Out 01

written by FTIGESP

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Set 30

A pedido da Conatig, Ftigesp e do STIG Barueri/Osasco, Ministério Público abre investigação contra RR Donnelley dos EUA por suspeitas de fraudes no fechamento das unidades. Hoje completa seis meses da autofalência

Há seis meses, os 980 gráficos das três unidades no país da multinacional RR Donnelley bateram com a cara na porta da gráfica fechada, sem aviso. O desespero tomou conta de todos. Foram impedidos até de pegarem os pertences pessoais lá dentro. Foi então que, dessa forma desrespeitosa, descobriam através de um simples cartaz colado na porta que a empresa decretou autofalência, mesmo com muitos serviços de clientes para rodar, a exemplo das provas do Enem, do Governo Federal. Hoje completa seis meses de luta que os profissionais, apoiados por seus órgãos sindicais, buscam justiça para este caso. A Polícia Federal foi acionada, o Ministério da Justiça, os poderes judiciais competentes e até a Embaixada dos EUA, além de todo o apoio do Sindicato UNI Global e seu braço nas Américas.

Contudo, até o momento, a empresa não pagou ainda um único centavo, uma vez que entrou na Justiça para legitimar sua decisão e para postergar o pagamento dos direitos trabalhadores, como verbas rescisórias e FGTS. A novidade, no entanto, quando se completa seis meses dessa luta pelos direitos de cada um dos gráficos, vem do Ministério Público Estadual (MP-SP). O órgão foi acionado pela Confederação Nacional da categoria (Conatig), Federação Paulista dos Gráficos (Ftigesp), representando seu sindicato filiado no estado, o STIG Barueri/Osasco, região onde concentra 800 dos 980 trabalhadores largados pela multinacional RR Donnelley. As entidades solicitaram o apoio do MP-SP para esclarecer pontos duvidosos desse então processo abrupto e questionável de autofalência da gráfica.

O promotor de Justiça, Daniel Magalhães de Albuquerque Silva acolhei a reivindicação das entidades sindicais. "Em conversa com ele no Ministério Público, demonstramos alguns dos fortes indícios de graves problemas. Havia inclusive outras formas legais de buscar a recuperação da gráfica, ao invés de fechá-la de forma unilateral e com vários serviços garantidos", conta Leonardo Del Roy, presidente da Conatig e da Ftigesp. Há indícios inclusive de que a empresa continua rodando serviços, mesmo depois da autofalência há seis meses, sem pagar nada aos gráficos demitidos e sem saber como estão sendo garantidos os salários e direitos de quem lá está.

Felizmente, o promotor do caso abriu agora uma investigação criminal. "O nosso objetivo é somente preservar a lei e os direitos dos trabalhadores. Estamos em um país com leis, e a multinacional, independente de onde for, como a RR Donnelley, precisa respeitar a lei também", falou Del Roy. Dessa forma, o MP-SP abriu o processo criminal 38.0555.0004065/2019-9 e também já encaminhou para a Delegacia de Polícia de Osasco a ordem para a instauração de inquérito sobre este caso.

O STIG, Ftigesp e a Conatig têm procurado inclusive mediar a situação junto ao administrador judicial da massa falida da empresa no País, que ainda não se reuniu com as entidades, apesar das críticas e cobranças. "Lamentamos ainda a postura do governo sem mediar a situação junto à gráfica dos EUA em favor dos trabalhadores brasileiros. Clamamos por justiça das autoridades judiciais, bem como transparência e empenho do administrador judicial. A luta continua!", conclui Del Roy.

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Set 27

Última edição do DCI circulou na segunda-feira (23), semanas depois da medida do governo federal que afetou as receitas dos jornais impressos. A medida desobrigou a veiculação dos balanços empresariais e os editais

Sequer completou sete meses desde que assumiu a presidência do Brasil para o governo Bolsonaro ter contribuído para o fechamento do tradicional Diário do Comércio, Indústria e Serviços (DCI), da capital de São Paulo – maior metrópole da América Latina. O jornal completou 85 anos este ano. Mas sucumbiu meses após o decreto presidencial que afetou a receita da comunicação impresso em todo Brasil, pois acabou com parte expressiva da publicidade desses jornais ao liberar o setor empresarial de publicar o balanço financeiro e edital. Assim, a última edição do DCI foi na 2ª feira e os trabalhadores tiveram de discutir sobre a própria demissão dias antes.

O DCI já não tinha parque gráfico. "O jornal era impresso pelos gráficos do Estadão", conta a direção do Sindicato da classe em São Paulo (STIG). A entidade, por sua vez, ainda avalia se o fim do DCI poderá ter impactos sobre os trabalhadores do Estadão. O fato é que já impactou os jornalistas e administrativos que atuavam no Diário do Comércio, Indústria e Serviço. A empresa já até encaminhou uma proposta de desligamento incentivado, estando os profissionais na terrível situação de decidir sobre a demissão.

Em assembleia dos trabalhadores no Sindicato dos jornalistas no último dia 17, os profissionais de ambas as categorias aprovaram a proposta de desligamento. "São 12 jornalistas e 17 da área administrativa do DCI", diz o advogado do STIG-SP e do sindicato dos jornalistas, Raphael Maia. O jurista informa que, apesar da infeliz situação do fim do jornal e demissão dos empregados, o DCI fez uma proposta de incentivo até interessante.

A empresa ainda garantiu o pagamento de todas as verbas rescisórias e o FGTS dentro dos prazos legais. Ademais, incluiu no plano de demissão, uma bonificação financeira condicionada ao tempo de trabalho de cada funcionário. Para cada ano de serviços prestados, uma quantia adicional será inserida nas verbas rescisórias em favor do empregado. E também será garantida a extensão da validade do plano de saúde, mesmo depois dos desligamentos. Pelo acordado, será mantido por mais seis meses.

"É lamentação as ações deste governo que em vez de criar mecanismo para solucionar o desemprego, atua na direção contrária, flexibilizando as relações de trabalho e alterando leis contra direitos trabalhistas. Não é para isto que um governo é eleito", fala Leonardo Del Roy, presidente da federação paulista da classe (Ftigesp), entidade que o STIG é filiado.

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Set 26

A crise econômica continua acentuada. O desemprego também continua recorde. São cerca de 14 milhões de profissionais sem emprego, cenário diferente de 2014, quando o País registrava recorde no número baixo de desempregados, próximo a 4 milhões. De lá pra cá, a indústria gráfica já encolheu em 50 mil postos de trabalho. E, com a medida do atual governo em reduzir recursos para a impressão de livros didáticos, a coisa só piora. Não à toa, apesar de o setor está na tradicional época de alta produção, período onde deveriam haver muitas contratações, isso não ocorre ou se faz reduzidamente. Na Emepê, por exemplo, foi reduzido o turno da noite. A Log&Print parou de contratar. Mais gráficas dão férias para não demitir, como na Vinhedense e na Rami. Todavia, tem havido parte da reposição da mão de obra demitida. E, como o sindicato também representa o interesse dos gráficos sem empregos, a entidade desenvolveu uma ação continuada em busca dos processos seletivos, recebe currículos dos candidatos às vagas e envia às gráficas. LEIA MAIS 


FONTE: STIG JUNDIAÍ 

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