lado dos trabalhadores na defesa por mudanças à política macroeconômica. "O setor industrial brasileiro precisa ser fortalecido. A atual política impede que isso aconteça e afeta diretamente a classe trabalhadora", disse o dirigente.Wagner Gomes destaca que, obviamente, existem diversas diferenças entre determinadas políticas das centrais sindicais e do empresariado, mas neste momento há também algumas causas que os unem."Há alguns consensos que serão levados por nós para o debate nas ruas, no Congresso Nacional e junto ao governo federal. O declínio da indústria nos coloca em uma situação complicada, não apenas do ponto de vista econômico, mas também sob o aspecto social", afirmou.Para o presidente da Força, Paulo Pereira da Silva, o momento é de superar divergências com o empresariado. "A crise vai acabar chegando aqui. Muitos setores, como o de vestuário, já estão demitindo", destacou. Ricardo Patah, presidente da UGT, cobrou uma análise mais profunda do atual cenário."Tivemos uma série de conquistas com Lula e sem dúvida o Brasil melhorou, mas não podemos ver apenas a superfície, já que ainda há muitas coisas erradas no país", disse. Por sua vez, Ubiraci Dantas, presidente da CGTB, foi direto ao ponto: "A pedra de toque é trabalharmos por mudanças na política macroeconômica e mostrar para o governo o que estamos sentindo".
Manifesto e mobilização
Durante a reunião, confirmou-se a necessidade de elaboração de um manifesto político sobre o tema da desindustrialização, do desenvolvimento e da defesa do emprego.Além disso, Paulo Skaf, presidente da Fiesp, propôs que as centrais e os empresários se reúnam com o vice-presidente Michel Temer e o ministro da Indústria, Desenvolvimento e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, para apresentar-lhes o conteúdo de suas reivindicações. O encontro deve ocorrer na próxima semana.Ainda em fevereiro, as centrais e os empresários devem realizar uma grande plenária, com a presença da imprensa, para que as datas de mobilizações e o manifesto sejam divulgados."A militância da CTB estará nas ruas em cada uma das mobilizações. Nossa Direção e nossos filiados têm a clara convicção de que o Brasil precisa de um projeto nacional de desenvolvimento com valorização do trabalho. Sem uma indústria forte, esse projeto vai por água abaixo e perderemos uma oportunidade histórica para o país. Este momento é decisivo e é por isso que o primeiro semestre deste ano será de muita luta", destacou Wagner Gomes. (Fonte: Portal CTB)

Supremo decide que Ministério Público pode denunciar agressor quando companheira desistir da acusação
Brasília – O oferecimento de denúncia na Justiça contra quem agride no ambiente familiar não dependerá mais da vontade da vítima, segundo definiu hoje (9) o Supremo Tribunal Federal (STF). Por 10 votos a 1, os ministros decidiram que o Ministério Público pode entrar com a ação penal, em casos de violência doméstica, mesmo que a mulher decida voltar atrás na acusação contra seu companheiro.Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), a violência doméstica cometida pelo companheiro ocorre em pelo menos 90% dos casos.Nesta quinta-feira, o STF julgou uma ação de inconstitucionalidade de autoria do Ministério Público. A instituição pedia que, nos trechos em que a Lei Maria da Penha condiciona a denúncia por agressões leves à vontade da vítima, o STF desse a interpretação para que o Ministério Público passasse a ter a prerrogativa de atuar. A ideia é que o Estado proteja a vítima quando ela se mostra incapaz de fazê-lo.A maioria acompanhou o voto do relator, ministro Marco Aurélio Mello. “Aos 65 anos, eu não acredito mais em Papai Noel. Sem proteção, as mulheres desistem de processar seus agressores”, disse o ministro. O ministro Luiz Fux afirmou que a ideia da alteração é intimidar os agressores, já que, agora, eles saberão que a ação judicial continuará independentemente da vontade da mulher.O único voto contrário foi o do presidente da Casa, ministro Cezar Peluso. No seu entendimento, a alteração pode ser um retrocesso à proteção da mulher, já que ela pode desistir de denunciar seu companheiro à polícia na medida em que a lei não permite que ela abra mão de uma ação contra ele na Justiça. Para Peluso, hoje, muitas mulheres levam os casos de agressão ao conhecimento da polícia porque sabem que poderão voltar atrás mais à frente.Peluso defendeu que o legislador foi consciente ao determinar que a vítima deve dar seu aval para a abertura de ação. “O ser humano se caracteriza por ser sujeito da sua história, pela capacidade que ele tem de decidir por um caminho, e isso parece que transpareceu quando a lei foi elaborada”.Apesar de ter votado a favor da maioria, o ministro Gilmar Mendes fez ressalva no mesmo sentido de Peluso. “As consequências vêm depois. Aí, podemos nos deparar com essa forma. Querendo fazer o bem, acabamos fazendo o mal. Mas não disponho de dados para seguir na outra alternativa desenhada”, disse Mendes, referindo-se à possível redução no número de denúncias se a ação na Justiça deixar de ser prerrogativa da vítima.Mendes disse que só votou com a maioria porque acredita que o STF poderá voltar atrás em algum caso concreto posterior que prove que a intervenção do Ministério Público é prejudicial. Agência Brasil

Famílias brasileiras estão mais otimistas com a economia, mostra IPEA
Brasília - O Índice de Expectativa das Famílias brasileiras (IEF) aumentou de 67,2 pontos, em dezembro, para 69 pontos em janeiro, alcançando a taxa mais alta já registrada pelo indicador. Em relação ao apurado em janeiro de 2011, quando o índice ficou em 67,2, também houve crescimento.A pesquisa mensal é feita pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) em 3.810 domicílios, em 214 municípios, abrangendo todas as unidades da Federação. A escala varia de 0 a 100. Quanto maior o resultado, maior o otimismo das famílias.Segundo a metodologia utilizada na pesquisa (amostragem probabilística), o brasileiro se manteve otimista em todo o período entre janeiro de 2011 e janeiro de 2012. Entre as questões analisadas estão o momento para adquirir bens de consumo duráveis, a situação financeira da família comparada à de um ano atrás; a situação econômica do Brasil daqui a cinco anos; condições sobre quitação de contas atrasadas no próximo mês e a percepção do responsável pelo domicílio sobre estabilidade no trabalho.Sobre o comportamento socioeconômico nacional, as famílias brasileiras mantiveram-se mais otimistas na virada do ano. Segundo a pesquisa, 64,9% dos entrevistados têm expectativa de melhores momentos nos próximos 12 meses. Os moradores das regiões Centro-Oeste (84,6%) e Nordeste (68,9%) são os mais otimistas para os próximos 12 meses.O percentual de famílias que consideram o momento atual favorável à compra de bens de consumo duráveis aumentou de 57,4% em dezembro para 64,4% em janeiro. O índice de pessoas com essa opinião é maior na Região Centro-Oeste (77,5%). Enquanto isso, a avaliação de que não é um bom momento para adquirir esses bens está em queda em todo o país desde o mês de setembro (41,1%), fechando o mês de janeiro com 32,2%. Entretanto, na Região Norte, as expectativas de que a situação não é favorável para a compra (71,7%) são maiores do que as positivas (25%).Em relação ao grau de endividamento, as regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul apresentam maiores índices de famílias com poucas contas a pagar: 86%, 69,4% e 53,9%, respectivamente. Em todo o Brasil, 57,1% das famílias se consideram pouco endividadas. Em janeiro, a dívida média do brasileiro mostrou uma queda em relação a dezembro de 2011 chegando a R$ 4.428,46, o quinto menor valor dos últimos 12 meses.Quanto à segurança no mercado de trabalho, a Região Norte apresenta o maior índice de expectativas positivas, tanto para o responsável pelo domicílio (96,1%) quanto para os demais membros da família (96,2%). Entretanto, segundo os pesquisadores do Ipea, as expectativas para melhorias profissionais nos próximos seis meses, na Região Norte, são as mais baixas, com apenas 15,3% das famílias confiantes.A margem de erro da pesquisa é 5%. – Agência Brasil

Jorge Caetano Fermino 

written by FTIGESP

Fev 09
HP promove concurso de impressão 
A HP anunciou a realização do concurso “Print Excellence Awards”, competição mundial para reconhecer os melhores impressos produzidos nos sistemas HP Designjet, Indigo, Inkjet Web Press e Scitex. Segundo a empresa, os vencedores serão anunciados em evento apenas para convidados durante a Drupa 2012, que acontecerá de 3 a 16 de maio, em Düsseldorf, na Alemanha. Os interessados em participar do concurso devem se inscrever no sitewww.hp.com/go/printexcellenceawards até o dia 15 de março. Publish 

Universidade do Livro promove curso sobre produção editorial 
De 27 de fevereiro a 1° de março a Universidade do Livro promoverá um curso sobre produção editorial. Serão discutidos temas como o funcionamento de uma editora, relacionamento entre departamentos e responsabilidade da produção. O curso, ministrado por Laura Bacellar, ocorrerá das 18h às 21h na sede da Universidade do Livro, que fica no prédio da Fundação Editora da Unesp (Praça da Sé, 108, Centro, em São Paulo). As inscrições, que custam R$ 336 para sócios e estudantes e R$ 420 para demais interessados, devem ser feitas online. Revista Tecnologia Gráfica 

Reguffe apresenta projeto que pune empregador que atrasar salário  
Tramita na Câmara o Projeto de Lei 2.898/11, do deputado Reguffe (PDT-DF), que prevê multa ao empregador que atrasar o pagamento de salário. Essa multa será de 5% do salário, acrescido de 1% ao dia de atraso, quando o pagamento não for efetuado até o quinto dia útil do mês subsequente. O projeto altera a Consolidação das Leis do Trabalho - CLT (Decreto-Lei 5.452/43).
Segundo o autor, a multa vai coibir o atraso do pagamento de salário aos empregados regidos pela CLT. "Além de haver uma previsão legal que obriga o empregador a pagar o salário do empregado até o quinto dia útil do mês subsequente, é necessário também garantir que, por meio de compensação financeira, essa data seja respeitada pelo empregador", afirma.
TramitaçãoO projeto tramita em conjunto com o PL 3.943/89, que está pronto para entrar na pauta do plenário. DIAP

AGRICULTURA – Pesquisadores brasileiros e parceiros de instituições latino-americanas ligadas à pesquisa agropecuária têm até o dia 29 de fevereiro para registrar pré-propostas de financiamento a projetos direcionados ao desenvolvimento da  agricultura na América Latina. A ação faz parte da Plataforma América Latina e Caribe-Brasil de Inovação Agropecuária (LAC-Brasil), liderada pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), e busca internacionalizar as atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação da empresa.

AGRICULTURA II – A plataforma LAC-Brasil foi lançada em outubro de 2011 em San Jose, na Costa Rica, com o objetivo de gerar benefícios para os pequenos agricultores. A Embrapa,  responsável pela execução do projeto, tem como parceiro o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura  (IICA) - agência especializada do Sistema Interamericano.  Também estão ligados à ação o Ministério da Ciência e  Tecnologia, Agência Brasileira de Cooperação do Ministério das Relações Exteriores, Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e Organização para a Alimentação e Agricultura das   Nações Unidas (FAO). Fonte: Assessoria de Imprensa  do Ministério da  Agricultura

ECONOMIA I – A produção industrial cresceu em nove dos 14 locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e  Estatística (IBGE) em 2011, em relação ao ano anterior. Segundo dados da Pesquisa Industrial Mensal Produção Física – Regional, divulgados hoje (7), a maior alta foi registrada no estado do Paraná, que apresentou expansão de 7%.

ECONOMIA II – Outros estados em que a produção cresceu acima da média nacional de 0,3% foram o Espírito Santo (6,8%), Goiás (6,2%), o Amazonas (4%), o Pará (2,7%) e o Rio Grande do Sul (2%). Minas Gerais e o Rio de Janeiro, com crescimento de 0,3%, e São Paulo, com aumento de 0,2%, completam a lista dos estados que tiveram taxa positiva em 2011. Fonte: Agência Brasil

Indústria gráfica e o resgate da Agenda 21 
* Fabio Arruda Mortara
A cerca de cinco meses da Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento e o Meio Ambiente, a Rio+20, a ser realizada em junho de 2012, a indústria gráfica brasileira antecipa-se na defesa de medidas essenciais para  a erradicação da miséria, inclusão social, melhoria da qualidade da vida e preservação ambiental. São itens constantes da quase esquecida  Agenda 21, o principal documento da Eco 92, realizada há vinte anos no Rio de Janeiro, na qual os chefes de Estado de todo o mundo comprometeram-se com metas ainda não cumpridas. 
Acreditamos que, independentemente da ONU e do contexto internacional, o Brasil tenha condições de fazer essa grande lição de casa em prol do desenvolvimento. Por isso, no 15º Congresso Brasileiro da Indústria Gráfica (CONGRAF), realizado de 8 a 11 de outubro de 2011, em Foz do Iguaçu (PR), aprovamos por unanimidade documento contendo propostas a serem defendidas pela ABIGRAF Nacional. Dentre as prioridades, uma das mais prementes é ligada à cadeia produtiva da comunicação impressa: a educação pública de qualidade para todos os brasileiros impossibilitados de pagar escolas particulares. Por isso, propomos, enfaticamente, que 10% do PIB sejam investidos no ensino.       
Nesse sentido, também sugerimos a ampliação dos programas governamentais de compras de livros, tanto em número de exemplares, quanto de títulos e gêneros. Entendemos como um avanço a inclusão, já implementada, de obras de literatura e de interesse geral, além das didáticas. Contudo, a imensa diversidade do conhecimento no mundo contemporâneo abre espaço para que os alunos das escolas públicas recebam gama mais ampla de livros. Também deve ser ampliada a compra de material escolar básico, como cadernos, lápis, borracha e régua. Sugerimos que mais governos estaduais e municipais engajem-se nesse esforço. 
Contribuiria ainda para o incremento dos nossos padrões educacionais a oferta irrestrita de papel importado para o segmento editorial. A recém-adotada exigência de licença prévia de importação deixa o empresário gráfico refém de monopólios, cujo volume de       produção nem sempre atende à demanda nacional. Com menos insumos disponíveis para esse mercado, o risco de reajuste nos preços é real.  Outra medida de estímulo à educação seria isentar os cadernos e materiais escolares de todos os impostos, barateando o seu custo e facilitando a compra por parte de famílias de menor renda. Defendemos, também, a implantação de bibliotecas públicas nos municípios brasileiros, no mínimo de uma para cada trinta mil habitantes. 
A “Carta de Foz do Iguaçu” contém ainda, propostas para a saúde, outro fator condicionante ao sucesso da meta de erradicação da miséria e melhoria da qualidade da vida: defendemos  a isenção de impostos incidentes sobre as embalagens dos medicamentos. Tal medida baratearia o custo dos remédios. O mesmo raciocínio aplica-se às embalagens dos produtos que compõem a cesta básica. Sem a pesada carga tributária, haveria reflexos positivos no preço dos alimentos, cuja tendência de elevação tem sido objeto de crescente preocupação da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).       
Preconizamos, ainda, a desoneração da folha de pagamento, que levaria à formalidade um grande número de trabalhadores e baratearia os custos de produção, refletindo-se em produtos gráficos mais acessíveis. Em contraste com essa proposta, a nova lei relativa ao aviso prévio, estendendo-o a até 90 dias, onerará ainda mais as empresas. Qualidade da vida é outro desafio crucial. Por isso, propomos a criação de linhas de crédito, com juros diferenciados, para investimentos em produção limpa nas gráficas. O setor, há tempos, preocupa-se com isso, e muitos avanços já se verificaram. Porém, a disponibilidade de recursos possibilitaria que milhares de pequenas gráficas, a maioria nesse parque empresarial, pudessem realizar essa lição de casa da sustentabilidade. 
Educação, saúde, segurança alimentar, inclusão social e salubridade do habitat são as bases de sustentação da humanidade no Século 21. Por isso, a indústria gráfica brasileira mobiliza-se no sentido de contribuir para o sucesso do Brasil no cumprimento desse compromisso essencial com a presente e as futuras gerações. 
*Fabio Arruda Mortara, M.A., MSc.,  empresário, é presidente da Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf) e do Sindicato das Indústrias Gráficas no Estado de São Paulo (Sindigraf-SP) 

Jorge Caetano Fermino      

written by FTIGESP

Fev 08
Feliz Dia do Gráfico!
No dia 7 de fevereiro é comemorado o Dia do Gráfico. A data foi escolhida para relembrar a greve realizada por esses profissionais em 1923, em São Paulo. A paralização, feita para reivindicar melhores condições de trabalho e salários mais justos, marcou a base sindical do País. Celebrar o Dia do Gráfico é um reconhecimento à importância do trabalho desempenhado pelos profissionais responsáveis pela produção dos inúmeros itens que fazem parte do dia a dia da população, como cadernos, livros e agendas, entre tantos outros artigos. Por este motivo, a ABIGRAF Nacional, ABIGRAF-SP, ABTG e o SINDIGRAF-SP parabenizam todos os gráficos do Estado de São Paulo! RV&A
 
Governo publica normas para declaração do IRPF 2012
O governo publicou nesta segunda-feira (6), no Diário Oficial da União, a instrução normativa que estabelece os procedimentos para o preenchimento da declaração do Imposto de Renda Pessoa Física 2012. O programa gerador da declaração deverá ser liberado na internet até o dia 24, segundo informações da Receita Federal. Entre os obrigados a declarar estão os contribuintes que receberam rendimentos tributáveis cuja soma foi superior a R$ 23.499,15. Deverá declarar ainda quem recebeu rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte, cuja soma foi superior a R$ 40 mil. Deve preencher a declaração quem obteve, em qualquer mês, ganho de capital na alienação de bens ou direitos, sujeito à incidência do imposto, ou realizou operações em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas ou obteve receita bruta com a atividade rural superior a R$ 117.495,75. A declaração terá que ser apresentada entre 1º de março e 30 de abril pela internet ou entregue em disquetes nas agências da Caixa Econômica Federal ou do Banco do Brasil. Revista Época
 
Reajuste real de salários em 2011 sobe e põe pressão sobre inflação
O reajuste salarial médio negociado em 163 convenções coletivas de sindicatos com data-base no último trimestre do ano passado voltou a subir na comparação com os outros trimestres de 2011, fechando em 1,81%, de acordo com levantamento realizado pelo Valor na base de dados do Ministério do Trabalho.
São três os fatores que mais influenciaram esse resultado, que gera preocupação, devido ao possível impacto sobre a inflação. Um deles é a proximidade da correção do salário mínimo, cujo aumento real foi de 7,5% em 2012. Outro fator é a força de mobilização dos sindicatos que negociaram acordos no fim do ano passado. Mas foi o recuo da inflação - do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que deflaciona a maior parte dos reajustes - que garantiu ganhos reais significativos.
Entre setembro e dezembro, o INPC recuou 1,22 ponto percentual, considerando-se o resultado acumulado em 12 meses. A média de aumento real conquistada em 193 convenções assinadas no terceiro trimestre foi de 0,86%. No último trimestre do ano, a média disparou, chegando a 1,81%.
Variação da média de reajuste
"A queda na inflação explica boa parte do ganho real. O fim do ano foi um período mais difícil para a economia, no cenário nacional e no internacional, o que deve ter dificultado as negociações", diz Bráulio Borges, economista-chefe da LCA Consultores. De fato, a média de reajuste nominal variou pouco desde agosto, atingindo o piso de 8,01% em dezembro e o teto de 8,62% em outubro.
Apesar do momento pouco favorável aos trabalhadores - durante o segundo semestre, eles ouviram dos sindicatos patronais que a situação econômica estava difícil e, portanto, não havia como conceder reajustes mais expressivos -, algumas categorias com data-base nos últimos três meses do ano acabaram puxando para cima a média geral de ganho real.
Esse é o caso dos metalúrgicos de São Paulo. O Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, cuja base é de 800 mil trabalhadores, conquistou 10% de aumento nominal no ano passado, o que representou 3,13% de ganho real. A data-base do sindicato é em novembro.
Se a mesma negociação ocorresse em setembro, o ganho real ficaria em 2,52%, devido ao elevado patamar em que o INPC se encontrava no mês. Foi o que aconteceu com os metalúrgicos do ABC, que conquistaram 10% de reajuste nominal e influenciaram os acordos da categoria em todo o Estado.
Maioria obteve ganho real
O pequeno número de sindicatos que conseguiu apenas a reposição da inflação comprova as conquistas salariais do último trimestre. Enquanto 21% das convenções só garantiram o INPC no terceiro trimestre, apenas 6% não tiveram ganho real no trimestre seguinte. Entre outubro e dezembro, em 56 convenções (34% do total) o ganho real foi maior que 2%. Entre julho e setembro, apenas 15 (7% do total) conseguiram reajuste igual.
De acordo com o levantamento do Valor, sindicatos em todo o país que atuam no setor de serviços conquistaram os maiores reajustes, ao lado de metalúrgicos e em pregados na construção civil. Os comerciários do Rio Grande do Sul, por exemplo, tiveram aumento real de 2,57% em outubro. Trabalhadores de hotelaria e turismo também se destacaram, principalmente em Minas (dezembro) e no Rio (outubro), onde as negociações renderam 3,7% e 4,07% de aumento real, respectivamente.
Trabalhadores da construção civil em pelo menos dez Estados conquistaram aumento real superior a 2,5% nos últimos três meses de 2011. "Na construção civil, o mínimo é importante indexador para boa parte dos trabalhadores, que recebem salários próximos do piso. Por isso o reajuste [de 14,13%] do mínimo baliza as negociações no fim do ano, quando a valorização do piso nacional estava mais definida", afirma Borges.
O coordenador do Centro de Políticas Públicas do Insper, Naercio Menezes Filho, aponta para a tendência de reajustes maiores em mercados de trabalho mais apertados. "A taxa de desemprego está caindo muito, o que reflete em disputa maior pelo trabalhador. O resultado é o aumento do salário."
Em 2011, a média de ganho real apurada em 831 convenções foi de 1,4%. O índice preocupa, devido à pressão inflacionária que carrega. De acordo com cálculos de Borges, a taxa é maior do que o aumento de produtividade da economia brasileira no ano passado, estimado em 1,2%.
"Quando o salário dos trabalhadores cresce mais que a produtividade, ou seja, o trabalhador recebe mais para produzir o mesmo, a empresa tem que repassar a diferença de custo para o preço", explica ele. "O índice de 1,4% explica, em parte, a inflação ter atingido o teto da meta em 2011."
Herança
Economista-sênior do banco Santander, Cristiano Souza destaca a herança deixada pelo último trimestre. "É preocupante haver alta de ganhos reais no patamar de 1,81%, quando a produtividade não se acelera. Isso implica aumento do custo de produção. Pagar mais para produzir o mesmo significa perda de competitividade."
Para Menezes Filho, a tendência é que essa situação permaneça em 2012, uma vez que a taxa de desemprego atinge sucessivos níveis históricos de baixa. "Enquanto a economia estiver crescendo, ainda que pouco, e houver alta da demanda sem aumento da produtividade, a pressão no mercado de trabalho continuará aumentando."
O coordenador de relações sindicais do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), José Silvestre, prevê que o ritmo de ganho real no início deste ano deve ficar abaixo do patamar de 1,8%, registrado no quarto trimestre de 2011.
Segundo o Dieese, 2012 deve fechar com média de ganho real nas negociações próxima ao registrado em 2011 - na faixa de 1,4% -, já que os efeitos da crise financeira na Europa devem ser compensandos pela perspectiva de queda da inflação e da taxa básica de juros. (Fonte: Valor Econômico)
 
Publicidade na internet brasileira deve bater jornais e revistas até 2015, diz consultoria
Setor brasileiro seguirá fenômeno já observado nas economias mais desenvolvidas, segundo a Wark International Ad Forecast
Pesquisa divulgada nesta semana mostra que os mercados emergentes vão garantir o crescimento da publicidade em 2012. Entre os 13 países pesquisados pela Wark, o Brasil deverá apresentar o quarto maior avanço, 8,5%, atrás de Rússia (16,5%), Índia (14%) e China (11,5%).
Leia também: Publicidade na internet superará jornal em 2013
No ano passado, o setor de publicidade brasileiro ocupou a mesma posição, com avanço de 7,1%, em um período marcado por decréscimos em algumas das principais economias. De acordo com o estudo, a internet puxa o crescimento dos anúncios globalmente, com variação positiva nos países pesquisados de 12,6%, seguida por TV (5,3%), Outdoors (5,1%), Cinema (3,8%) e Rádio (2,9%).
Já revistas e jornais deverão apresentar queda em 2012, de 1,2% e 2%, respectivamente, prevê a Wark. No caso do Brasil, o aumento da publicidade online deverá ser de 23,8%, informa a pesquisa. Já jornais e revistas devem avançar 3,6% e 6%, respectivamente.
Leia também: Sites de notícias lucram mais que jornais nos EUA, diz estudo
"E importante lembrar que, embora tenha apenas 6% dos gastos em publicidade no Brasil, a internet cresce muito rápido, de 20% a 50% todo ano desde que iniciamos a pesquisa. Todas as outras mídias estão perdendo participação para o online, principalmente impressos e rádio, embora a TV ainda seja dominante. Imagino que a internet passará os jornais e será a segunda maior mídia em publicidade até 2015", avalia Suzy Young, editora de Informação da Wark.
Sem surpresa
Embora os gastos com publicidade online nos países pesquisados devam crescer menos em 2012 do que em 2011, quando o aumento foi de 16,6%, o segmento deverá responder por 20% do total investido em anúncios até o fim do ano, informa a Wark.
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Entre as chamadas economias desenvolvidas, Alemanha (-0,8%), França (-0,9%) e Itália (-2,3%) apresentarão em 2012 o pior desempenho de sua história na comparação com o ano anterior.
"Com os receios sobre dívida afetando mercados mais maduros e o otimismo de investidores e consumidores, não é surpresa que o crescimento do setor em 2012 venha dos países emergentes", avalia Young. Ela lembra que as eleições nos Estados Unidos e eventos esportivos como os Jogos Olímpicos evitaram cenário ainda pior.
Young observa ainda que, embora afetado pela recessão na Europa, o Brasil manteve o crescimento da publicidade, o que ocorre há dez anos. Os gastos no setor no país terão passado de R$ 11 bilhões, em 2003, para R$ 30,1 bi, em 2012, já descontado o impacto da inflação nestes números.
Leia também: Publicidade na internet supera jornais pela primeira vez nos EUA
"O investimento estrangeiro na indústria brasileira de comunicação tem impulsionado o crescimento de gastos em publicidade. E vai continuar", prevê. A participação do Brasil no total aplicado nos 13 países examinados também vem aumentando: de 3,1%, em 2003, para estimados 4,5%, em 2012.
Os Estados Unidos, cuja fatia passou de 50,4% para 41,6% nos últimos dez anos, vem perdendo espaço para emergentes. Já a participação da China terá passado de 6,5%, em 2003, para 12,2% em 2012, segundo as séries históricas da Wark. Portal IG
Jorge Caetano Fermino

written by FTIGESP

Fev 07
"7 de Fevereiro" - Dia Nacional do Trabalhador Gráfico – 89 Anos
1923 - 2012  
Neste 7 de fevereiro vamos deixar de lados nossas atuais preocupações para oferecer aos nossos companheiros – principalmente os mais jovens – a oportunidade e conhecerem alguns lances da campanha reivindicatória de 1923. Realmente, para justo orgulho nosso, as jornadas iniciadas em fevereiro daquele ano marcaram sobremaneira a história das lutas proletárias. A Capital Federal (Rio de Janeiro) estava sob estado de sítio e a intimidação da suspensão das garantias constitucionais atingiu todo o País, o que repercutia negativamente nos organismos sindicais em geral. Isso não impediu, entretanto, que a União dos Trabalhadores Gráficos, pleiteasse ao setor patronal direitos até então negados e que para quase totalidade dos empresários da época pareciam absurdos. Apoiada por todos os trabalhadores gráficos, a UTG lançou-se em campanha, solicitando o seu reconhecimento oficial como entidade representativa de trabalhadores; a instituição do Contrato Coletivo de Trabalho (esta reivindicação foi considerada exigência insuportável pelos patrões); o salário mínimo profissional; o salário e condições especiais para o trabalho da mulher, além de outros itens. A afluência às assembléias, sempre grandiosas, chegava aos três mil associados e os dirigentes foram obrigados a realizá-las em amplos salões da capital do Estado, tais como o Salão Celso Garcia e Teatro Paramount, neste último atingindo cinco mil o número de participantes. Foi nesse local que, em resposta à indagação de como viveriam os gráficos em greve, celebrizou-se o grito que repercutiu por todo o salão: “Comeremos terra!”...Durou o movimento seis semanas e, de fato, algumas vezes amargaram os gráficos o pó da derrota. Mas não desanimaram e, a 17 de março, trinta e duas grandes empresas aceitavam as condições do memorial dos trabalhadores. Em 20 de março de 1923, às 20 horas, o derradeiro hesitante patrão assinou a concordância com as reivindicações. Podemos mesmo afirmar que a campanha de 7 de fevereiro de 1923 foi pioneira das reformas que surgiram no âmbito das relações entre trabalhadores e empregadores, sintetizadas posteriormente no texto legal que é a Consolidação das Leis do Trabalho.Reconhecendo a magnitude dessa histórica jornada de 42 dias de corajosa resistência, o I Congresso Nacional dos Gráficos Brasileiros escolheu 7 de fevereiro, como o Dia Nacional do Gráfico.Um legado de dedicação e honradez na defesa dos interesses dos gráficos brasileiros deixaram-nos os companheiros da imperecível campanha de 1923, muitos hoje desaparecidos e para os quais rendemos nosso eterno reconhecimento por tudo quanto fizeram em benefício de nossa categoria.Estes sucintos dados referentes a nossa data nacional, é evidente, não darão uma visão total dos acontecimentos e, como dissemos no início, a nossa pretensão foi apenas evocar algumas ocorrências da campanha para conhecimento de nossos jovens companheiros. E tenham os mesmos – são nossas esperanças – o mesmo ânimo e espírito de luta dos heróicos gráficos de 1923, seguindo o exemplo daqueles valorosos companheiros para que juntos possamos alcançar melhores condições de vida para todos os trabalhadores, conscientes de que é justa a nossa causa. 

A imprensa chega ao Brasil
A primeira gráfica se instalou em nosso País no mesmo ano da chegada da Família Real Portuguesa. Em 1808 a Imprensa Régia fora implantada no Rio de Janeiro,por D. João VI, e passou a publicar a Gazeta do Rio de Janeiro , o primeiro jornal a ser rodado em terras brasileiras. Paralelamente a isso, neste mesmo ano, começou a ser editado e impresso em Londres a também publicação brasileira Correio Braziliense , um jornal feito pelo exilado Hipólito da Costa. Apesar de ser produzido totalmente fora, o Correio Braziliense é considerado o primeiro jornal brasileiro e circulou de 1808 a 1823.A Imprensa Régia também era responsável pela impressão de atos normativos e administrativos oficiais do governo e só permitia a publicação de obras que estivessem em concordância com a censura. No entanto, muito antes de 1808 havia dura punição para quem se arriscasse a produzir jornais, livros ou panfletos no País. A atividade não era permitida pela Coroa Portuguesa, que chegava atémesmo a prender ou deportar os que tentavam imprimir algo. Isso porque essaimprensa não oficial buscava difundir ideias libertárias de grupos que lutavamcontra o colonialismo. A Revolta dos Alfaiates, a Revolução Nativista de Pernambuco e a Inconfidência Mineira, são alguns exemplos desses movimentos.

A trajetória da profissão
De Gutenberg à era da informática: a profissão de gráfico passou por muitas mudanças. Se, no início, as letras de chumbo serviam para o gráfico imprimir, hoje é impensável realizar o mesmo trabalho sem os recursos tecnológicos.O gráfico é o profissional da tipografia, das artes gráficas, ou, mais especificamente, da indústria gráfica, acostumado a lidar com máquinas, tinta e papel. Sem o trabalho deste profissional você não estaria com este jornal em mãos. Hoje, o setor conta com modernas máquina s computadorizadas, que realizamimpressões em segundos, no entanto, num passado próximo não muito longínquo, a atividade era bem mais manual, o que dependia de dom artístico de quem adesempenhava.A função de tipógrafo, por exemplo, dependia não só de habilidade, mas também de criatividade, como conta o presidente da Conatig, Leonardo Del Roy, que desempenhou esta atividade na gráfica Vitória, em Jundiaí. “Nós recebíamos um texto, geralmente escrito à mão, e já tínhamos que saber como a página ia ficar após a impressão. Ou seja, a gente tinha que ter tudo na cabeça: as formas das letras e os tamanhos que seriam usados para compor a página”, explica.Além de ter que saber tudo de cor, a organização também era uma parte fundamental no trabalho. Del Roy conta que os tipógrafos que misturavam os tiposna hora de guardar, eram chamados de pasteleiros. “Isso era complicado porquemudava o caractere do texto”, conta. Esse processo explicado pelo presidente daConfederação é praticamente a base do processo de impressão inventado porGutenberg. A próxima etapa foi o linotipo, uma máquina que facilitou muito otrabalho de impressos diários. O linotipo foi criado em 1890, também na Alemanha, e o seu processo funde em bloco cada linha de caracteres tipográficos, composta de um teclado, como o da máquina de escrever. O presidente da Associação dos Aposentados Gráficos, Carlos Alberto de Castro, foi um dos que trabalhou como linotipista, seguindo os passos de seu pai. Ele iniciou em 1952, no jornal Última Hora e depois passou para a Folha da Manhã. Em seu dia-a-dia, ele digitava o texto que o jornalista entregava as letras eram fundidas em chumbo e caíam ao lado do teclado. Quando se juntavam formava uma frase, em uma linha. “Mas com a chegada da automação, em 1966, colocaram um cadeado na porta da gráfica e nos mandaram procurar os nossos direitos”, relembra Castro.A indústria gráfica da atualidade mudou muito. Máquinas modernas fazem todo otrabalho que antes dependia da habilidade manual para ser realizado. Hoje, a tecnologia de impressão só depende de duas coisas, fundamentais: técnica e conhecimento.

Os primórdios da comunicação impressa
Quem imagina que a história da comunicação impressa começa com ainvenção dos tipos móveis de metal de Gutemberg, está enganado.A humanidade utiliza a comunicação impressa desde os tempos da Romaantiga, para divulgar notícias para as massas. O jornal mais antigo de que setem conhecimento é o Acta Diurna, publicação que surgiu cerca de 59 a.C, emRoma. Júlio César, desejando informar o público sobre os mais importantesacontecimentos sociais e políticos, ordenou que os eventos programadosfossem divulgados nas principais cidades.Escritas em grandes placas brancas e expostas em lugares públicos populares, asActa mantinham os cidadãos informados sobre escândalos no governo, campanhasmilitares, julgamentos e execuções.Na China do século VIII, os primeiros jornais eram boletins escritos à mão. Aprensa, inventada por Johann Gutenberg em 1447, inaugurou a era do jornalmoderno.A partir dessa invenção, a disseminação do conhecimento se tornou bem maisfácil e marca o início da história da indústria gráfica no mundo.

Dia 7 de fevereiro: A luta e a vitória dos gráficos
São Paulo, década de 20. Naquela época a Capital paulista passava por intensaurbanização. Somando-se a isso, a cidade fervilhava em meio às novidades nasartes, na política e na economia. O Partido Comunista Brasileiro acabara dese formar, o ambiente artístico se renovava com a Semana da Arte Moderna, ocorrida em fevereiro de 1922, e a industrialização atingia o seu auge. Foi também na década de 20 que aconteceu um dos fatos mais importantes da história do setor gráfico brasileiro.Em janeiro de 1923 os trabalhadores gráficos mobilizaram-se em uma grevepara fazer várias reivindicações, dentre as quais é possível citar a conquista efetivado Código de Menores [que substituía as punições pela regeneração e educação],a proteção ao trabalho das mulheres, férias anuais, salário mínimo profissionale o direito de livre associação. Além disso, os trabalhadores exigiam aumento dossalários; abolição do trabalho sobre contrato; jornada de oito horas; descansosemanal remunerado e proibição do trabalho noturno para mulheres e menores de idade.O patronato não facilitou nem um pouco e alegou que a União dos TrabalhadoresGráficos (UTG) não detinha poderes para representar a classe. Então, a UTG convocou um comício para o dia sete de fevereiro, quando cerca de três miltrabalhadores decidiram aderir à greve geral. A paralisação, liderada por João daCosta Pimenta, durou 58 dias e por intermédio do jornal O Trabalhador Gráfico foi possível travar um diálogo diário entre patrões e empregados.Alguns empresários se articulavam com a polícia, visando acabar com a greve eintimidar os manifestantes. João da Costa Pimenta foi preso e, apesar da pressãoexercida sobre os trabalhadores, uma onda de solidariedade pairou sobre omovimento que começou a receber ajuda de várias fontes. Alimentos e doações em dinheiro eram distribuídos através de comitês que cuidavam especialmente disso.A ação foi extremamente favorável aos trabalhadores e, além das melhorias salariais, a UTG foi reconhecida como representante legítima da categoria. A partir disso o dia 7 de fevereiro ficou marcado como o Dia Nacional do Trabalhador Gráfico.Viva o Trabalhador Gráfico!!!!!!!!!!

Jorge Caetano Fermino

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